segunda-feira, 1 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25706: Direito à indignação (17): Seco Mané, antigo Combatente da CCAÇ 6, não tem direito à nacionalidade portuguesa nem aos tratamentos a ferimentos recebidos em combate, nos anos 70, na então Guiné Portuguesa, ao serviço de Portugal (Joaquim Mexia Alves / Carlos Vinhal)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves (ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492/BART 3873, Xitole/Ponte dos Fulas; Pel Caç Nat 52, Ponte Rio Udunduma, Mato Cão e CCAÇ 15, Mansoa, 1971/73) com data de hoje, 1 de Julho de 2024:

Caros amigos
Fui alertado por amigos desta notícia saída na Revista Sábado, e que também foi transmitida no canal Now ontem ou sábado às 18.30
Trata-se de uma situação incrível, como é habitual, de desprezo e abandono daqueles que lutaram sob a bandeira portuguesa.
Sugiro que fosse objecto de publicação nos blogues, pedindo a quem puder e tiver influência para isso, a ajuda a este combatente guineense.
Afinal as gémeas brasileiras tiveram a nacionalidade de um dia para o outro, mas este camarigo que combateu ao nosso lado anda de "herodes para pilatos", num desprezo total pela sua vida.
https://www.sabado.pt/portugal/amp/amigos-na-guerra

Ainda sobre o assunto enviei hoje ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro e Ministro da Defesa Nacional, o email que anexo.

"Exmo. Sr. Presidente da República
Reporto-me à notícia da Revista Sábado n.º 1052, que refere um antigo combatente guineense, Seco Mané, que serviu nas Forças Armadas Portuguesas, tendo sido ferido em combate, e que vive agora uma situação desesperada em Lisboa.
Trata-se de obter a nacionalidade portuguesa, (o que é estranho não lhe ser de imediato concedida, tendo ele sido para todos os efeitos um militar português, quando a outros sem essa condição já a têm), para que possa ter direito os tratamentos de saúde inerentes, ainda, aos seus ferimentos em combate por Portugal.
Sou um antigo combatente da Guiné, de 1971 a 1973, e esta situação, (para já não falar de outras) afigura-se-me uma vergonha para Portugal.
Venho assim, junto de V. Exa, solicitar todo o seu empenho para que tal situação seja resolvida no mais curto espaço de tempo, porque é de toda a justiça que tal aconteça para quem entregou parte da sua vida pela Pátria.
Tudo está explicado na referida notícia.

Com os melhores cumprimentos
Joaquim Manuel de Magalhães Mexia Alves
Ex- Alferes Miliciano de Operações Especiais"

Páginas da Revista Sábado. Reprodução com a devida vénia

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2. Nota do editor:

É certo e sabido a falta de consideração e o abandono a que estão sujeitos os antigos Combatentes, sejam eles brancos ou pretos.
Vi, na Now TV, a reportagem do nosso confrade Fernando Jesus Sousa, que quis o destino encontrasse um seu velho camarada da CCAÇ 6, o Seco Mané, num corredor da Associação dos Deficientes da Forças Armadas, em Lisboa, que vive em condições precárias em Portugal, com o seu filho, para tentar, junto do Hospital Militar de Lisboa, resolver um problema que tem a ver com ferimentos recebidos em combate, em Bedanda nos anos 70, ao serviço do Exército Português.
Como reza a notícia, estranhamente não tem direito à nacionalidade portuguesa apesar de o seu cartão de militar exibir as cores da nossa, e da dele, bandeira.

Lendo o caso na Revista Sábado, o nosso camarigo Joaquim Mexia Alves tomou a iniciativa de enviar ao Senhor Presidente da República, Senhor Primeiro Ministro e Senhor Ministro da Defesa, uma mensagem a dar conhecimento desta injustiça, pedindo ao mesmo tempo os seus bons ofícios no sentido de que se resolva este assunto no mais curto espaço de tempo possível.

