sexta-feira, 26 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24342: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte X: mais fotos do destacamento e tabanca de Cutia


Foto nº 1A


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 2A


Foto nº 3


Foto nº 3A


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Destacamento e tabanca de Cutia >  Imagens diversas

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). Desta vez tendo por tema o destacamento e a tabanca de Cutia, que ficava a meio caminho entre Mansoa e Mansabá. (*)

Estas são as terceiras de um lote sobre Cutia. Temos mais de  35 referências a Cutia. O Jorge Picado tem aqui, no poste P2881, uma excelente descrição do destacamento e tabanca de Cutia do seu tempo (1970/72) (**).

Na altura, havia em Cutia um Pelotão da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2855 (Mansoa, 1969/71) e ainda o Pel Caç Nat 61 (ou Pel Caç Nat 57) e ainda um Esquadrão de um Pelotão de Morteiros.

A oganização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Vai fazer, em 2023, os 87 anos. Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa. 
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7 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Um capelão que ia a todos os bu...rako se, dizia missa, cumpria a sua missão de capelão e ainda fotografa os militares e a população... São pequenos mas preciosos apontamentos sobre o nosso quotidiano onde, na maior parte dos casos, "não acontecia mada"....
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Tabanca Grande Luís Graça disse...

... "Não acontecia NADA"..

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Nestes destacamentos morria-se de tédio... E a rotina podia levar a correr riscos, do ponto de vista da segurança... Por outro lado, comia-se mal e porcamente... Seria interessante saber mais sobre o quotidiano de Cutia...Ab, LG

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Como se vê pela foto nº 4, a estrada (alcatroada) Mansoa-Mansabá era um bom sítio para pilar o arroz...

Valdemar Silva disse...

Aquela fotografia da cerveja e granada de morteiro dava para um aviso à tropa.

"ATENÇÃO A BEJECA É PARA BEBER"

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, para mais à temperatura ambiente... Era horrível a cerveja sem ser fresca... O frigorífico (a petróleo) era uma luxo,,, Aqui não devia haver gerador, como não o havia em nos destacamentos e nas tabancas emn autodefesa que um gajo tinha que ir guarnecer de tempos a tempos...

As mulheres balantas de Cutia, coitadas, pediam ao capitão Picado "patacão" para comprar vinha de palma... (Mandava cá um cheirete de provocar vómitos, o vinho de palma)... Os chefes do PAIGC, aninmistas (e se calhar muçulmanos também) precisavam igualmnente de "bioxene" (em alternativa, a noz de cola,m que era altamente viciante, os meus soldados mascavam npz de cola e aguentavam-se no mato dois a trés dias com uma mão cheia de de arroz cozido, era,m desarranchados...).

Ó Valdemar, ninguém fazia aquela p... de guerra sem o "bioxene"... Aquela guerra e todas as guerras...

Venhi hoje de Coumbra, do encontro dos homens da CCAÇ 12, da segunda e terceira geração. ASoiube que o nosso 1º cabo José Carlos Suleimane Baldé morreu o ano passado..Tem cá uma filha, por sinal muito bonita, a estudar...Tem 18 anos... Fiquei triste, estimava-o muito... Estribve com ele em 2011, justamente em Coimbra e depois em Lisboa...

Valdemar Silva disse...

Luís, ai o bioxene.
Em Guiro Iero Bocari não tínhamos nada para conservar bebida ou comida. Julgo que fazíamos uma coluna de dois em dois dias a Paúnca, para reabastecer e quando chegava a cervejola fresca q.b. era deitar a abaixo antes que aquecesse, fora as que eram bebidas pela picada. Depois eram bebidas à temperatura ambiente.
Jantávamos cedo para não mostrar a luz dos petromaxes. Éramos cerca de 10 para o cozinheiro Pereira fazer comidinha como deve ser, os soldados fulas eram desarranchados e traziam as suas mulheres, filhos e a bianda que chegue. As crianças e até as mulheres comiam as nossas sobras.
Agora, naquela mini tabanca rodeado de valas e arame farpado, sem o mínimo barulho "civilizado", num fim de tarde com a temperatura mais amena a ouvir a rádio a pilhas, a fumar um cigarro e a beber umas bejecas à temperatura ambiente é para ficar na memória até ao resto da vida.
O José Carlos Suleimane Baldé foi do meu Pelotão de Instrução, em Contuboel, deveria ter 70 anos, os meus sentimentos às filhas.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz