domingo, 27 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1788: Convívios (10): Pessoal de Bambadinca 1968/71: CCS do BCAÇ 2852, CCAÇ 12, Pel Caç Nat 52 e 63 (Luís Graça)

Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de Maio de 2007 > Encontro do pessoal de Bambadinca 1968/71 > A organização coube ao Fernando Calado (na foto, à esquerda), coadjuvado pelo Ismael Augusto, ambos da CCS/BCAÇ 2852 (1968/71).

O grupo (mais de 60 convivas) teve na Dra. Rosa Calado (na foto, ao centro), elemento da direcção da Casa do Alentrejo, uma simpatiquíssima anfitriã. O editor do blogue e fotógrafo, à direita, chegou tarde, mas ainda a tempo de constatar que a organização esteve impecável e o que o sítio não podia ser melhor, em pleno coração de Lisboa. O fotógrafo de circunstância foi o Ismael.

O ex-soldado condutor auto da CCAÇ 12 Alcino Braga (que vive em Lisboa), com dois homens marcados para sempre pela guerra: o ex-Fur Mil At Inf António Fernando Marques, gravemente ferido numa mina anticarro, em 13 de Janeiro de 1971 (1) (2); e o ex-Fur Mil Patuleia, meu vizinho, natural do Bombarral, e meu amigo (ficou cego na explosão de uma mina em Angola; é ex-presidente da ADFA). O Patuleia e o Marques conheceram-se no Hospital Militar Principal da Estrela.


Elementos da CCAÇ12 > O ex-soldado condutor auto Alcino Carvalho Braga e o ex- 1º Cabo Apontador  de Armas Pesadas José Manuel P. Quadrado (que pertenceu ao 1º Gr Comb da CCAÇ 12, comandado pelo Alf Mil Moreira, seguramente o melhor oficial da companhia). Não sei o que é um e outro fazem hoje na vida. E do Moreiro perdemos o rasto.

O Mourão Mendes (da CCS/BCAÇ 2852, que vive atualmente em Torres Novas) e Gabriel Gonçalves, o famoso GG  (ex- 1º Cabo Op Cripto, CCAÇ 12, residente em Lisboa).


O ex-Fur Mil At Inf Joaquim A. M. Fernandes, da CCAÇ 12, ao centro, falando com o Marques e o Patuleia. O Fernandes foi ferido, numa mina anticarro, em 13 de Janeiro de 1971, à saída de Nhabijões (2). Vive no Barreiro. Engenheiro, é director da Direcção de Infra-estrtuturas, da Quimiparque... Censurou-me, e com razão, de nunca aparecer nos convívios da malta de Bambadinca,  1968/71... Não me justifiquei: teria dificuldade em fazê-lo... Percebo as suas razões, entendo os seus ressentimentos, sou até capaz de comprender a sua ironia, não gostaria de magoar um amigo... De qualquer modo, hoje os meus camaradas da Guiné não se restringem apenas aos da minha ex-companhia, a CCAÇ 2590/CCAÇ 12...


O Marques e o Patuleia: amigos para sempre. Ambos estão reformados: O Marques, da sua actividade comercial; o Patuleia, como ex-funcionário da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (ainda o conheci, na Repartição de Finanças  da Reboleira, a 3ª da Amadora)...



José Fernando Almeida: ex-Furriel Miliciano de Transmissões, CCAÇ 12. Era o Don Juan da CCAÇ 12. Tinha, de resto, tempo, vagar e... talento para namorar as bajudas de Bambadinca: nunca saiu para o mato... Vive em Óbidos há 10 anos. Ao que sei, o Almeida está reformado da RDP.



O José Luís Vieira de Sousa, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 12, com a esposa e com a Teresa, esposa do Humberto Reis (ausente na Suécia, em viagem de negócios). O Sousa é corrector de seguros no Funchal. O Reis falhou, pela primeira, o encontro do pessoal de Bambadinca 1969/71. Mas venho depôr em seu favor: ele esteve impecavelmente bem representado pela esposa, a Sra. Dona Teresa que, além de grande senhora, é uma santa (não é fácil ser companheira de um camarada da Guiné).

O Sousa, coitado, estava desolado, sem o aparentar: tinha vindo de uma viagem turística à Eslováquia, em voo charter, por conta de uma das seguradores com quem trabalha; mas na volta ficou sem bagagens nem bilhete de regresso ao Funchal... Mesmo assim arranjou disposição para ir ao encontro dos seus velhos camaradas de Bambadinca... Confessou-me que foi comprar uma camisa nova, no hipermercado... Enfim, um gesto que merece a nota de cinco estrelas, na escala de camaradagem, de 1 (Mínimo) a 5 (Máximo)... De resto, em 18 meses de intensa actividade operacional no TO da Guiné nunca vi este homem perder a face, a calma ou as estribeiras!... Ontem como hoje, o Sousa é um homem calmo, razoável, autocontrolado, afável... (Desta vez, não trouxe a sua viola!).