O que sugiro? Que cada um de nós envie mensagens similares, o Joaquim Mexia Alves não se importa que se utilize a mensagem dele, às entidades abaixo citadas para que sintam que estamos todos unidos, portugueses de Portugal e camaradas guineenses que não tendo optado pelo nacionalidade portuguesa, tenham direito a ela quanto mais não seja para terem acesso ao tratamento das mazelas advindas de ferimentos em combate.

Para vos facilitar a vida, indico a maneira mais prática de aceder aos respectivos formulários de contacto.
Presidente da República: https://www.presidencia.pt/contactos/formulario-de-contacto/
Primeiro Ministro: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc24/primeiro-ministro/contactos
Ministro da Defesa Nacional: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc24/area-de-governo/defesa-nacional/contactos

Não me lembro de alguma vez vos ter pedido alguma coisa, desta vez faço-o para que juntos façamos sentir a quem de direito que ainda existimos e que nem sempre as nossas petições são dinheiro, também queremos os direitos e o respeito que nos são devidos enquanto antigos Combatentes.
Não estamos a pedir, estamos a exigir.


Carlos Vinhal

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Em tempo:

3. Mensagem de Joaquim Mexia Alves enviada ao Fernando de Jesus Sousa hoje mesmo, dia 2 de Julho de 2024:

Caro Fernando Sousa
Sou combatente da Guiné, 71/73, e amigos meus chamaram-me a atenção para a história do Seco Mané e da vergonha que é toda aquela situação.
Já enviei emails para o PR, PM e MDN sobre o assunto e alertei o blogue da Tabanca Grande para dar cobertura à história, tal como fiz na página da Tabanca do Centro no Facebook e vamos fazer também no nosso blogue.
https://tabancadocentro.blogspot.com/2024/07/p1484-adaptado-da-revista-sabado-e.html

Pergunto é se podemos ajudar também financeiramente.
A Tabanca do Centro faz todos os meses um almoço com combatentes da Guiné e não só, na zona de Monte Real, ao qual vem gente de todo o lado, inclusive de Lisboa.
Quando pagamos o almoço, damos sempre, os que podem, claro, para ajudar os combatentes em dificuldade.
Eu sou o fiel depositário desse dinheiro, (que não é muito), mas serve precisamente para isso e ao longo destes anos temos ajudado alguns combatentes.

Ora o Seco Mané, quanto a mim, está perfeitamente indicado para essa ajuda se assim achares que o devemos fazer.

Fico à espera da tua resposta e até lá envio um forte abraço
Joaquim Mexia Alves

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Nota do editor

Último post da série de 10 DE JULHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24467: Direito à indignação (16): Senhores da RTP, retirem dos arquivos aquelas provocatórias, hipócritas e desajustadas imagens da visita de 'Nino' Vieira ao marechal António de Spínola, no Hospital Militar Principal (António Ramalho, ex-fur mil at cav, CCAV 2639, Binar, Bula e Capunga, 1969/71)

16 comentários:

Carlos Vinhal disse...

Camaradas
Já enviei mensagens ao Senhor Presidente da República, Senhor Primeiro Ministro e Senhor Ministro da Defesa.
Vamos todos ajudar o Seco Mané e outros camaradas na mesma situação.
Carlos Vinhal

João Carlos Abreu dos Santos disse...

Muito bem!

Antº Rosinha disse...

Sempre foi mais facilitado o acesso à saúde e bolsas de estudo aos combatentes e famílias do PAIGC (Guiné) do que aos comandos spinolistas.



Tabanca Grande Luís Graça disse...

