Foto nº 1 > ~Cidade de Port0 Santo > "Moldura de Porto Santos" > A praia, deslumbrante, tem um areal de 9 km do Boqueirão de Cima, a nordeste (Ilhéu de Cima) ao Boqueirão de Baixo, a sudoeste (Ilhéu de Baioxo ou da Cal). Nesta imagem, vê-ase metade da praia, com o Ilhéud e Cima, ao fundo.
Foto nº 2 > Vila Baleira (hoje cidade do Porto Santo) > O Cais Velho de Porto Santo, uma relíquia do passado: aqui desembarcavam mercadorias e passageiros. Hoje é apenas uma prancha de saltos, um local de passeio e lazer, prolongamento do Jardim Avenida Infante Dom Henrique (vd. foto nº 3) (A construção do Cais Velho data de 1929; tem mais de 100 metros de comprimento e oito de largura; hoje é ladeado de candeeiros públicos.)
Foto nº 3 > Vial Baleira > Jardim Avenida Infrante Dom Henrique
Foto nº 4 > A estrada que dá aceso à Quinta das Palmeiras (Minizoo botânico)
Foto nº 5 > Porto Santo > Ponta da Calheta > Miradouro das Flores > Vista da parte sul da ilha (talvez o melhor miradouro da ilha): ao fundo, o atual Porto de Abrigo (e Marina), e o Ilhéu de Cima. Daqui até à Madeira são 75 km (2h15 m de barco)
Foto nº 6 > Porto Santo > Pico de Ana Ferreira > Miradouro da Pedreira > Uma das joias da geologia da ilha: o conjunto das colunas prismáticas que testemunha a atividade vulcânica de que resultou a formação da ilha
Foto nº 7 > Porto Santo > O Ilhéu de Baixo ou da Cal, na ponta da Calheta... e os ceados das juras de amo eterno.
Foto nº 8~> Porto Santo > Deserto da Fonte de Areia > Um microssítio em risco de desaparecer... As areias fossilizadas...ou paleodunas.
Foto nº 13 > Vila Baleira > Parte velha
Região Autónoma da Madeira, Porto Santo > 29 set - 3 out 2024
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2024). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Toda a gente já veio a Porto Santo, menos eu. A minha neta chama-lhe a "Madeira Pequenina". Vem cá todos os anos. E adora vir no "Lobo Marinho", o "ferryboat" que faz a ligação do Funchal, a 50 km a sudoeste,
Decidi (eu e a Alice, mais um casal amigo) a ir cá passar uma semana. Num hotel com tudo pago e bar aberto... Nesta altura do ano, é o turismo sénior quem mais ordena, mais os escandinavos (nomeadamente os dinamarqueses que vêm só para jogar golfo).
Há 3 anos que eu não me metia num avião. A última vez fiquei "pendurado" num avião da EasyJet, durante quase duas horas, à espera do elevador da MyWay...
Não tem graça nenhum um gajo andar de muletas num aeroporto. ou, "coitadinho", empurrado numa cadeirinha de rodas. Conheci um brasileiro, uma guineense e uma angolana até chegar ao elevador da My Way. Fui o último a sentar-me no meu lugar, no avião.
O aeroporto de Lisboa está recomendável. A 10 minutos do aeroporto, em Alfragide, levanto-me às 6 da manhã para apanhar um táxi às 6h30 e partir às 9h20 para Porto Santo. A TAP agora nem um copo de água nos serve à borla.
Não levo grandes expetivas. Apenas o portátil, a máquina fotográfica, o bloco de notas, uma esferográfica e um lápis, mais quatro livros. A meio da estadia já fui a quase todos os sítios da ilha, visitáveis. Deixo aqui as primeiras fotos, numeradas mas com curtas legendas, esperando que o meu amigo e coeditor Carlos Vinhal se ofereça para as completar... (Ele já cá veio, e a Madeira é a sua segunda terra.)
Há uma calor e humidade que me fez lembrar África. De resto, aqui presente no hotel, onde praticamente todos os empregados de mesa, restaurante, quartos e animação são estrangeiros, tal como nos navios de cruzeiro italianos: santomenses, guineenses, angolanos, moçambicanos, marroquinos, congoleses, brasileiros, argentinos, nepaleses, bengalis, chineses, etc. Vou metendo conversa com todos e procurando saber as suas pequenas histórias de vida. Mão de obra sazonal, formandos em hotelaria, etc., que ajudam a salvar o turismo porto-santense...
O "patrão" português paga-lhes o salário mínimo, e dá-lhes cama, mesa e roupa louvada, mas põe-nos a trabalhar de sol a sol: fazem os pequenos-almoços, almoços, lanches e jantares... O turista feliz é o que se empanturra de sol e de comes & bebes...
No píncaro do verão, a população (5 mil habitantes, numa ilha de 10 km de comprido por 4 de largo) chega a ser oito vezes mais, diz-me o condutor do jipe (exagero: digamos que triplica em agosto, com os veraneantes madeirenses mais os turistas de fora; a elite funchalense tem cá casa de férias; não é fácil encontrar "indígenas".)
