Foto nº 1 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > A rua principal de Nova Lamego... Do lado esquerdo vê-se a Casa Caeiro e o edifício que era o comando dos batalhões que passaram por aqui ao longo da guerra (já era protegido por bidões cheios de terra).
No outro lado da rua, no lado direito da foto, um edifício não identificado (parece-nos ser o Cine-Clube local) e depois a estação dos CTT (Correios, Telégrafos e Telefones)...
Foto nº 2 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Outra das artérias da vila, com a estação dos CTT à esquerda, e o Cine-Clube (?) à direita, do outro lado (vd. foto nº 9, em que este edifício não aparece).
Foto nº 3 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Um DC-3 em na pista de aviação
Foto nº 4 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Um a rua em rebuliço, a do comando do batalhão, com a colocação de bidões cheios de arame como proteção em caso de ataque ou flagelação do IN
Foto nº 5 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > Vista aérea da tabanca
Foto nº 6 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Tabanca
Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > Tabanca (a avaliar pelos animais, porcos, à direita da foto, seria um tabanca de gente não-muçulmana)
Foto nº 7 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > O ferreiro
Foto nº 8 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Tecelão
Fotos do álbum de Manuel Caldeira Coelho (ex- fur mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894,
"Os Tufas") (Bissau, Fá Mandinga, Nova Lamego, Beli e Madina do Boé, 1966-68) (*)
Fotos (e legendas): © Manuel Caldeira Coelho (2011). Todos os direitos reservados, [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]
Foto nº 9 > Guiné > Região do Gabu > Nova Lamego > s/d > Foto aérea (pormenor) > Povoação e quartel velho de Nova Lamego (hoje Gabu). Alguns edifícios civis de referência, Compare-se com as fotos acima, nºs 1 e 2.
Legenda: (1) Loja dos irmãos Libaneses (depois ocupada pelos comandos dos batalhões que passaram por esta vila);
(2) Casas civis (para alugar) | Casa Caeiro (eata seria rua principal);
(3) Estação dos CTT (civil) (e a seguir deveria ser o Cine-Clube, no prolongamento da rua, que ia dar ao edifício da administração, mais tarde, com a independèncai, sede do Governo Regional);
(4) Parque de jogos.... (Do lado esquerdo da foto original, aparecia uma parte da tabanca, que cortámos, tal como a parte superior, ao fundo da vila, redimensionando a foto).
Foto (e legendas): © Roseira Coelho / Tino Neves (2007). Todos os direitos reservados. [Edição: e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > Carta (1957) (Escala 1/50 mil) > A vila de Nova Lamego tinha uma malha urbana ortogonal. A noroeste ficava o aeródromo e a(s) tabanca(s) (Gabu-Sara) mais a norte. De Nova Lamego partia-se para: (i) Bafatá (a oeste); (ii) Sonaco (a noroeste); (iii) Bajocunda, Pirada, Senegal (a nor-nordeste); (iv) Piche, Buruntuma, Guiné-Conacri (a és-nordeste); (v) Canjadude, Cheche, Madina do Boé, Guine-Conacri (a sul); (vi) Cabuca (a sudeste).
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2024)
1. São fotos de Nova Lamego e seus arredores (tabancas e pista de aviação).
O Manuel Coelho (ou Manuel Caldeira Coelho) é o nosso melhor fotógrafo de Madina do Boé.
Quando entrou para o o nosso blogue, em 12/7/2011, disponibilizou cerca de 90 fotos do seu álbum. A maioria relativa (c.40) são dos sítios onde a CCAÇ 1589 passou mais tempo, ou seja, na região do Boé.(**)
2. Sobre a CCAÇ 1589, recorde-se aqui
Alentejano de Reguengos de Monsaraz, com 45 dezenas de referências no nosso blogue, vive em Paço d' Arcos, Oeiras.
sumariamente a o seu percurso pelo CTIG:
(i) chegada em 4/8/1966, foi inicialmente colocada em serviço na guarnição de Bissau na dependência do BCaç 1876, em substituição da CCaç 728, com vista a garantir a segurança das instalações e das populações da área;
(ii) em 16dez66, passou a ser subunidade de intervenção e reserva à disposição do Comando-Chefe orientada para a zona Leste, instalando-se em Fá Mandinga e tendo tomado parte em diversas operações realizadas nas regiões de Xime, Sarauol, Nova Lamego, Madina do Boé e Enxalé.
(iii) de 28jan67 a 7fev67, esteve colocada em Nova Lamego como subunidade de reserva do Agr24, colmatando a saída da CCaç 1625 até à chegada da CCav 1662;
(ii) em 16dez66, passou a ser subunidade de intervenção e reserva à disposição do Comando-Chefe orientada para a zona Leste, instalando-se em Fá Mandinga e tendo tomado parte em diversas operações realizadas nas regiões de Xime, Sarauol, Nova Lamego, Madina do Boé e Enxalé.