Estou imensamente reconhecido ao Fernando de Jesus Sousa por dar voz e rosto ao seu/nosso camarada Seco Mané, ex-sold da CCAÇ 6 (Bedanda). E ao Joaquim e ao Carlos por nos terem alertado, prontamente, no nosso blogue, para este caso, que tem de merecer toda a nossa atenção e solidariedade. Vamos pensar em voz alta no que podemos fazer pelo Seco Mané, para não morrermos de vergonha. A camaradgen não pode ser uma palavra vã. Para já vamos dar conhecimento ao grupo dos bendandenses,alguns dos quais se poderão lembrar do Seco Mané.

O Fernando Jesus de Sousa tem cerca de 35 referências no nosso blogue. Conheceu o inferno (da guerra e do hospita), é autor de dois livros, é um grande ser humano, sabe dar valor à dor, ao sofrimento, à compaixão, à amizade,à camaradagem, à solidariedade.

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Fernando%20de%20Jesus%20Sousa

Cherno Baldé disse...

Caros amigos,

Uma situação deveras lamentável, o Seco Mané e todos os antigos combatentes que serviram nas fileiras do exército português e que já são bem poucos, merecem a que lhes seja reconhecido, por lei e por opção, o direito ao retorno a cidadania portuguesa que já tinham antes do 25A74.

Se Portugal o pode fazer para com os Judeus Sefarditas por motivos que remontam há séculos, também o poderia fazer para estes pobres combatentes que o destino e a maldade dos homens maltrataram sem dó nem piedade.

O A. Rosinha tem razão, desde a independência da Guiné sob a êgide do Paigc, Portugal tem tratado melhor os familiares dos governantes desse país do que os seus antigos combatentes, muitos deles vivendo em condições deploráveis de quem o próprio destino relegou a vida de desorezo e de miséria.

Sempre que tenho a oportunidade, não deixo de questionar os filhos e netos dos dirigentes do Paigc, as razões porque os seus pais levaram a cabo uma guerra tão violenta e destruidora para hoje andarem a mendigar pela cidadania portuguesa ou pela residência nesse país que tanto odiavam. Nunca respondem porque os próprios sabem que, logicamente não há uma justificação plausível. Eu pessoalmente sempre senti uma grande vergonha alheia por essa incoerência e dou razão a alguns portugueses quando nos atiram na cara: "vão pra vossa terra". Esta é uma das razões por que não escolhi a Europa, em geral, e Portugal em particular para residir e trabalhar, de forma parcial ou definitiva. Não compreendo a completa falta de sensibilidade e pouca vergonha daqueles que não queriam os portugueses na Guiné ontem e hoje escolhem Portugal para se beneficiar e também fugir dos seus demónios, que, entretanto, estão de vento e popa no país que, aparentemente "libertaram".

Por favor não abandonem o Seco Mané !

Cordialmente

Cherno Baldé

Hélder Valério disse...

Um gritante caso de desumanidade.
Muitas vezes andamos distraídos e não damos conta (ou fingimos) que estas coisas existem.
Mas, como dizia uma canção antiga, "vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar"!
Certamente haverá mais casos mas tem que se começar por algum lado e este caso acabou por ter a visibilidade dada pela revista e isso não pode, nem deve, ser desperdiçado.
Tem que se fazer chegar às mais "altas instâncias" para que possam pegar no caso e resolvê-lo com ligeireza e dignidade.
É nosso dever contribuir fortemente para isso!

Hélder Sousa

Anónimo disse...

PS: O Seco Mané arriscou muito ao guardar a sua peça de BI do CTIG, pois até ao golpe militar de 14 NOV80 que depós o Luis Cabral, um documento desses era motivo, mais que suficiente, para fuzilamento na Guiné do Paigc.


Cherno AB

Victor Costa disse...

