domingo, 9 de fevereiro de 2014

Guiiné 63/74 - P12699: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (16): Não gostaria de regressar ao passado e muito menos em Tavira (Manuel Luís Lomba, ex-fur mil, CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66)


Foto nº 1252

Foto nº 1246

Foto nº 1293


Foto nº 1267



Foto nº 1284



Foto nº 1280

Tavira, 1 de fevereiro de 2014 > Tavira: o rio Gilão, a ponte romana, o CAT - Centro Auditivo de Tavaira (fotos nºs 1280 e 1284; à esquerda, o edifício da Câmara Municipal de Tavaira

Fotos (e legendas) : © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados


1. Mensagem de 7 do corrente, do nosso camarada  Manuel Luís Lomba (ex-fur mil, CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66; auitor do livro "Guerra da Guiné_ A batalha de Cufar Nalu". Faria, Barcelos, Terras de Faria, Lda: 2012, 314 pp.) [Capa, imagem à esquerda]


Olá, Carlos Vinhal e um grande abraço, extensivo a toda a comunidade tabanqueira!

Manuel Luís Lomba


2. Memórias do quartel de Tavira

por Manuel Lu+is Lomba [, foto atual à direita]


Vou aproveitar a boleia da narrativa ilustrada do nosso patriarca Luís Graça para revisitar o quartel da Atalaia de Tavira, que o marquês de Pombal mandara construir, que nos serviu de CISMI e nos servirá de antecâmara à nossa Guerra da Guiné.

Entrei como recruta para essa ”escola do crime” de Tavira, parafraseando o Manuel Alegre, não como poeta mas como radialista da propaganda antiportuguesa em Argel, em Agosto de 1963, e saí cabo-miliciano atirador pouco antes do Natal, sem nunca haver abraçado uma G3 (abraçá-la-ei pela primeira vez a treinar desembarques, no ilhéu do Rei, defronte a Bissau) e após termos aguentado uma semana de campo, em exercícios de patrulhamentos, escoltas, vanguardas, guardas de flanco, cercos e assaltos, por montes lá para as bandas de S. Brás de Alportel, sob chuva torrencial dia e noite, estoicamente, durante a qual os corpos não gozaram de linha enxuta, nunca nos deitamos a dormir, sem rações de combate, as cozinhas rodadas sem funcionar e o estado de fome agravado pela deserção dos vendedores ambulantes.

A sua última jornada constava da passagem pela carreira de tiro, na estrada Tavira-Olhão, para exercícios de fogo de bazuca e morteiro de 60. O rancho era cozinhado durante as deslocações, o grão-de-bico começara a ser servido cru pela enésima vez, não obstante a proximidade do quartel e da disponibilidade da sua cozinha e foi então que alguns corajosos - que pena não me lembrar dos nomes - despejavam as marmitas nos caldeirões logo que servidos e nem foi obedecida a tão sacramental ordem de “sentido!” vociferada pelo oficial de dia - o truculento alferes Matos, que verá o braço preso e rodeado de indignados, dispostos a tudo, por ele ousar levantar o punho para o que lhe estava mais próximo. Os seus alferes usaram de argumentos apaziguadores e a tensão distendeu-se. Uma das maiores cenas de virilidade e valentia, das ocorridas na minha vida militar...

Mas a indignação, não. Ao lado da carreira de tiro havia uma cerâmica tijoleira, a miséria da vida patente nas suas jornaleiras, a trabalhar descalças, vestidas de trapos de chita cobertos de lama vermelha, que coexistia com a bonita moradia do seu dono, a campear sobre um extenso laranjal. Encharcados até à medula dos ossos, cheios de fome e a tremelicar de frio, algum apontador terá tremelicado mais que de frio e um ou dois disparos pareceram ter a chaminé da fábrica como alvo (falhado), enquanto a malta que podia se “desenfiava” a “desalaranjar” as árvores tão cuidadas e de tão preciosos frutos, pela comiseração tácita daquelas pobres que o patrão destacara para nos vigiar... Os pobres sem pobres são pobrezinhos - sentença de um Guerra Junqueiro. O capitão Salgadinho São Brás era o diretor da instrução, entendeu dar por terminadas essas marchas finais e mandou vir camiões Morris, do quartel, para carregar os mais debilitados. Aquela saga acabou no refeitório, com uma cadeirada de lulas, bem quente e bem apurada, meio casqueiro e um caneco de vinho per capita.

As participações foram retiradas e sem lugar a “porradas”, por recomendação do comandante major Cardeira da Silva.

Em Janeiro de 64 apresentei-me no RI 13, em Vila Real, começamos a andar pelo Marão a afrontar e o gelo, no entanto reconfortados pela aguardente que aquela gente fazia questão que aceitássemos e, em Maio, apresentei-me em Cavalaria 7, onde a fome se apresentou mais refinada e onde formamos o BCav 705 com destino à Guiné, para onde embarcamos em Agosto e donde regressamos, em Maio de 1966.