(iii) de 28jan67 a 7fev67, esteve colocada em Nova Lamego como subunidade de reserva do Agr24, colmatando a saída da CCaç 1625 até à chegada da CCav 1662;
(iv) voltou para Fá Mandinga, onde assegurou a responsabilidade do respectivo subsector durante a adaptação operacional da CArt 1661;
(v) após a marcha de um pelotão em 25mar67 para Béli, foi deslocada em 7abr67 para Madina do Boé, a fim de substituir a CCaç 1416,
(vi) em 10abr67, assumiu a responsabilidade do respectivo subsector, com o pelotão já instalado em Béli, ficando então integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1856 e depois sucessivamente do BCav 1915 e do BCaç 1933;
(vii) em 20jan68, foi rendida em Madina do Boé pela CCaç 1790 e em 12Fev68 no destacamento de Béli, tendo ambos os aquartelamentos sofrido fortes flagelações no periodo de jun a dez67;
(viii) em 31jan68, foi colocada em Bissau na dependência do BCaç 2834, para serviço de guarnição até ao seu embarque de regresso (em 9/5/1968), colmatando anterior saída da CCaç 1547 e sendo depois substituída em Bissau pela CCav 1617;
(v) após a marcha de um pelotão em 25mar67 para Béli, foi deslocada em 7abr67 para Madina do Boé, a fim de substituir a CCaç 1416,
(vi) em 10abr67, assumiu a responsabilidade do respectivo subsector, com o pelotão já instalado em Béli, ficando então integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1856 e depois sucessivamente do BCav 1915 e do BCaç 1933;
(vii) em 20jan68, foi rendida em Madina do Boé pela CCaç 1790 e em 12Fev68 no destacamento de Béli, tendo ambos os aquartelamentos sofrido fortes flagelações no periodo de jun a dez67;
(viii) em 31jan68, foi colocada em Bissau na dependência do BCaç 2834, para serviço de guarnição até ao seu embarque de regresso (em 9/5/1968), colmatando anterior saída da CCaç 1547 e sendo depois substituída em Bissau pela CCav 1617;
(ix) Cmdt: Cap Inf Henrique Vitor Guimarães Peres Brandão.
____________
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 7 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26122: As nossas geografias emocionais (30): A "toponímia" da colónia ou a "Babel linguística": Bafatá devia ter sido grafada como "Báfata" e Gabú como "Cabo" (do mandinga "caabu")...
(**) Vd. poste de 22 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21472: Fichas de unidade (13): CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894 (Bissau, Fá Mandinga, Nova Lamego, Béli, Madina do Boé, 1966/68)... E recordando algumas das melhoras fotos do alentejano Manuel Coelho, que foi fur mil trms de "Os Tufas"
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 7 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26122: As nossas geografias emocionais (30): A "toponímia" da colónia ou a "Babel linguística": Bafatá devia ter sido grafada como "Báfata" e Gabú como "Cabo" (do mandinga "caabu")...
(**) Vd. poste de 22 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21472: Fichas de unidade (13): CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894 (Bissau, Fá Mandinga, Nova Lamego, Béli, Madina do Boé, 1966/68)... E recordando algumas das melhoras fotos do alentejano Manuel Coelho, que foi fur mil trms de "Os Tufas"
4 comentários:
Informação sobre o destacamento da FAP em Nova Lamego, recolhida no blogue Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/745
(i) No TO da Guiné havia uma única base da FAP, a Base Aérea nº 12 (BA 12), em Bissalanca, Bissau;
(ii) No interior hava vários aeróromos importantes, em geral nas sedes de batalhão (por ex., Bafatá, Cufar, Nova Lamego, Aldeia Formosa) mas também no arquipélago dos Bijagós (em Bubaque);
(iii) Na Guiné existiriam cerca de 60 locais onde aterravam DO 27 e Hélis, em outras, de menor número, os T6-G; e ainda em três ou quatro, os Dakotas e NordAtlas (Cufar, Nova Lamego, Aldeia Formosa, Bubaque);
(iv) Em Nova Lamego era habitual o pessoal da FA fazer ai destacamentos de oito dias;
(v) A maioria das pistas na Guiné era gerida pelo próprio aquartelamento "a única pista em que tínhamos um destacamento permanente era Nova Lamego (um AL-III e um DO-27, com piloto e mecânico), mas não havia nenhuma estrutura de apoio às missões da Força Aérea a partir de e para Nova Lamego";
(vii) Outras pistas em que frequentemente se faziam destacamentos durante o dia (para apoio às acções das NT ) eram, por exemplo, Aldeia Formosa, Cufar, Teixeira Pinto, Bafatá, Farim;
(viii) Para o Jorge Félix, no tempo em que ele andou pela Guiné (1968/70), "Nova Lamego era o aeródromo maior; Aldeia Formosa seria o seguinte em comprimento; em ambos aterravam os T6 e lá abasteciam; os Dakota também aterravam em ambos; os helis, como sabes eram reabastecidos em todos os aeródromos".