Parabéns ao Blogue e ao autor desta mensagem. São mensagens como estas, que mexem com os portugueses.
Este post, assim como o post que refere "O escritório para o rico e a enxada para o pobre",o comentário sobre as cunhas e o nepotismo, uma tradição que a revolução não conseguiu apagar e a corrupção das elites, são o retrato atual da nossa sociedade.
Os nossos dirigentes, fartam-se de falar da Democracia, da Igualdade de oportunidades, do Estado de Direito Democrático e da Liberdade de Expressão mas não os praticam. Pensam que o Poder lhes dá o direito de fazerem tudo o que querem e quando as coisas lhes correm mal, queixam-se que os portugueses estão a ficar radicais.
Tenho de reconhecer, que alguns portugueses estão a tornar-se "RADICAIS" e outros estão a tornar-se "MANSOS", com tudo o que esta palavra encerra, mas eu acredito, que Portugal continua a produzir portugueses com "COLHÕES" e se não existem mais, é porque o Estado não defende a família.
Acredito que se isto der para o torto, esta nova classe de dirigentes, agora intitulada de "Socialista" e "Social Democrata" vai borrar-se toda,como aconteceu no Terreiro do Paço no dia 25 de Abril de 1974, porque o seu comportamento indicia isso.
Os "VELHOS" dizem que a "VELHICE É UM POSTO".O povo diz que, "QUEM SEMEIA VENTOS COLHE TEMPESTADES". Vamos esperar, para ver no que isto vai dar.
Um abraço a todos,
Victor Costa
Ex. Fur.Mil.At.Inf.C.Caç.4541/72

Valdemar Silva disse...

Ai Costa, a vida custa.

Essa de "que Portugal continua a produzir portugueses com "COLHÔES" e se não existem mais é porque o Estado não defende a família."
E como dizes "Vamos esperar, para ver no que isto vai dar", quer dizer que o Estado tem de criar incentivos para as famílias terem filhos com "COLHÕES", mas como está entre aspas também se pode achar que sejam mulheres?

Esta questão do Seco Mané, e provavelmente muitos outros, nada tem a ver com genitais, antes deve ser levada a conhecimento da Liga dos Combatentes para tomar conhecimento/medidas destes casos vergonhosos com os antigos combatentes, que na guerra da Guiné também eram soldados portugueses.

Saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Tudo e todos por este Seco Mané e por muitos outros. Abaixo os rodriguinhos das leis mal engendradas. O que interessa é o bom senso, a honra e o espírito de justiça.
1º O Estado, de imediato, deverá internar graciosamente este português e proceder ao conserto do seu corpo que anda desconsertado há dezenas de anos, por causa de ter lutado ao serviço de Portugal do qual era cidadão.
2º O Estado deve dar a cidadania ( melhor dizendo) deve ratificar a cidadania portuguesa a este nosso camarada que lutou ao serviço da mesma Pátria Portuguesa. Se o não fizer não é um Estado , mas um bando de gente desonrada.
3º Se calhar, pergunto eu na minha ingenuidade : quando o Sr.Presidente da República falava em restituição... queria referir-se a esta e outras ?

Carvalho de Mampatá

Um grande abraço
Carvalho de Mampatá

Tabanca Grande Luís Graça disse...

“Os homens do Minho, que vestiam de linho, que calçavam de pau, comiam pão de passarinho, bebiam vinho do enforcado e eram duros como o diabo.”...Ou fortes, ou bravos, conforme as variantes... Há muitas formas de descrever, pintar, exaltar... os nossos atributos (físicos, morais, guerreiros, desportivos, etc.) e os respetivos "apêndices"...

Na Guiné do nosso tempo, os guineenses, de um lado e do outro, tnham que ser "cabras-machos"...

O meu segundo sargento (da CCAÇ 2590 / CCAÇ 12), "chaparro", que meteu o chico para fugir à miséria, à pobreza, à fome, que lavrava lá para as suas bandas nos dos anos 30/40/50 (ele era do distrito de Évora), o José Martins Rosado Piça (1933-2021), resumia a bravura do soldado português na Guiné numa quadra de pedra quebrado onde cabiam todos os palavrões de caserna:

"Portugueses, pugn*ta,
Quando rebentou a República, car*lho,
Foram homens de colh*es,
C*na da mãe!"