O Ismael Augusto e o José Manuel Amaral Soares, ex-furriel mil sapador, ambos da CCS do BCAÇ 2852. O primeiro vive em Lisboa (trabalhou na RTP como engenheiro e gestor; é actualmente consultor e docente universitário nas áreas da multimédia). O Soares, por sua vez, vive em Caneças.

Malta da CCS do BCAÇ 2852: em primeiro plano, o ex-furriel milicano vagomestre Carvalhal (que vive em Vila Nova de Famalicão e foi um dos organizadores do encontro do ano passado), o Fernando Taco Calado e o Mourão Mendes. Não consigo identificar o camaradas que está por detrás do Calado. Nem sei qual era o posto e a especialidade do Mourão Mendes.

O Jorge Cabral (ex-Alf Mil do Pel Caç Nat 63), conversando com o Ismael e  Otacílio Luz Henriques (ex-1º cabo bate-chapas, do pelotão do Ismael, o pessoal da ferrugem). Como toda a gente sabe, o Cabral é advogado e docente universitário, além de excelente escritor. Bem gostaria de ver editado um book com as suas deliciosas estórias cabralianas... Prometeu-me em breve mandar mais uma: disse-me o título, que não fixei...

O Agnelo Ferreira Pereira e a esposa. Ambos são meus conterrâneos, da Lourinhã. É um velho amigo de infância. Foi o primeiro camarada com quem falei, ao passar por Bambadinca no dia 2 de Junho de 1969, a caminho do meu destino (Contuboel, a nordeste de Bafatá), quatro dias depois do grande ataque ao aquartelamento, sede do Sector L1.

O Agnelo era operador de transmissões, fazendo parte da equipa do ex-Alf Mil Trms Fernando Calado. Recordo-me ainda das palavras do meu amigo: - "Podíamos ter morrido todos" [se as canhoadas e morteiradas tivessem acertado em cheio no alvo]... O Agnelo está hoje reformado. Trabalhou, com os irmãos, como despachante alfandegário... A entrada na CEE provocou um terramoto nesta actividade... E o Agnelo sofreu com isso...

O Isamael e o casal Calado. A Rosa (que é professora de história no ensino secundário, em Lisboa) faz parte dos orgãos de gestão da Casa do Alentejo. Teve a gentileza de fazer as honras da casa. Pequeno privilégio, mostrou-me a mim, ao Fernando e ao Isamael, algumas das salas, não abertas ao público, e que foram recentemente remodeladas... A sua próxima batalha é encontrar um (ou mais) mecenas para as urgentes obras de reparação da cobertura do prédio.

Dois antigos elementos da CCAÇ 12 > à esquerda, o Francisco Patronilho (ex-Sold Condutor Auto, vive hoje em Brejos de Azeitão) e, à direita, o Fernando Andrade Sousa (ex-º Cabo Aux Enf, vive na Trofa, tendo organizado, em 2006, juntamente com o Carvalhal, o anterior encontro do pessoal de Bambadinca 1968/71).

O Patronilho, que já era casado e tinha um filho, quando esteve em Bambadinca, teve que puxar pela imaginação e suar as estopinhas para arranjar um dinheirinho extra para mandar à família e ir visitá-la nas férias... De regresso à vida civil, foi preparador de trabalho na Lisnave até se chatear com o ambiente e montar o seu próprio negócio, na área da reparação automóvel (se bem percebi), na terra onde vive... O Sousa, residente na Trofa, tanto quantome lembro, trabalhou na indústria têxtil e reformou-se no bom tempo, há menos de meia dúzia de anos... Nenhum deles tem ou usa e-mail. Mas o Sousa de vez em quando vai espreitar o nosso blogue...


O ex-Furriel Miliciano At Inf, da CCAÇ 12, Joaquim Pina. Continua a viver em Silves (Algarve). Foi ferido em combate, no decurso da Operação Borboleta Destemida, em Janeiro de 1970. Era um exímio amador de ilusionismo e bom tocador de viola. Um homem extramamente afável e bom camarada. Gostei de o rever. Não sei o que faz hoje. Confessou-me que não conhece o blogue nem tem e-mail, o que não é crime, mas é uma... pena (3).

Fotos: © Luís Graça (2007). Direitos reservados.





