quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Guné 61/74 - P23834: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte VI: Bissá: as últimas fotos do destacamento e tabanca balanta















Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > s/d > c. 1970 > Tabanca e destacamento de Bissá.

Os militares que se vêem nas fotos possivelmente pertenciam à CCAÇ 2587 / BCAÇ 2885, que em 5mar70, rendendo a CArt 2411, assumiu a responsabilidade do subsector de Porto Gole, com um destacamento em Bissá. A tabanca era balanta.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71
).

Organização e seleção feitas pelo seu amigo e nosso camarada Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa) e Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971) (médico, foi diretor do Hospital de Tomar, 6 anos, de 1990 a 1996, e diretor clínico cumulativamente 3 anos, de 1994 a 1996, vivendo então em Abrantes; hoje vive em Tomar).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Vai fazer 86 anos. Vive num PALOP. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Os capelães eram, em geral, graduados em alferes.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa. Sobre Bissá, temos já mais de 3 dezenas de referências no nosso blogue. A tabanca (e o destacamento) de Bissá ficava a oste de Porto Gole. (Vd. carta de Fulacanda, 1955, escala 1/50 
mil.)

As fotos de hoje, enviadas pelo Ernestino Caniço, em 29 de outubro passado, são "o remanescente das fotos do álbum do Padre Zé Neves, relativamente a Bissá".
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2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Que significado podia ter, para estes miúdos balantas de Bissá, a cerimónia do içar da bandeira portuguesa ?... Repare-se, pela foto eram eles que "encenavam" a cerimómia, não há ali tropa, não há ali fardas... Muito provavelmente, era um dos momentos "divertidos#" do país, num aldeia rodeada de guerra e vítima da guerra, onde mais nada se passava, para além das brincadeiras de infância (iguais nas aldeias do resto da África, em tempo de paz)...

O que é que o PAIGC pensaria desta foto ? E o comando do batalhãoo de Mansoa ? Não seria legítimo tirar "dividendos políticos" desta imagem...Quatro anos depois, estes miúdos, já maios acrescidos, estariam a dar vivas aos "novos senhores da guerra", ao lado dos seus irmãss mais velhos e dos seus pais...

Valdemar Silva disse...

Fotografias que nos transportam para um ambiente de grande calmaria: ver o tempo passar e o milho a secar na eira.
A cerimónia do içar da bandeira portuguesa, numa tabanca balanta nos confins da Guiné em guerra, com a guarda d'honra feita por crianças é quase surreal.
Provavelmente foi o padre cawboy Neves que ensinou às crianças esta cerimónia.

O nosso caro, também etnólogo, Cherno Baldé vai fazer o favor nos explicar se só os balantes utilizam aquelas grandes talhas para guardar cereais ou também são usadas por outras etnias e quem são os barristas de tão grandes recipientes.

Saúde da boa
Valdemar Queiroz