Fui um dos 1200 soldados-instruendos que foram encurralados no CISMI de Tavira e muitos viremos a ser estivados no cargueiro Benguela, tal e qual o gado, com destino à Guiné. Os tetos falsos das suas casernas (o 1º andar será acrescentado mais tarde) eram formatados pelo colmo das canas próprias para foguetes, bons como refúgio dos percevejos, que nos aterravam nas fuças, por gravidade. A abundância de pasto era tal que até esses hemípteros algarvios não se davam ao esforço de abrir as asas.

A ausência de instalações sanitárias seria a mais grave deficiência do CISMI: a previsão de nos esticar à fome talvez valesse de razão suficiente para haver apenas 6 sanitas “turcas” de grés, ao lado do “parque-auto” - com o rácio de uma para cada 200! Durante a noite, a parada era continuamente povoada de fantasmas em trajos menores, em demanda das sanitas. E entre a malta circulava a palavra de ordem “cagar para a tropa”, como forma de luta contra aquela indecência. Havia ativistas a sacrificar o seu tempo de rua para a cumprir. O amontoado daquela “matéria” só não chegava a passar da sua porta de acesso geral, porque os faxinas tinham a preocupação de não a deixar transbordar para a parada.

Após toque de alvorada do dia em que o tenente-coronel comandante (indígena tavirense) era rendido pelo major Cardeira da Silva, um ex-prisioneiro da Índia, foi dado o alerta de “cagalhões” a nadar nos lavatórios coletivos à entrada do refeitório e no da caserna contígua, creio que era da 2ª Companhia. O que boiava no lavatório desta apresentava tais dimensões que se gerara um movimento de turismo interno para a sua contemplação. Era um dia de festa castrense, a malta sem fazer a higiene pessoal, sem aceder ao refeitório e a unidade em alvoroço, próximo da prevenção. A primeira inspeção feita por quele pequeno major, que se revelará grande homem e grande militar foi a esses locais, mandando logo desonerar os soldados-instruendos do evento. A partir daquele dia a vida do quartel entrou em melhorias. A creolina recendia por todo o lado e as obras da requalificação e ampliação sanitária arrancaram. Relatório de baixas: o sargento do rancho, o sargento da limpeza - e os percevejos!

Aquela companhia era a melhor em futebol, em cujas pelejas pontificavam, entre outros, o Crispim, da Académica e o Lourenço, um terrível forcado. Começamos a gozá-los como a “companhia do cagalhão”. A sua malta assumiu o epíteto, apurara-se para a final, que decorreu no campo da Atalaia, com outra unidade daquela da Região militar, no galhardete entregue ao capitão da equipa adversária figurava um grande “cagalhão”, o qual não reparou e mandou entregar de lembrança ao brigadeiro segundo-comandante...

Naquele meu tempo, a generalidade dos oficiais e dos furriéis do CISMI revelavam-se gente decente, militares exigentes mas dignos. Lembro-me dos tenentes Dias Pinto, Branco, Cerro e Bernardo, comandantes das companhias; lembro-me do alentejano alferes [José Jerónimo da Silva] Cravidão, que virá a morrer em combate na Guiné [, com o posto de capitão,] e dos alferes Mota Freitas, Portugal e sobretudo do Simões, comandante do meu pelotão, uma alma excecional como homem e como militar. Lembro-me do moçambicano Jorge Tembe, um furriel “charrua”, que será o ministro da Agricultura do primeiro governo da Frelimo.

E não poderia esquecer o alferes Cadete, o Patilhas, o mais militarista e o mais fundamentalista, com a sua sádica tendência em dar a ginástica de aplicação militar nas salinas. Casado de fresco com uma beldade tavirense, quando o casal se cruzava connosco, ele reagia alto e bom som aos nossos olhares cobiçadores a proferir expressões, impróprias de serem reproduzidas neste blogue de gente grisalha...Aqueles oficiais terão visibilidade no contexto do 25 de Abril, com patentes mais elevadas.

Estive uma semana hospedado no convento da Graça, que não era hotel, mas anexo e enfermaria do CISMI, por ter desconchavado uma mão, num salto ao plinto. A pista de obstáculos funcionava no seu logradouro. Na prova final para a classificação física tinta de saltar a paliçada com um saco de areia que pesaria quase tanto eu. O Guima, camarada da Foz do Douro, agachou-se junto a ela e alavancou-me de tal maneira que, em vez de saltar com o saco de inertes a cavalear-me, voei sobre a paliçada e espalhei-me a cavalear o saco. Salvé, meu inesquecível Guimarães!

