Caros amigos
No passado dia 16 deste mês de Fevereiro, integrei uma visita técnica no âmbito da minha Ordem Profissional, a OET (Ordem dos Engenheiros Técnicos), à chamada "Linha Circular" do Metro de Lisboa.
Essa Linha ligará a estação existente do "Rato" à estação ferroviária do Cais do Sodré, sendo que para tal estão em fase adiantada de construção duas novas estações, a da "Estrela" e a de "Santos".
O túnel de ligação entre o Rato e a Estrela já está feito. O túnel da Estrela a Santos também está quase concluído.
A estação de "Santos" terá entrada pela Av. D. Carlos I, situando-se em espaço do Quartel dos Sapadores Bombeiros. A estação da "Estrela" terá entrada pelo Largo da Estrela e ocupa boa parte do espaço do antigo Hospital Militar Principal.
E é precisamente por isso que vos envio estas notas e as fotos, sendo que, embora não seja um assunto "da Guiné", tem muitos pontos de contacto com as vidas de algums, muitos, que por lá passaram.
Quem usufruiu dos préstimos ou prestou serviço nessas instalações poderá rever agora e avivar as suas recordações.
Nas fotos que anexo mostro o túnel que vem do "Rato" até ao poço da estação da "Estrela", bem como o troço que vai dela para a estação de "Santos".
Vê-se também o poço com o edifício ao lado esventrado e com o zimbório da Basílica da Estrela ao fundo.
A outra foto mostra o poço e o edifício ao fundo, o qual não é afetado pela estação mas que virá a ter outro(s) uso(s).
Espero que gostem e sintam que as situações têm as suas evoluções próprias.
Abraços
Hélder Sousa
Edifício Principal do antigo Hospital Militar Principal
Poço da Estação da Estrela
Túnel Estrela-Santos
Túnel Rato-Estrela
____________Nota do editor
Último poste da série de 24 de Fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25208: Os nossos seres, saberes e lazeres (615): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (143): Com que satisfação regressei à Princesa do Alentejo, uma incompreensível ausência de décadas (3) (Mário Beja Santos)
14 comentários:
É uma coisa em que não posso acreditar. Num país que está num caos, a desgraça em cada esquina, pessoas a morrer á porta dos hospitais, a fome nas ruas, as crianças sem escola, transportes que não funcionam, as pessoas vêm a pé de Sintra e de Almada a nado. Estas obras não são em Portugal !!!
Abílio Duarte
Gostei de ver, vou apreciar com o mapa,e esta obra com tempo pagar-se-á.
Pena que pouca obra seja obra de empresas e mão de obra nacionais...que já não há.
Abílio Duarte ficará muito mais tranquilo quando de TGV fizer Lisboa-Porto a 300 à hora que temos pressa.
Faz lembrar-me do tempo (Abril a Junho de 1971) em que andei por Lisboa, na especialidade de enfermeiro, hospedado no Batalhão de Sapadores de Caminho de Ferro, em Campo de Ourique , e aulas teóricas na Estrela.
Um grande abraço para o excelente camarada Hélder Valério
Carvalho de Mampatá
Belo trabalho Sr. Engenheiro! Belas fotos.
Corroboro a velha máxima do Engenheiro civil: “Bota massa nisso!”
Um grande abraço.
Joaquim Costa
Olá Camarada
Não compreendo bem para que serve isto.
Fazia falta? Ou é só para dar "massa" a alguns amigalhaços (nacionais e estrangeiros)?
Enfim aguardemos e depois se verá...
Bom "dromingo".
António J. P. Costa
Desde 1 de Janeiro de 1986 (Entrada na Europa) até hoje, 38 anos, houve uma transformação em Portugal Continental e Ilhas, que pouco resta dos 900 anos anteriores.
Então quando forem construídos os vários quilómetros de TGV a ligar as duas grandes capitais do norte e sul, Lisboa e Porto a Madrid e Vigo ficaremos completos.
Alguem pagará!
Desde 1 de Janeiro de 1986 (Entrada na Europa) até hoje, 38 anos, houve uma transformação em Portugal Continental e Ilhas, que pouco resta dos 900 anos anteriores.
Então quando forem construídos os vários quilómetros de TGV a ligar as duas grandes capitais do norte e sul, Lisboa e Porto a Madrid e Vigo ficaremos completos.
Alguem pagará!
Sobre o Hospital Militar Principal temos apenas 13 referências... É pouco para tantos anos de guerra (13/14) e de blogue (20)... Mas não temos que ser a Wikipedia da Guerra..
Obrigado, Hélder, por te teres "alembrado" (Estou a ler os "Gaibéus"...).
Caros amigos
Os vossos comentários carecem e merecem alguns "acrescentos".
Começo por dizer que, relativamente à Obra, não estou com nenhum envolvimento, seja de que espécie for, apenas integrei um coletivo da minha Ordem Profissional para uma visita de caráter técnico.
