quarta-feira, 25 de julho de 2007

Guiné 63/74 - P1994: Tabanca Grande (29): Gilda Pinho Brandão: uma mulher feliz, que ganha uma nova família e um novo país

1. Mensagem da Gilda Bráz (ou Gilda Pinho Brandão, novo membro da nossa tertúlia) (1):

Boa tarde, Amigo Luís,

Pois é, este fim-de-semana recebi a visita do nosso amigo Pepito, um ser humano extraordinário e um guineense orgulhoso, que fala do seu país e das suas gentes com uma paixão indescritível, por mim ficava o dia todo a ouvi-lo, pena não ter podido ficar mais tempo.

Relativamente aos meus familiares, falou-me no meu primo Carlos Pinho Brandão, que foi colega dele de curso [, de Agronomia,] das circunstâncias da morte do meu pai [, Afonso Pinho Brandão,] que foram um pouco dramáticas, pois segundo o Carlos contou ele era muito querido pela população, era um homem bastante sociável: ao fazer frente a uns balantas que se queriam apropriar da casa dele, acabou por ser morto, pois estava em inferioridade numérica. O Pepito também falou-me acerca dos fulas, etnia da minha família materna. A seguir ao encontro com os meus irmãos, este foi um dos momentos mais marcantes desde que comecei esta busca pelas minhas raízes (1).

Hoje enviei também um e-mail ao nosso amigo Victor Condeço, a falar-lhe acerca deste encontro.
Vocês vão sempre fazer parte daquele grupo restrito a que eu chamo AMIGOS; se houvesse mais pessoas com os mesmos princípios e formas de estar na vida como vós, o mundo seria bem mais “saudável”.

A minha próxima etapa é neste fim-de-semana tentar encontrar-me com o Souleimane Silá (conhecido do Victor) que mora perto de mim.

Como deve calcular, meu bom amigo, todas estas informações estão a ter um impacto superpositivo no meu dia a dia; sou por natureza uma pessoa alegre, mas ultimamente nota-se mais essa boa disposição; os meus colegas pensam que é devido ao facto de ter mudado de casa; é óbvio que também contribui, mas nada se compara à felicidade que sinto quando os meus irmãos me telefonam a perguntar se está tudo bem e se preciso de alguma coisa. É difícil explicar por palavras o meu estado de espírito nesta boa fase da minha vida, só sei que me sinto muito feliz com tudo o que está a acontecer.

Muito obrigada por tudo.

Uma boa semana de trabalho e um abraço com amizade

Gilda

2. Comentário de L.G.:

Gilda: É bom saber que a Gilda voltou a ganhar uma nova família e um novo país. E que o nosso blogue deu um pequeno contributo para isso. Espero que um dia nos possamos encontrar, numa das reuniões da nossa tertúlia. Continue a contar connosco.
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Nota dos editores:

1) Vd. posts anteriores:

4 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1919 - Tabanca Grande (22): Gilda Pinho Brandão, uma nova amiga

10 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1829: Tabanca Grande (9): À Gilda e a todas as vítimas de guerras, discriminação, racismo... (Torcato Mendonça)

6 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1819: De Catió a Lisboa, de menina a Mulher Grande ou uma história triste com final feliz (Gilda Pinho Brandão / Luís Graça)

5 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1817: Catió: Em busca da família Pinho Brandão (Leopoldo Amado / Victor Condeço / Armindo Batata / Gilda Pinho Brandão)

3 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1811: Vim para Portugal aos 7 anos, em 1969, e não tenho uma fotografia de meu pai, A. Pinho Brandão (Gilda Pinho Brandão, 44 anos)

30 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1798: Região de Catió: Descendentes da família Pinho Brandão procuram-se (Gilda Pinho Brandão)

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