Valdemar Queiroz |
1. Excerto do poste P13607 (*):
Que pena tenho eu de não estar em Nova Lamego, em 1972/74, para ver as libanesas, porque em 1969/70 tinhamos que ir a Bafatá ver os seus olhos verdes.
Ó Marcelino Martins, tens toda a razão e eu, em 1969/70, também não me lembro de estabelecimentos de libaneses, no Gabu. Havia a casa do sr. Caeiro. Vendia tudo, pomada prós calos, ventoinhas, frigoríficos a petróleo, e até material militar (facas de mato) pra algum 'piriquito' despassarado.
Também havia, no Gabu, outro português, que fazia uns frangos de churrasco, de caír pró lado. Era na saída, para Bafatá e lembro-me que o empregado, um africano, tinha hora de saída. E o patrão dizia: “Vocês é que são os culpados, destes gajos terem horário de saída”…. O que nós fomos 'arranjar'.
Mas, José Marcelino Martins, nunca vi nenhuma libanesa em Nova Lamego e eu não era cego. Lembro-me da filha do Sr. Caeiro, aparecia poucas vezes, era de cair pró lado, boa como o milho, rapariga prós vinte e poucos anos, sempre à espera dum capitão. Mas, ver as libanesas, de olhos verdes, raparigas bonitas, tinhamos que ir a Bafatá.
Também havia, no Gabu, outro português, que fazia uns frangos de churrasco, de caír pró lado. Era na saída, para Bafatá e lembro-me que o empregado, um africano, tinha hora de saída. E o patrão dizia: “Vocês é que são os culpados, destes gajos terem horário de saída”…. O que nós fomos 'arranjar'.
Mas, José Marcelino Martins, nunca vi nenhuma libanesa em Nova Lamego e eu não era cego. Lembro-me da filha do Sr. Caeiro, aparecia poucas vezes, era de cair pró lado, boa como o milho, rapariga prós vinte e poucos anos, sempre à espera dum capitão. Mas, ver as libanesas, de olhos verdes, raparigas bonitas, tinhamos que ir a Bafatá.
Quem me dera, estar em Bafatá naquele tempo, tinha vinte e poucos anos. (**)
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Notas do editor:
(*) 14 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13607: Dossiê Os Libaneses, de ontem (e de hoje), na Guiné-Bissau (6): Ainda as libanesas de Nova Lamego (José Martins / Valdemar Queiroz / Abílio Duarte)
(*) 14 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13607: Dossiê Os Libaneses, de ontem (e de hoje), na Guiné-Bissau (6): Ainda as libanesas de Nova Lamego (José Martins / Valdemar Queiroz / Abílio Duarte)
(**) Último poste da série > 1 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26103: S(C)em Comentários (50): "A malagueta no cu dos outros é refresco"... A propósito do A. Marques Lopes (1944-2024), e da comparação entre fulas e balantas (Cherno Baldé, Bissau)
3 comentários:
Rectifico, julgo que o Sr. Caeiro tinha duas filhas.
Aquilo é que foram tempos, mas não me lembro de libanesas em Nova Lamego, em Bafatá sim e de bonitos olhos verdes.
Ainda sobre Nova Lamego topónimo arranjado por portugueses, talvez algum lamecense que por lá ficou, para substituir nome da Sare do Gabu ou seja Gabu Sare. (Sare=aldeia em fula)
Mas, o Luís Graça faz menção a um Mapa em que aparece grafado Gabu Sara, que me parece incorrecto.
E como não tem nada que fazer, lembro-me destas coisas.
Julgo que no Mapa referido há uma gralha quanto a Gabu Sara. Sare é aldeia um fula, assim como Sincha é aldeia em mandinga. Das centenas de aldeias Sare e Sincha e a seguir o nome do homem grande que fundou a aldeia, só Gabu é que é Sara. Gabu era toda uma região e propriamente a aldeia principal seria no local que os portugueses baptizaram por Nova Lamego, vá-se lá saber porquê, e então era a Sare do Gabu ou Gabu Sare., julgo eu, e não Sara..
O nosso amigo Cherno Baldé, grande entendido nestes assuntos e não só, fará o favor de nos dar uma douta explicação.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Rectifico: em vez de "não tem nada que fazer" é "tenho nada que fazer"
Valdemar Queiroz
AS FILHAS DO SR CAEIRO ERAM LIBANESAS
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