Depois, não tenho procuração da entidade Metro para "defesa" do empreendimento mas, mesmo com visão de leigo, percebo que se a alegada tentativa de minorar as emissões de gases na cidade de Lisboa não for apenas retórica (como tantas vezes acontece), a verdade é que este troço, relativamente pequeno, pode contribuir para esse objetivo na medida em que vai fazer a ligação entre o atual término da "linha amarela" (Rato) com a "linha verde" (Cais do Sodré), servindo zonas (Estrela e Santos) onde ainda não há esse tipo de serviço.
Além disso, dessa maneira, é possível que uma boa (grande) parte dos utentes da linha do Estoril, tendo essas possibilidades à disposição para se movimentarem na cidade, possam optar por utilização do comboio em vez das viaturas automóveis.
Uma outra questão tem a ver com a conversa das habituais "derrapagens" que estas obras costumam originar, deixando tanta vez a suspeita se tal não será uma forma de "alguém" meter ao bolso ("empochar", como se dizia, utilizando um francesismo).
Sobre isso não sei, nem me posso pronunciar.
Sobre esta "Linha Circular" (como a designam) não ouvi dizer nada desse género (o que não quer dizer que não haja), o mesmo não se pode dizer da chamada "Linha Vermelha" (que ainda não saiu do papel e pretende ser a continuação a partir de S.Sebastião, da linha que vem, ou vai, do Aeroporto, passando por Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara).
Dizem que desde as coisas encareceram muito desde a concepção, devido ao aumento de preços das matérias primas, dos materiais, da escassez de mão-de-obra, tudo devido ao que é costume ouvirmos dizer, a pandemia, a guerra na Ucrânia, etc. Depois é preciso também contar com os custos de expropriações, dos entraves e demoras subsequentes com os achados arqueológicos, etc.
Portanto, até aqui, foi o que posso dizer sobre a minha visita e a(s) obra(s) em si mesmo. Se acho utilidade nelas? Acho que sim! Se acho que servem (ou podem servir) para dar "massa a amigalhaços" pois, tendo em conta o que se vai vendo (e sabendo) ao longo dos tempos, não me admira que tal possa acontecer, principalmente com as "derrapagens" mas isso não será o objetivo à partida.
Para além destas questões que, afinal, não são assim tal estranhas, o meu objetivo principal, primordial e que "entronca" no ser deste Blogue, foi mesmo deixar imagens do que foi, pelo menos para alguns, um local de referência, o H.M.P. para se lembrarem do como era e de como esse espaço virá a ser em breve.
Finalmente, em relação ao Luís, que está a ler os "Gaibéus", do Alves Redol, espero que isso não afete a intervenção à catarata e que tudo corra bem.
Hélder Sousa
... quanto ao texto do autor (cujo conteúdo - uma vez mais -, nada tem a ver com os propósitos deste blog!), apenas um não despiciendo pormenor: «Av. D. Carlos I»?! Por que bulas "Dom Carlos I", pois se jamais houve 2º?!
Oh Helder isso não se faz a ninguém: obras do Metro na Tabanca Grande!
E essa de chamar D. Carlos I ao D. Carlos só é permitido às Câmaras Municipais de Lisboa, Porto e Cascais p.ex. e à Casa da Moeda quem têm a mania do Dom Carlos I.
(Vendo moeda de 15 Reis do D. Carlos I).
É preciso uma grande paciência .
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Hélder esqueci-me.
A madeira de acre e abeto é a mais utilizada para s construção de violinos.
Valdemar Queiroz
Caro Juvenal
Congratulo-me pelo facto de já te sentires com condições mínimas para interagires com o Blogue.
Isso é duplamente bom: para ti, por ti, pois significa que há já alguma recuperação significativa da saúde, isto por um lado e, por outro, porque assim podemos beneficiar das tuas intervenções.
Indo aos motivos das tuas observações devo esclarecer que em vários locais a toponímia do arruamento em causa aparece como "Avenida Dom Carlos I". E isto está no "google", na "wikipédia", no "código postal dos CTT" e, pasme-se, até nas placas que se encontram nessa Avenida, uma delas num prédio azul, logo no lado esquerdo de quem vem da Assembleia.
Verdade que as indicações aparecem por extenso, a "Avenida" o "Dom" mas, em escrita corrente, fazê-lo de modo abreviado "Av." e "D." não é incorreto, mas as observações eram sobre o "desnecessário de o Carlos ser I" pois não houve segundo.
Embirrices! As quais não posso contrariar, apenas sugerir que o cidadão se insurja com a comissão de toponímia da Câmara Municipal.
Já quando à velha questão de "o que é que isto tem a ver com a Guiné?", deve ser distração, pois eu mesmo na apresentação referi exatamente isso, dizendo que não se tratava de "coisas da guerra" mas sim proporcionar a quem de algum modo esteve ou passou pelo H.M.P. na Estrela, um conhecimento do que se vai passar naquelas instalações.
E não me parece que daí venha grande mal ao mundo.
Saudinha da boa!
Hélder Sousa
No comentário anterior onde se lê "Juvenal" deve-se ler "Valdemar".....
Quando nos esquecemos de tomar os comprimidos, depois dá nisto!
Hélder Sousa
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