Cor art ref Morais da Silva: (i) cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor de investigação operacional na AM, durante cerca de 2 décadas; (ii) no CTIG, foi instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972; e (iii) fez parte do Grupo L34, na Op Viragem Histórica, no 25 de Abril de 1974.
1. Comentário (*) do cor art ref Morais da Silva, membro da nossa Tabanca Grande, com 144 referências no blogue:
Felizmente ainda estou vivo e continuo a não gostar que se refaça a história.
Marcelo Caetano ordenaria pois, a exemplo da Índia, que se morresse “com honra” !
O senhor general Bettencourt Rodrigues, ao aceitar o comando-chefe da Guiné "abraçou" o lado errado da história e sofreu as consequências da sua escolha tal como teria acontecido, caso falhassem, aos que travaram a ultima batalha das suas vidas, derrubando o regime em 25 de Abril de 1974. (**)
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 7 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26124: Agenda cultural (864): Convite para o lançamento do livro "Um Grande Militar Português - General Bethencourt Rodrigues" da autoria de António Pires Nunes, a levar a efeito no próximo dia 5 de Dezembro, pelas 17h30, no Auditório das Instalações do Instituto Universitário Militar, em Pedrouços. A obra será apresentada pelo Major-general João Vieira Borges
Afirmar na sinopse que ... "onde substituiu o general Spínola depois de este ter desistido de continuar pela força das armas" é um ultraje à memória deste ilustre comandante de tropas de combate na guerra do ultramar que com 51 anos, tenente-coronel, se voluntariou e partiu em 1961 para Angola comandando o BCav 345.
O senhor General Spínola nunca desistiu, antes concluiu que não havia saída militar para a guerra da Guiné e disso deu conta ao PM de então que, tolhido pelos integracionistas, entendia que - “Os exércitos fizeram-se para lutar e devem lutar para vencer, mas não é forçoso, que vençam. Se o exército português for derrotado na Guiné depois de ter combatido dentro das suas possibilidades, essa derrota deixar-nos-ia intactas as possibilidades jurídico-políticas de continuar a defender o resto do Ultramar. E o dever do governo é defender todo o Ultramar.”
Marcelo Caetano ordenaria pois, a exemplo da Índia, que se morresse “com honra” !
O senhor general Bettencourt Rodrigues, ao aceitar o comando-chefe da Guiné "abraçou" o lado errado da história e sofreu as consequências da sua escolha tal como teria acontecido, caso falhassem, aos que travaram a ultima batalha das suas vidas, derrubando o regime em 25 de Abril de 1974. (**)
_________________
3 comentários:
Temos 85 referências no blogue sobre o gen Bettencourt Rodrigues:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Gen%20Bettencourt%20Rodrigues
Sobre o gen António Spínola são de mais de meio milhar:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Sp%C3%ADnola
O Spínola que eu conheci (30)
Spínola (495)
Spinolândia (13)
Há dezoitos postes, no blogue, sob o tema "A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-Chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974)"...
O Último é:
18 de abril de 2024
Guiné 61/74 - P25403: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-Chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte XVIII: a versão do cor inf António Vaz Antunes (1923-1998), na altura comdt interino do COMBIS ( Memorando digitalizado e transcrito pelo seu filho, engº Fernando Vaz Antunes)
O primeiro foi:
3 de fevereiro de 2024
Guiné 61/74 - P25130: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte I: A visita do CEME, Gen Paiva Brandão, em finais de janeiro de 1974
Ainda não li o livro nem conhecia o autor, mas, só pela sinopse (infeliz, que espero não seja da responsabilidade do autor, mas talvez antes do editor, não está à altura de um historiador, com sólida formação científica, teoricometodológica e deontológica ) receio que possa ser mais uma "hagiografia", num campo muito "minado e armadilhado", como são entre nós o das biografias de grandes militares ...
O que seria uma pena...
Tratando-se de um militar respeitado, e incontornável, tal como Spínola, Costa Gomes, Kaulza de Arriaga e outros, quer se goste ou não goste, para se conhecer um período crucial da nossa histórias do séc. XX, o gen Bettencourt Rodrigues (que já não está cá para ouvir os outros a falar de si nem muito menos ser entrevistado no contexto de um trabalho de investigação científica...) merece o nosso respeito e o direito â verdade, biográfica e histórica, com o devido distanciamento crítico e afetivo.
Não pode (nem ser) utlizado agora como uma arma de arremesso, eventualmente revanchista... A sinopse é, no mínimo, desastrada e fecha a porta aos leitores que gostam de uma boa biografia. Os grandes (e os bravos) merecem uma boa biografia. Mas vamos esperar para...ler.
Enviar um comentário