Brasão da AVECO - Associação dos Vtereanos Combatentes do Oeste,com sede na Louirinhã
Notícia do evento na página da AVECO - Associação de Veteranos Combatentes do Oeste.
1. A AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com o NIPC 510 083 617, tem a sua sede na Lourinhã,. na Rua dos Bombeiros Voluntários, Edificio do Centro Coordenador de Transportes, Piso 1, Sala 2.
É uma Instituição Particular de Carácter Cultural e Social. Foi constituida por escritura pública de 16 de Dezembro de 2011. Agrega antigos combatentes (Veteranos) da Guerra Colonial e das Missões de Paz, de todos os Ramos das Forças Armadas; Requereu a inscrição como pessoa colectiva de utilidade pública.
Objetivos a AVECO: (i) O apoio social, médico e jurídico, a defesa de direitos e das justas reivindicações de todos os associados, e a obtenção de assistência específica aos ex-Combatentes e seus familiares portadores de deficiência por perturbação pós-stress traumática de guerra (PTSD); (ii) Promoção de actividades lúdicas e culturais para os seus associados e familiares.
De acordo com os seus estatutos, a AVECO "não tem fins lucrativos e é independente de ideologias políticas, étnicas, religiosas e económicas".
A página da AVECO ainda está em contsrução. De entre os seus links de inteeresse, inclui-se o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, gentileza que agradecemos.
2. Foi nestes termos, que o nosso blogue deu a notícia da inauguração do Monumento, há 8 anos atrás (*)
(..) Em 26 de Junho passado, a Lourinhã, através da autarquia local, prestou a devida homenagem aos seus mortos no Ultramar: vinte ao todo, nove em Angola, seis na Guiné, cinco em Moçambique. Nesse dia foi inaugurado um "monumento aos lourinhanenses mortos na guerra do Ultramar”, obra do arquitecto Augusto Silva e da escultora Andreia Couto.
Fizeram parte da comissão organizadora, entre outros ex-combatentes, os meus amigos e conterrâneos João Delgado, Jaime Bonifácio [Marques da Silva] e José Picão de Oliveira: este último, foi furriel miliciano na zona leste da Guiné, mesmo na ponta nordeste, em Canquelifá, tendo regressado já em Setembro de 1974, enquanto o Jaime foi alferes milicano paraquedista em Angola, sensivelmente na mesma época em que eu fui mobilizado para a Guiné (1969/71).
Vinte mortos (seis dos quais na Guiné, entre 1965 e 1973) foi o contributo da minha terra, o imposto de sangue que os lourinhanenses pagaram na defesa dum império e de um regime em agonia. Registo aqui, porque muito apropriadas, as palavras do presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, José Manuel Custódio, na homenagem aos nossos mortos: "Pior do que uma guerra é fazer de conta que ela nunca existiu, e a guerra de África existiu".
Não estive na cerimónia nem tive conhecimento conhecimento antecipado dela. Sou um lourinhanense da diáspora. Mas leio no jornal da terra, o mesmo de há quarenta anos, o Alvorada, a notícia a dizer que "numa cerimónia simples, a altura da chamada dos mortos em combate foi a mais sentida por todos os presentes" e que as honras militares foram feitas por um pelotão da Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra, e a sua fanfarra. A mesma unidade que quarenta anos antes tinha prestado as honras fúnebres ao meu primo Nogueira, se a memória não me atraiçoa.
Registo ainda a presença do (i) Tenente General Jorge Silvério, um homem do MFA, natural de Ribamar onde tenho inúmeros parentes, do lado da minha visavó paterna (a família Maçarico); do (ii) Patuleia, o meu amigo Patuleia, natural do concelho vizinho do Bombarral, o Manuel Patuleia Mendes, presidente da Associação Portuguesa dos Deficientes das Forças Armadas, ele próprio talvez o mais dramático exemplo do horror, estampado no rosto, do que foi esta guerra para os jovens da nossa geração; e, por fim, do (iii) António Basto, Presidente da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra. (...)
O nosso blogue, na pessoa do seu fundador, foi convidado para estar presente nesta singela cerimónia, que é também uma homenagem a todos os combatentes da guerra colonial.(**)
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(*) Vd. I Série, poste de 24 de julho de 2005 > Guiné 63/74 - CXXV: Homenagem aos mortos da minha terra (Lourinhã, 2005)
2 comentários:
Olá Companheiros.
Força, vão em frente, festejem, continuem com esse orgulho são e verdadeiro de pessoas com carácter e mostrem às gerações vindouras, que foram "heróis do vosso tempo", e que nos melhores anos da vossa vida, vos "arrancaram" das vossas aldeias e vilas, foram no porão de um barco de carga, combater numa guerra a milhares de quilómetros, numa África desconhecida.
Bem hajam, companheiros.
Tony Borie.
Está na nossa natureza humana e lusa,descriminarmo-nos mutuamente.
Os do norte chamam mouros aos do sul, dizem que os do norte são galegos.
Já o Camões pôs os velhos-do-restelo sentados nas praias da linha a criticar quem zarpava vindo de outras linhas sem praia.
Mesmo quem ia de assalto (a salto?) para a França e regressava de citroene era criticado de vaidoso pelos amigos que continuavam de carroça.
Ou seja, uns no cravo, outros na ferradura, talvez seja o segredo da nossa sobrevivência nacional.
Antº Rosinha (fascista, colonialista, retornado, emigrante e reformado)
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