Título: Os Anos da Guerra Colonial (1961 - 1975) (*)
Autores: Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes
Editora: Quidnovi
Local: Matosinhos
Autores: Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes
Editora: Quidnovi
Local: Matosinhos
Ano: 2010
Formato: Brochado
Nº pp.: 838
Preço de cappa: c. 45€
Preço de cappa: c. 45€
Já conheço o essencial da obra, através dos 16 volumes que foram lançados em 2009 pelo Correio da Manhã, sob a chancela da QuidNovi. Mas sei que o livro, de 838 pp., traz algumas melhorias (e correcções) em relação à edição anterior, distribuída em fascículos. De qualquer modo, ficam aqui os nossos votos de sucesso para mais esta obra monumental de historiografia da guerra colonial que passa a ser de incontornável referência.
O livro conta ainda com a colaboração do historiador catão Joseph Sánchez Cervelló (que conheci em Bissau, por ocasião do Simpósio Internacional de Guiledje, 1-7 de Março de 2008, foto à esquerda, na Amura, com o Matos Gomes; fez o seu doutoramento com uma tese sobre a Revolução Portuguesa e sua Influência na Transição Espanhola, 1961-1976, de que há um livro, em português, editado pela Assírio e Alvim, 1993).A colaboração é ainda extensiva aos portugueses David Martelo, Nuno Santa Clara Gomes, João Moreira Tavares, Sandra Araújo e Dulce Afonso.
Sinopse
Saber o que aconteceu durante os anos de 1961 a 1975, os anos em que a Guerra Colonial esteve no centro da nossa História, das nossas vidas. Saber o que aconteceu em cada um dos locais onde a guerra foi travada, nas “picadas” mais perigosas, nas “matas” do Norte de Angola e de Moçambique, nas “chanas” do Leste, nas “bolanhas” da Guiné, a bordo de navios e lanchas, de aviões e de helicópteros. Saber o que pensaram os homens que decidiram a guerra, que a conduziram, que a fizeram de ambos os lados. Mas pretendemos também Compreender. Compreender por que foi assim que os factos aconteceram, por que foram escolhidas estas soluções e não outras. Compreender as dúvidas dos homens que tiveram de decidir num momento o caminho a seguir e ajudar a perceber as consequências dessas decisões. É, pois, sobre o Saber mais e o Compreender melhor os anos da Guerra Colonial que trata esta obra.
Sobre os autores:
ANICETO AFONSO
(i) Coronel do Exército na situação de Reforma;
(ii) Nasceu em Vinhais em 1942;
(iii) Fez os estudos secundários em Bragança;
(iv) Concluiu o curso de Artilharia da Academia Militar em 1963;
(v) Cumpriu comissões em Angola (1969-71) e em Moçambique (1973-75);
(vi) Fez a licenciatura em História pela Faculdade de Letras de Lisboa em 1980 e o Mestrado em História Contemporânea de Portugal pela mesma Faculdade em 1990;
(vii) Foi professor de História na Academia Militar de 1982 a 1985 e de 1999 a 2005;
(viii) Foi director do Arquivo Histórico Militar (Lisboa) de 1993 a 2007, integrando vários grupos de trabalho e comissões relacionadas com os arquivos militares, a documentação e a História;
(ix) Foi responsável pelo Arquivo da Defesa Nacional de 1996 a 2007;
(x) É membro da Comissão Portuguesa de História Militar e do Comité dos Arquivos da Comissão Internacional de História Militar, desde 1998;
(xi) É investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e autor de várias obras, incluindo O Meu Avô Africano, editado pela Casa das Letras (2009).
CARLOS DE MATOS GOMES [, foto à esquerda, Guiné-Bissau, Bissau, Amura, 7 de Março de 2008. Foto de L.G.]
(ii) Nasceu a 24 de Julho de 1946 em Vila Nova da Barquinha;
(iii) Fez os estudos secundários no Colégio Nun’Álvares, de Tomar e o curso de Cavalaria da Academia Militar;
(iv) Durante a guerra colonial cumpriu três comissões, em Moçambique, Angola e Guiné, nas tropas “Comando”;
(v) Foi ferido e condecorado;
(vi) Foi auditor do Curso de Defesa Nacional, do Instituto de Defesa Nacional;
(vii) Paralelamente à carreira militar desenvolveu desde 1983 uma continuada actividade literária, tendo escrito argumentos, romances e várias obras de cariz histórico; como ficcionista usa o pseudónimo Carlos Vale Ferraz, entre eles o Nó Cego, considerado já um clássico não só da literatura da guerra colonial, como da literatura lusófona.
