Finlândia > Helsinquia > 2023
Fotos (e legenda): © António Graça de Abreu (2023). Todos os direitos reservados [Edição e lendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. O escritor, sinólogo, tradutor e "globe-trotter" António Graça de Abreu, com a esposa, médica, Hai Yuan, nosso amigo e camarada (ex-alf mil, CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74): mandou-nos, em 20 do passado mês de novembro, para publicação, mais um "postal ilustrado", ainda na sequência de mais um cruzeiro que efetuou, em agosto de 2023, desta vez à Gronelândia e à Islândia (*):
Helsínquia, Finlândia
por António Graça de Abreu
A cidade implantada em cima do mar, o meu leve esbracejar no centro do burgo, debruçado sobre o Báltico. Quilos e quilos de morangos, frescos, perfumados, à venda no mercado do peixe, monumentos e igrejas, o palácio branco do Senado, a catedral ao lado.
Este país sobre o qual quase nada sei. A promessa de tentar entender. Falam línguas próprias, arrevesadas e estranhas, o fino-húngaro, aparentado com o estoniano com raízes no idioma da Hungria. Os finlandeses são um dos povos mais civilizados e educados da Europa, têm, por bandeira uma cruz azul cravada sobre um fundo branco, igualzinha ao que foi, há mil anos atrás, o estandarte, a bandeira de D. Afonso Henriques legitimando a existência de Portugal.
A serena Finlândia dos mil lagos. Levam-me para os arredores de Helsínquia, dão-me um almoço de salmão fresco enrolado em cremes de nata e legumes. A terra plana e verdejante, pequenos canais, casinhas alindadas, barcos robustos de madeira ancorados na margem solitária da laguna triste, prometendo silenciosas viagens.
Jean Sibelius (1865-1957), o homem da música, no seu jardim de Helsínquia, as rochas, o seu rosto modelado em figuras de aço, uma lágrima humedecendo o fluir dos anos, as suas sinfonias, a Finlândia crescendo entre salgueiros verdejantes, na nobreza das águas azuis dos lagos. (**)
______________
Notas do editor:
(*) 10 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26138: As nossas geografias emocionais (33): Oslo, Noruega (António Graça de Abreu)
Notas do editor:
(*) 10 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26138: As nossas geografias emocionais (33): Oslo, Noruega (António Graça de Abreu)
(**) Último poste da série > 14 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26152: As nossas geografias emocionais (34): Alguns dos principais topónimos do território, segundo um mapa de 1951...
Sem comentários:
Enviar um comentário