Videoclipe (36 segundos) > O nosso Pavarotti alentejano... Voz: Fernando Taco Calado (ex-técnico superior na área da gestão de recursos na Petrogal; actual docente universitário; excelente executante do cante alentejano). Assistência: O ex-furriel dos reabastecimentos Lopes (espantosamente tem a mesma cara de há 38 anos, e que eu reconheci imediatamente) e o ex-furriel vagomestre Carvalhal (ex-CCS do BCAÇ 2852)... Faltou desta vez a viola do J. L. Vacas de Carvalho (ex-Alf Mil Cav, do Pelotão Rec Daimler 2206, Bambadinca, 1969/71). Há uma voz, que se ouve, a reclamar a massa do almoço, e que é a da Dra. Rosa Calado, da direcção da Casa do Alentejo... Entrentanto, sou testemunha de que o nosso Fernando, depois deste pequeno ensaio de um belíssimo cante alentejano, liquidou as contas do almoço... Cerca de 1500 euros, se a vista ou a memória me não atraiçoam...

Para reproduzir o vídeo, basta clicar duas vezes na imagem e, naturalmente, ligar o som... Devo acrescentar que o Fernando Taco Calado já nos tinha dado, há uns meses atrás, no encontro da Ameira, um cheirinho dos seus grandes dotes vocais (4), fazendo-nos (re)lembrar algumas das nossas noitadas de Bambadinca... A este propósito, costumo lembar que eramos mochos - os operacionais e muitos outros... Vivíamos de noite, dormíamos de dia (quando nos deixavam)... Para quem andava no mato, as 4 da madrugada eram a hora mortal do dia, a hora de todas as angústias... Saíamos ainda de noite, cerrada, para as nossas operações, tentando surpreender o IN no seu sono profundo... Depois do jantar, e até às tantas, era preciso ocupar o tempo: cantando, jogando, bebendo, escrevendo, ou simplesmente tabaqueando o caso, como dizem os alentejanos...

Vídeo: © Luís Graça (2007). Direitos reservados. Vídeo alojado no álbum de Luís Graça > Guinea-Bissau_Videos. Copyright © 2003-2007 Photobucket Inc. All rights reserved.


Casa do Alentejo, Lisboa, 26 de Maio de 2007 > Almoço-convívio do pessoal de Bambadinca 1968/71 > Vídeo (36 segundos) > O nosso Pavarotti alentejano > Fernando Calado, natural de Ferreira do Alentejo, no seu melhor... mas desculpando-se de que um alentejano nunca canta sozinho...

Na emblemática e histórica Casa do Alentejo, sita no nº 58 da Rua Portas de Santo Antão, em pleno ventre de Lisboa, sob a batuta do Fernando Calado e do Ismael Augusto, realizou-se mais um almoço-convívio, no passado dia 26 de Maio, do pessoal que esteve em Bambadinca, entre 1968 e 1971.

Os convivas ultrapassaram as 6 dezenas, incluindo familiares. Cheguei, conforme prometido, já no fim do repasto, mas deu para rever velhos camaradas da Bambadinca do meu tempo, tanto da CCS do BCAÇ 2852 como da CCAÇ 12... Do pessoal de outras unidades adidas ao comando do Sector L1 só encontrei o Mário Beja Santos (Pel Caç Nat 52, que estava de saída quando eu entrei) e o Jorge Cabral (Pel Caç Nat 63).

Do pessoal da minha antiga companhia, revi alguns ex-furriéis milicianos (Pina, Fernandes, Marques, Almeida e Sousa), ex- condutores como o Patronilho e o Braga, ex-ajudantes de enfermeiro como o Sousa, e ainda ex-operadores cripto: o Gabriel Gonçalves e o Murta (de que não tenho registo fotográfico).

Da CCS do BCAÇ 2852, há a registar a presença dos ex-Alf Mil Ismael Gonçalves (Manutenção) e Fernando Calado (Transmissões), os dois organizadores do encontro, além do ex-Furriédis Miliciano Soares (Sapador), Carvalhal (Vagomestre) e Lopes (Reabastecimentos).

O Mendes Mourão será o organizador do próximo encontro, em Maio de 2008, em Torres Novas. Tive também o grato prazer de encontrar o meu amigo Agnelo Ferreira Pereira e esposa, ambos da Lourinhã.
___________

Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 2 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCXXIX: E de súbito uma explosão (Luís Graça)

(...) " Excertos do Diário de Um Tuga (ex-furriel miliciano Henriques, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71) > 13 de Janeiro de 1971 > E de súbito uma explosão. O sol dos trópicos desintegra-se. O céu torna-se bronze incandescente. O mamute de três toneladas dá um urro de morte ao ser projectado sob a lava do vulcão. E depois, silêncio... Era uma hora e meia da tarde quando o meu relógio parou, na estrada de Nhabijões-Bambadinca" (...).