Fonte: Adapt. parcialmente de Quidnovi
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Lisboa > Centro Comercial Plaza, nas Picoas > Livraria Bertrand > 30 de Novembro de 2010 > 18,30 h > Sessão de lançamento do livro “Os Anos da Guerra Colonial, 1961-75”, da autoria dos nossos camaradas Aniceto Afonso e Carlos Matos, editado pela QuidNovi. Na mesa, da esquerda para a direita: Joaquim Furtado (apresentador da obra), Carlos de Matos Gomes e Aniceto Afonso (autores)
Notas de L.G.:
(**) A QuidNovi, com sede em Matosinhos, é "uma editora especializada na produção de livros e outros conteúdos para venda associada a jornais". Desde a sua fundação, em 1995, a editora tem colaborado regularmente com todos os principais jornais e revistas portugueses.
O sucesso deste projecto levou a empresa A dar um novo passo, criando paralelamente uma "editora tradicional", orientada para o mercado livreiro. A QuidNovi surge assim, em 2005, "com esta nova faceta, marcando presença no mercado editorial português, com um catálogo diversificado, onde se tem destacado sobretudo pela colecção de autores portugueses, com vários títulos premiados e muito elogiados pela crítica".
O sucesso deste projecto levou a empresa A dar um novo passo, criando paralelamente uma "editora tradicional", orientada para o mercado livreiro. A QuidNovi surge assim, em 2005, "com esta nova faceta, marcando presença no mercado editorial português, com um catálogo diversificado, onde se tem destacado sobretudo pela colecção de autores portugueses, com vários títulos premiados e muito elogiados pela crítica".
4 comentários:
Não pudeste estar tu, mas estive eu, que não sendo a mesma coisa, serviu, ainda assim, para falar da Tabanca Grande.
José Brás
Camarigo Zé Brás: Já que botaste palavra sobre a nossa Tabanca Grande, faz o favor de fazer o relim da operação...
Por outro lado, como homem das letras, tens por certo opinião sobre a obra e os autores...
Em Janeiro de 2011, vamos lançar o teu novo livro... E eu quero lá estar...Um Alfa Bravo. Luís
Estarás, nem que tenha de emitir mandato de captura.
E não é para figura de corpo presente mas obrigado pelas circunstâncias e "obrigações" a dar ordens à parada.
E vais ter uma boa tribuna a acompanhar-te.
No que se refere à obra de Matos Gomes e Aniceto Afonso, todos a conhecemos já, o que foi apresentado agora é um grosso volume com todas as partes editadas antes com o Correio da Manhã, revistas, segundo os autores, de acordo com reparos e correcções vindas de várias fontes.
Não tomei a palavra publicamente porque não houve qualquer debate, mas como não foram longas as intervenções do editor, dos autores e do Joaquim Furtado, houve tempo para conversas pessoais com vários dos presentes militares e civis e aí, necessariamente, vir à baila a Tabanca Grande.
Um abraço
José Brás
Um dos erros mais notórios foi o da localização de Cassacá, a povoação onde se realizou o 1º Congresso do PAIGC, em 1964... Os autores, Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, ou melhor, os autores da infogravura que vem no 5º Volume de "Os Anos da Guerra", 2009, distribuído pelo "Correia da Manhã" confundem Cassaca, na Ilha do Como, com a "histórica" Cassaca a sul de Cacine...
Esta localização na Ilha no Como estava errada, como Carlos Matos Gomes, de resto, o reconheceu, de imediato: era impossível, ao então jovem PAIGC, por razões materiais - logística, segurança, comunicações, etc. - reunir os seus dirigentes e quadros no coração do Como, em plena Op Tridente... Seria um suicídio!...
Ainda não vi, no livro, a nova infogravura, espero que tenha sido substituída.
1 de Abril de 2009
Guiné 63/74 - P4122: PAIGC, 1º Congresso, 13-17 Fev 64: Onde fica(va) Cassacá ? Não na Ilha do Como, mas a sul de Cacine (Luís Graça)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2009/04/guine-6374-p41202-paigc-1-congresso-13.html
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