Ainda hoje a ilha tem mais capacidade aeroportuária do que hoteleira,além de ser servido por um moderno porto de abrigo que recebe navios de cruzeiro, a par do "ferryboat" diário, o "Lobo Marinho" (com capacidade de mais de 1,1 mil passageiros e dezenas de viaturas automóveis).
A ilha surpreendeu-me, pela positiva, nalgumas coisas: a riqueza geológica, a diversidade das pessoa que aqui trabalhas humana, a produção e a gestão da água e da energia, a "purezxa" da paisagem (por quanto tempo ?)... A praia é de ãguas cristalinas, "3 estrelas, bandeira azul"... Há uma estação de tratamento de águas resíduos (ETAR) cuja água é aproveitada para encher as lagoas do campo de golfe e regar, à noite, a relva...
Uma ilha que não tem recursos naturais (para além do mar..,), isto é, terra arável e água doce (fundamentais para a sbrevivência humana), é um "estudo de caso" interessante para se perceber como se pode viver, crescer, amar, trabalhar e ter futuro em muitas partes inóspitas da terra: mas há uma desafio, os jovens (que podem aqui estudar até ao 12º ano) já não querem trabalhar na hotelaria...
Por outro lado, viver numa ilha também é uma desafio para a saúde mental.
(Estupidamente, eu pensava que a água potável ainda vinha em batelões da Madeira!...E, o mais incrível, é que aqui, nas areias escaldantes, que chegam aos 40 e tal graus, crescem videiras que dão um vinho generoso de 23 graus que é "superior ao Porto porque é ... santo", dizem os proto-santentes com graça...
A menina, muçulmana, que me serve à mesa o vinho tinto (da "metrópole", da cooperativa de Pegões) é uma lindíssima guineense, de 22 anos, de apelido Baldé Camará, nascida em Cabedu: conversa puxa conversa, vim a saber que era neta do régulo de Canhanima, fuzilado pelo PAIGC, e sobrinha-neta ou bisneta do rei dos Nalus, o Salifo Camará, falecido em Cabedu, em 2011, herói da libertação da pátria ( e que eu conheci pessoalmente em março de 2008).
O parto (trágico, discóito) da Guiné-Bissau está bem presente na história da sua família: pai, fula; mãe, nalu, com antepassados divididos na guerra da independência (que também foi uma "guerra civil")...
Tentei "partir mantenhas em fula", mas ela já não fala a língua dos avós... Fala impecavelmente o portuguès, estudou na escola de Betel...E a mãe vive em Coimbra desde 2004. Os fulas continuam a ser um povo errante... e a Guiné-Bissau um país adiado. Aos 100 anos, o Amílcar Cabral (1924-1973) deve, por certo, estra a dar voltas lá no "panteão nacional" da antiga fortaleza da Amura... a perguntar onde é que errou...
Todos felizes, apesar de tudo, por terem trabalho os nossos jovens amigos da CPLP... Aprenderam a viver e a sobreviver num mundo cada mais globalizado. Tiro-lhes o "quico"... Vou jantar: hoje é "noite do mar", mas espero que, como numa outra noite, não ponham um chinês ou nepalês a fazer "paellas"...
____________Nota do editor
Último poste da série > 25 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25979: Manuscrito(s) (Luís Graça) (255): Tabanca de Candoz. Vindimas de 2024 - Parte II: à mesa, para 2 dezenas de "bicos", o prato forte foi dobrada à moda da "chef" Alice, uma variante mourisca, com coentros, das tripas à moda do Porto
Último poste da série > 25 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25979: Manuscrito(s) (Luís Graça) (255): Tabanca de Candoz. Vindimas de 2024 - Parte II: à mesa, para 2 dezenas de "bicos", o prato forte foi dobrada à moda da "chef" Alice, uma variante mourisca, com coentros, das tripas à moda do Porto
4 comentários:
É sempre difícul fugir ao estereótipo, ao "postal ilustrado"...Os poucos portossantenses com quem tenho falado, são os condutores de autocarro, os jardineiros do hotel, uma empregada de hotel (que há 17 anos ainda não passou da "cepa torta")...Muita gente emigrou, a terra é ingrata...É uma dupla colínia, da Madeira e o do "Cont'nente".
Hoje vamos jantar ao Teodorico, por sugedtõa da minha nora (que é madeirense) e do meu filho, "habitués" aqui de Porto Santo. Depois logo direi a ,minha opinião.
https://www.ondevamosjantar.com/restaurante-teodorico-porto-santo/#google_vignette
Afinal eu é que devo ser o único que ainda não fui a Porto Santo.
Já estive na Madeira mas não coloquei lá os pés.
E dessa vez Luís, também te calhou o mesmo a ti.
Foi há 55 anos.
Então e o Teodorico?
Abraço e continuação de boas férias.
Eduardo Estrela
Em 2011 durante as minhas férias na Madeira visitei por um dia a ilha de Porto Santo, adorei lugar aprazível.
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