(2) Vd. post de 23 de Setembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCV: 1 morto e 6 feridos graves aos 20 meses (CCAÇ 12, Janeiro de 1971) (Luís Graça)


(...) "História da CCAÇ 12 (1969/71)

"(19) Janeiro de 1971: 1 morto de 6 feridos graves aos 20 meses


"O dia 13 seria uma data fatídica para as NT, e em especial para a CCAÇ 12 cujos quadros metropolitanos estavam prestes a terminar a sua comissão de serviço em terras da Guiné. Eis o filme dos acontecimentos:

"(i) Às 5.45h o 1º Gr Comb detectou, durante a batida à região de Ponta Coli, vestígios dum grupo IN de 20 elementos vindos em acção de reconhecimento aos trabalhos da TECNIL na estrada Bambadinca-Xime e locais de instalação das NT.

"(ii) Às 11.25h, na estrada de Nhabijões-Bambadinca, uma viatura tipo Unimog 411, conduzida pelo Sold Soares (CCAÇ 12) que ia buscar [a Bambadinca] a 2ª refeição para o pessoal daquele destacamento, accionou uma mina A/C.

"0 condutor teve morte instantânea. Ficaram gravemente feridos 1 Oficial (CCS / BART 2917)[Alf. Mil. Moreira] (a), 1 Sargento (Fur Mil Fernandes/CCAÇ 12) e 1 Praça (CCS / BART 2917).

"(iii) Imediatamente alertadas as NT em Bambadinca, o Gr Comb de intervenção (4º, CCAÇ 12) recebeu a missão de seguir para o local a fim de fazer o reconhecimento da zona, enquanto outras forças acorriam a socorrer os sinistrados.

"Ao chegar junto da viatura minada, o Cmdt do 4° Gr Comb [Alf. Mil. Rodrigues] (b) deixou duas praças a fazer a pesquisa, na estrada e imediações, de outros possíveis engenhos explosivos, no que foram apoiados por alguns elementos do destacamento, seguindo depois uma pista de peugadas recentes, detectadas nas proximidades, e que se dirigiam para a orla da mata.

"Aqui, a 50 metros da estrada, atrás duma árvore incrustada num baga-baga, encontraram-se vestígios muito recentes. Seguindo os rastos através da mata, foi dar-se à antiga tabanca de Imbumbe [um dos cinco núcleos populacionais de Nhabijões (c), agora transferidos para o reordenamento], mas nas proximidades do reordenamento (Bolubate) aqueles passaram a confundir-se com os do pessoal que trabalha na bolanha.

"(iv) Regressado ao local das viaturas, o Gr Comb pelas 13.30h recebeu ordens para recolher, tendo o pessoal tomado lugar no Unimog e na GMC em que tinha vindo. Esta última [onde vinham as secções, comandadas pelos Fur. Mil. Marques e Henriques] (d) , entretanto, ao fazer inversão de marcha, e tendo saído fora da estrada com o rodado trazeiro, accionaria uma outra mina A/C colocada na berma, a 10 metros da anterior, e que não havia sido detectada pelos picadores.

"Em resultado de terem sido projectados, ficaram gravemente feridos o Fur Mil Marques e os Sold Quecuta, Sherifo, Tenen e Ussumane. Sofreram escoriações e traumatismos de menor grau o Alf. Mil. Rodrigues, o Sold TRMS Pereira e os Sold Cherno e Samba" (...).

(3) Vd. post de 12 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXXIII: Op Borboleta Destemida: uma emboscada de meia-hora (Poindon/Ponta Varela, CCAÇ 12, Janeiro de 1970) (Luís Graça)

(...) "Enveredando por aí, e passados uns 100 metros, os homens da frente (1º Gr Comb da 12), ao entrarem numa clareira, detectaram um grupo IN instalado atrás de baga-bagas e de árvores. Evidenciando grande rapidez de reflexos, o apontador de LGFog 8,9 Braima Jaló foi o primeiro a abrir fogo. No mesmo instante começámos a ser violentamente flagelados com Mort 82, Lança-Rckets e rajadas de metralhadora. Uma granada de morteiro rebentou junto da 2ª secção do do 1º Gr Comb, tendo os estilhaços atingido o Furriel Mil Pina, o 1º Cabo Atirador Valente e os soldados Baiel Buaró e Sajo Baldé " (...).

(4) Vd. post de 24 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1208: Eu ouvi o passarinho, às quatro da madrugada (J.L. Vacas de Carvalho / Fernando Calado)

1 comentário:

Carlos Teixeira disse...

Na fotografia em que esta o Jorge Cabral, conversando com o Ismael Augsto, o outro elemento não identificado, é o Otacilio Luz Henriques, mais conhecido pelo chapas, pois este era o chapeiro na CCS 2852, Um Abtaço Carlos Teixeira da CCS 2852, do Porto