Com as regras do nosso blogue, não aconselham o uso do calão de caserna (que às vezes também nos apetece usar, quando queremos exercer o nosso saudável direito à indignição) eu ponho asteriscos nos palavrões para suavizar o seu impacto... e fugir à censura do "Blogger", o nosso servidor...

Anónimo disse...


António Carvalho (by email)
2 jul 2024 14:52


O papel do nosso camarada Fernando Sousa a acompanhar o nosso camarada Seco Mané é altamente meritório . Preciso do número do tlm dele porque também quero ajudar . Já lho pedi por mensagem, sem sucesso. Um grande abraço.

Eduardo Estrela disse...

Esta situação e todas as outras que existem e são muitas, relativamente aos camaradas guineenses que integraram o exército português, demonstra a miserável postura do estado relativamente aos seus cidadãos.
É UMA VERGONHA!!!!
No início da CCaç 14 havia um militar cujo nome era Seco Mané.
Acabou por ser integrado noutra unidade.
Será o mesmo?
Abraço fraterno

Fernando de Jesus Sousa disse...

Oi gente boa! Amigos, camaradas de ontem, de hoje e de sempre. Muito tempo passou, sobre aqueles que ainda resistem, mesmo que a memória se vá esvaziando, porque a guerra vai ficando cada vez mais longe.
Restam as mazelas de muitos, porque os tormentos não os deixam esquecer. Persistem a ingratidão, a falta de respeito, a incoerência dos discursos solenes a propósito de conveniências. Ainda persistem os abandonados, pela sorte, pelo poder de quem manda, pelo sistema, pelo país que os nega.
Isto é uma realidade presente em qualquer país. Depois de qualquer guerra, fica o espólio no chão queimado, os destroços, os estilhaços e as balas perdidas dos alvos, ficam os homens loucos, esventrados, e aqueles que se perderam ou foram empurrados para os becos da solidão, no desespero que os vai consumindo, no silêncio mais conveniente dos senhores da paz.
Seco Mane, é o exemplo supremo desta minha reflexão. Depois de sair do Hospital Militar em Lisboa, foi metido na guiné, na boca do lobo, para um silêncio final, onde não incomodasse ninguém.
Como eu disse na peça gravada pela TV NOW, as amizades construídas na guerra são sólidas, capazes de esventrar os intentos de quem dita leis e as regras da indiferença.
Muito Obrigado a todos que têm manifestado solidariedade ao Seco Mané. Tenho esperança, que este caso gritante seja resolvido, é urgente que a dignidade de um ex. combatente que deu o melhor de si a Portugal, lhe seja reposta e a justiça dos seus direitos prevaleça.
Abraço fraterno.
Fernando Sousa.

Antº Rosinha disse...

Não era nada propício o espírito abrilista para com os flexas, comandos e milícias, nem mesmo para os "brancos" colonialistas.

Para muitos abrilistas era mesmo para esquecer "aquilo" tudo, deitar tudo para traz das costas.

Para outros abrilistas, era mesmo para inverter as prioridades, a psico de braços abertos não era mais para os que estavam, mas para os que vinham de "longe".

Quais Manés, Baldes...!

Juvenal Amado disse...

É dificil entender o que se faz por uns e não se faz por outros.
Temos casos de soldados africanos que foram amplamente protegidos. Quem vai ao 10 de Junho vê muitos ex soldados africanos onde pontuam as boinas vermelhas. Nao generalizado o esquecimento.
Mas onde entra a nossa solidariedade e camaradagem em quem problemas foram resolvidos com colectas de alguns milhares de euros?
O que a liga dos combatentes? E as associacoes de ex combatentes? Atirar a culpa para Abril é muito fácil quando se esquecem os verdadeiros responsáveis já que intervenientes dessa altura já não encontram entre nós.

Um abraço camaradas