terça-feira, 4 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6310: As Nossas Mães (7): Hoje é Dia da Mãe (Felismina Costa)

1. Mensagem da nossa amiga tertuliana Felismina Costa com data de 4 de Maio de 2010:

Boa-noite amigo e Sr. Carlos Vinhal!

Com um pouco de atraso, resolvi enviar um poema alusivo ao dia da mãe, que pretendo seja, uma homenagem às nossas mães, às mães que criaram a nossa geração, e que tanto sofreram.

Não pretendo nada absolutamente com o envio destas palavras.
Sinta-se à vontade para lhe dar o caminho que entender, inclusivamente, iliminá-las.
Contudo, esta é a minha modesta homenagem, às grandes mulheres das décadas de 60/70.





HOJE É DIA DA MÃE

É dia da mãe!
Um dia instituído para homenagear
Todas as Mães!
Quão diversas na sua estatura,
Sentimentos, côr, formação,
desempenho, preferências,
organização, resistência,
ternura, compreensão, etc, etc, etc...
A minha, era pequena, morena,
tranquilizadora, meiga,terna,
inventora, enfermeira, médica,
milagrosa, engenhosa, compreensiva,
poetisa, e o mundo inteiro para ela,
era a casa grande, onde todos tinham entrada,
e os recebia... encantada!
A minha homenagem à sua memória,
passa pela aceitação sem reservas
de tudo em que ela acreditava.
A vida.
A terra.
A natureza, pura e bela.
E todos os seres humanos, que a habitam
E se multiplicam
Cumprindo assim... as leis da vida!...


Pretendo homenagear na minha, todas as mães de Portugal!
Toda a geação, anterior à nossa, que sofreu e aguentou firme,
a dor, a saudade, as dificuldades, o medo, no silêncio recatado,
que não se manifestava, para evitar ao próximo,
a partilha do seu sofrimento sem tamanho:
Sempre as soube assim, calando em si a dor sentida a cada minuto,
e o medo das palavras, que poderiam chegar... escritas!...

Saudações amigas da
Felismina Costa
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6290: As nossas mulheres (14): Às mães que viram os seus filhos irem para a guerra e que não mais voltaram (José Carlos Neves)

7 comentários:

Anónimo disse...

Minha Cara Amiga e Mãe Felismina Costa. Quero em primeiro lugar,agrdecer-lhe imenso em fazer parte da nossa tabanca,em segundo pelo poema que dedicou ás grandes mães/mulheres das décadas de 60/70.
Vou-lhe contar esta pequena história da minha mãe que faleceu em 81.Eu sou gemeo com outro irmão.Quando regressei da Guiné em Novembro de 72,foi uma alegria enorme,só que minha mãe não deu azo a essa alegria e tinha a sua razão.O meu irmão continuava em Moçambique.Passados 8 dias quando visito minha mãe,tal não é o meu espanto,quando minha mãe se abraça a mim,e diz-me a chorar.Gumerzindo tu estás aqui,que se passará com teu irmão? recebemos ontem a notícia de que tinha sido ferido em acidente.Mais palavras para que.naquela altura as dificuldades na obtenção de informação eram muitas.Graças a Deus meu irmão voltou.Estamos vivos.Para minha mãe foram tempos difíceis.Obrigado minha Amiga um abraço que será extensivo ao seu agregado familiar.

Anónimo disse...

Mãe Felismina Costa.
Quero pedir-lhe imensa desculpa,não só a si, como aos caros tertulianos pela minha não identificação no primeiro comentário.Aqui estou para o fazer.
Gumerzindo Caetano da Silva
ex-soldado condutor da 3331 em Cuntima 71/72

Anónimo disse...

Cara Felismina

Nunca é demais louvar e agradecer às nossas queridas Mães, o enlevo, o cuidado, o sacrifício, o sofrimento, a abnegação, o amor que dedicaram aos seus filhos.

Permita-me, que eu comungue e partilhe os seus sentimentos, na ideia sublime de homenagear as Mães, sem que haja necessidade de data específica.

Uma saudação afectuosa

José Corceiro

Anónimo disse...

Cara Amiga Felismina.

É uma merecida e linda homenagem em forma de poema, ás mães abnegadas, sofridas, silenciosas, a quem lhes foi exigido o enorme sacrifício da entrega de seus filhos para uma guerra que as fez derramar muitas lágrimas, e que marcou toda uma geração.

Parabéns!

Com muita estima.

Manuel Marinho

Anónimo disse...

Caro amigo Gumerzindo
Obrigada pela ternura das suas palavras, obrigada pela sua sensibilidade:
Creia que me emocionou a sua história e a dor da sua mãe, que não pode festejar a chegada do filho que chegava da guerra, porque o seu coração estava com o outro gémeo, que noutro ponto de África,lutava ainda, e acabava de ser ferido e ignorava qual era realmente a gravidade dos seus ferimentos. Dois filhos na Guerra, dupla preocupação e dor. Era como se tivesse dois corações sofrendo em uníssono. Mas, como diz, graças a Deus o seu irmão voltou, e estão os dois vivos. Parabéns amigo, Parabéns igualmente ao seu irmão. Tenho pena que a sua mãe já não se encontre entre nós, para receber dos filhos o carinho e a gratidão, que adivinho nas suas palavras.
Um ABRAÇO aos gémeos, que sobreviveram, e que espero sejam felizes por muitos anos. Agora, é contar aos netos a vossa História e esperar que a deles seja diferente.
Sinceramente amiga e agradecida:

Felismina Costa

Anónimo disse...

Amigo José Corceiro

Obrigada por partilhar comigo os sentimentos de agradecimento a todas as mães, e muito em especial, às mães das décadas de 60/70, que, sem direito, a dizer -
NÃO! viram partir os seus filhos, para uma guerra, que nada nos digníficou.
Como diz,não é necessário haver um dia para as homenagear:
Este é apenas o dia instituído!
Eu recordo-as sempre, e a minha, é para mim, presença permanente, e ícone que venero.
Bem-haja!
Um ABRAÇO da amiga:
Felismina Costa

Anónimo disse...

Amigo Manuel Marinho

Obrigada pelas suas palavras de apreço, pelo poema que ofereço, às mães que criaram a nossa geração.
Lembro-me, que a seguir ao 25 de Abril, que pôs termo às guerras, que sabeis, melhor que ninguém, a minha mãe comentava, que todas as mães se deviam unir e fazer uma grande festa. Nessa altura, eu também já era mãe, e senti a profunda alegria de saber terminado, esse flagelo do nosso tempo.
A vós, meus amigos, activos participantes desse acontecimento, os meus respeitos, e a minha admiração.
Desejo a todos uma vida longa e feliz.
Um abraço da amiga
Felismina Costa