terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7400: Efemérides (57): Cerimónia da transição da soberania nacional na Guiné (3) (Magalhães Ribeiro)


1. Dando seguimento à serie iniciada nos postes P7388 e P7393, continua-se a publicação de várias fotos e documentos alusivos à cerimónia da transição da soberania nacional na Guiné, que fazem parte do acervo pessoal do Eduardo José Magalhães Ribeiro, fui Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré/Mansoa/Brá – 1974.
Camaradas,

Como já disse no poste P7388, esta matéria sobre a cerimónia simbólica da transição da soberania nacional na Guiné, para o P.A.I.G.C., devido ao seu peso informático (40 fotografias e 2 documentos históricos) teve que ser dividida em 5 postes, que vou tentando colocar durante esta semana, para que, aquelas pessoas que acompanhem a leitura, não percam a sequência de factos e fotos.
O fim do Império português na GuinéHoje publicam-se mais 10 fotos da referida cerimónia, que aconteceu em 9 de Setembro de 1974 – aquando da entrega do aquartelamento de Mansoa ao P.A.I.G.C.

Já solicitei ao nosso Amigo Nelson Herbert que, face às boas dicas que inseriu nos comentários, me ajude a identificar correctamente as senhoras, os meninos e os meninas das fotos do último poste, para proceder oportunamente às devidas correções.

Registo aqui, desde já, o meu melhor apreço e agradecimento à amabilidade e prontidão com que o Nelson Herbert se prestou a ajudar-me, respondendo de imediato a este meu pedido.

Muitíssimo obrigado.

A bandeira nacional aguardava ondulante e serena o desfilar dos factos

Um dos soldados do BCAÇ 4612/74 observava os últimos minutos em que a bandeira nacional permaneceu no mastro

A chegada ao mastro e a preparação para o derradeiro arriar da bandeira portuguesa no quartel em Mansoa

Aqui já a bandeira descia a meia haste

A recolha da bandeira

A recolha da bandeira fotografada de outro ângulo pelo Alf Mil Oliveira Marques

Foi a vez de um homem do PAIGC iniciar os preparativos para o hastear da primeira bandeira da Guiné-Bissau em Mansoa



O homem do PAIGC estava um pouco nervoso...

Mas finalmente a bandeira estava atada e pronta

A bandeira já a meia haste, fotografada de outro ângulo, pelo Alf Mil Oliveira Marques

Assim nascia uma nova Nação em África - a Guiné-Bissau



A bandeira ondulava ao vento firme e formosa
O mastro desceu aprumada em atitude imperial
À multidão, ali em Mansôa, parecia afirmar:
«Aqui, esteve presente… o esplendor de Portugal!»


NÃO ERA UMA BANDEIRA QUALQUER
A Bandeira ondulava ao vento... firme e formosa,
Naquele alto e velho mastro do quartel... como voa,
O esplendor de Portugal garantia... assaz vaidosa.
Quanta veneração em sua honra... e quanta loa,
Tais façanhas heróicas dali presenciou... orgulhosa!
Bradai - às armas - lusitanos... se o inimigo soa,
Qu’Ela é o símbolo magno de união... gloriosa,
S’ameaça à Pátria algum inimigo... apregoa!
Qu’a garra deste povo... tem engenho e arte talentosa,
P’ra levar de vencida... que seja a besta em pessoa!
Qu’ali num naco d’África cumpriu de forma honrosa,
Dando mostras de valor indómito qu’inda hoje ecoa!
Até q’um dia no país se levantou tropa revoltosa,
Reformando a política do Ultramar... em Lisboa,
E qu’emanou então para Bissau determinação rigorosa;
Que em Portugal, a liberdade, é bombarda qu’atroa,
E independência às colónias concedeu airosa,
Em assinatura... cuja data ainda hoje ressoa;
Nove de setembro de setenta e quatro... luminosa.
Também, nesse dia, a Bandeira foi arriada em Mansoa,
Pondo termo a séculos de História maravilhosa,
Pela derradeira vez... em cerimónia digna da “Coroa”,
Perante multidão exultante... e soldados da Nação briosa.
E, assim, a Guiné... sua sorte... embarcou em nova canoa!

(continua)
Um abraço,
Magalhães Ribeiro
ex-Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74

Documentos e fotos: © Eduardo José Magalhães Ribeiro (2009). Direitos reservados.
__________
Nota de M.R.:
Vd. os dois postes anteriores desta série em:


2 comentários:

Luis Faria disse...

Amigo Magalhaes Ribeiro

Não te sabia detentor deste talento poético.

Ao contrario, sinto o teu amor por esta nossa Pátria que te tortura, mas onde a nossa Bandeira te aviva a Esperança

Um abraço
Luis Faria

Anónimo disse...

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