(ix) O nº de pistas existentes no TO da Guiné seriam superiores ao total de aeronaves disponíveis... (O número de aeronaves disponíveis em 1971, eram 57, e em 1974, eram... 46)
Para saber mais, vd. poste
25 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12201: FAP (77): Fotos do destacamento de Nova Lamego (Vitor Oliveira, ex-1º cabo melec, BA 12, Bissalanca, 1967/69)
Manga di ronku as fotografias a cores em 1967, e cá temos o "centro" de Nova Lamego.
Na foto 2, vemos os CTT à esq., o Cine-Clube à drt. e mais ao fundo, antes de chegar ao Quartel de Baixo, a casa/posto do inspector da pide.
Na última foto, a aérea, vemos em primeiro plano no lado drt. uma árvore frondosa e na esquina da rua uma casa com telhado raso, era a Casa Caeiro.
A foto 6, imagem da tabanca, dá uma má ideia de como era a grande tabanca de Nova Lamego.
Em 1967 já se sentia a chegada de população fugindo das tabancas atacadas pelo PAIGC, e com o abandono de Che-Che, Madina do Boé e Beli e muitas outras tabancas do lado de cá do Corubal, milhares de pessoas chegaram a Nova Lamego. E não mais regressaram, formando, depois, com a independência, a terceira cidade mais populosa da Guiné.
Valdemar Queiroz
O aeródromo do Gabu foi inaugurado pelo ministro do Ultramar, Silva Cunha, no seu quinto dia de viagem à Guiné, em março de 1970. Oiça-se o discurso do Spínola e do ministro. Extensa e interessante reportagem da RTP, com muitas vistas aéreas (incluindo Nova Lamego, logo ao início). Tem partes com som (discursos):
RTP Arquivos > 19 de março de 1970, 28' 33'' > Visita de Silva Cunha à Guiné
Resumo analítico:
(i) Vistas aéreas a partir de helicóptero; Nova Lamego: revista às tropas; inauguração do Aeródromo do Gabú; Monsenhor Amândio Neto, prefeito apostólico, faz a bênção; descerramento da placa inaugurativa; Silva Cunha cumprimenta populares e recebe oferendas da parte dos régulos; discursos do General António de Spínola e de Silva Cunha. Festival aéreo realizado pelo Grupo 1201 da base aérea nº 12 da Força Área da Guiné; cartazes dando vivas a Portugal; travessia das ruas a pé e em jipe (multidão); plantação de tomate e instalações pecuárias.
(ii) Viagem de helicóptero militar à região do Boé; inauguração e visita à estação central militar da base aérea n.º 12 de Bissau em Bafatá; visita às regiões de Guileje (guarnição), a Gadamel, a Cassine (sic) (leia-se: Cacine) (guarnição e bairro em construção), às ilhas Melo e Como (cerimónia de receção);
(iii) Visita à Ponta de São Vicente (construção de estrada) e a Jolmete (aquartelamento). Inauguração de obelisco em Pelundo; visita a Chulame (casas em construção); a Teixeira Pinto (multidão, honras militares, hospital, capitão-médico Tavares de Pina, campos de arroz, mesquita), a Có (construção de casas) e a Bula (população a correr junto do carro). Travessia de barco entre Cacheu e Bissau; vista em movimento de povoação.
(Seleção, revisão / fixação de texto: LG)
Nesta dia da inauguração ao Aeródromo do Gabu, como disse Spínola, dois Pelotões
da minha CART.11 (1º. e 2º.) estavam a fazer a segurança no mato perto da pista. O meu Pelotão (4º.) estava de segurança às máquinas da TECNIL, estrada de N.Lamego-Piche por todos os trabalhadores estarem nas festas da inauguração.
Interessante filme de propaganda da inauguração e da festa, em N. Lamego, com milhares de pessoas a assistir, muito bem vestidos e não se vê tropa, que havia muita, no meio do povo. Logicamente é de pensar que todos estavam de serviço.
Um pormenor interessante, num cartaz festivo podia ler-se "CINCO SÉCULO DE LUSITANIDADE".A língua portuguesa é um dos principais elementos da Lusitanidade, em 1970 milhares de guineenses não sabia falar português.
Valdemar Queiroz
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