Não vou omitir a referência ao 500, cão-mascote de quartel, invocado em todas as conversas de caserna, pela sua orientação sexual da preferência pelo mesmo sexo e tão sorna, que ladrava deitado!

Da cidade de Tavira não guardei boas recordações, ressalvando da praia da ilha e das grandes travessas de conquilhas, que custavam 2$50, não obstante um dinheirinho para os nossos rendimentos. No final do primeiro mês no CISMI, a mourejar que nem condenado, o Exército patrão nem um centavo nos abonou e ainda nos obrigou a pagar-lhe 2$50 e ao segundo mês 1$00. O nosso pré de 30$00/mês ia parar todinho ao bolso de alguém, acrescido desse reforço. O major Cardeira da Silva salvou-nos dessa ladroeira e salvou a honra da unidade.

Fui particularmente sensível ao facto de sermos descriminados nos cafés, que se pagavam por um copo de água da torneira. E as queixas chegadas ao quartel quando nas esforçadas patrulhas de instrução recorríamos a algum poço para matar a sede ou encher os cantis, magoavam ainda mais.

Não gostaria de regressar ao passado e muito menos em Tavira.

10 comentários:

Anónimo disse...

Da página do Carlos Silva, nosso camarada e amigo, que também passou pelo CISMI:

Excerto (reproduzido com a devida vénia)... LG


Guerra na Guiné 63/74

http://www.carlosilva-guine.com/jupgrade/index.php/carlos-silva/carlos-silva-diario-de-guerra/1o-capitulo-1969?showall=1&limitstart=

________________

10-04-1969 – Quinta-feira - Apresentação no CISMI

Findo o 1º ciclo do curso [, no RI 5, Caldas da Rainha,], depois de uns curtos dias de licença que passei em Gondomar, apresentei-me neste dia no CISMI em Tavira, para frequentar a 2ª fase do CSM, ou seja, para tirar a "especialidade de armas pesadas" que me coube na rifa não sei a que título, pois desconheço os critérios de escolha, exceptuando os casos das "cunhas", na medida em que, eu não tinha escolhido tal especialidade, pois o que eu escolhi foram duas especialidades na área de transmissões e outra na área da manutenção e administração, optando pelas primeiras em função do conselho de um amigo o Silvério Moura, "Béro Rato" que ao tempo era furriel miliciano da respectiva área no Regimento de Transmissões sediado em Sapadores em Lisboa e pela última especialidade porque eu tinha o curso comercial.
Viajei de comboio para Tavira. Saí de manhã da minha terra, Gondomar, para viajar pela primeira vez para o Algarve e para aquela cidade onde cheguei somente à noite.

Naquela cidade, à saída da Estação dos Caminhos de Ferro – CP, lá estavam os camiões militares para nos transportarem para o Quartel, o qual não fica muito distante daquele local.

O Quartel ficava quase no termo Oeste da cidade, para os lados da Atalaia. [Hoje está no centro da cidade, na medida em que, a construção urbana estendeu-se pelo largo da Atalaia até às salinas e por toda a sua zona periférica.]

(...) As instalações eram insuficientes para receber todos os militares e por isso, a muitos deles foi-lhes dada a possibilidade de pernoitar fora do Quartel em casas particulares, o que não aconteceu comigo, porquanto, eu não tinha possibilidades de pagar um quarto e por esse motivo, fiquei instalado na caserna da 2ª Companhia à qual fiquei a pertencer.
Apesar do Quartel ter uma pequena parada para instrução, a maioria dos militares instruendos, faziam a aplicação militar no Largo da Atalaia, no qual existiam ali implantados alguns obstáculos.
Os "crosses" corridas em marcha, faziam-se desde a saída do Quartel, atravessando a cidade até aos arredores da mesma, quer para os lados de Sta. Luzia, quer para os lados da margem do Rio Gilão e vice-versa.

(...)30-04-1969 Quarta-feira - Dia de "Pré"

O Instruendo Carlos Silva recebeu a módica quantia de 23$50

2-05-1969 – Sexta-feira – Instruendo dia à Companhia

Escalado para o serviço de instruendo do dia à Companhia, coadjuvava o Sargento de dia, nas tarefas de acompanhamento do pequeno-almoço, almoço e jantar. No içar e arrear da bandeira, bem como, tomava-se conta de qualquer ocorrência.

16-05-1969 - Passagem do fim-de-semana na terra - Gondomar

Durante a minha permanência em Tavira apenas passei um fim-de-semana em Gondomar, na medida em que, a distância desta cidade até ao Porto são cerca de 600 Kms.
A viagem de camioneta durava cerca de 12 ou 14 horas e era muito cansativa, porquanto, tinha-se de atravessar a Serra do Caldeirão e viajávamos durante toda a noite de sexta para sábado desde aquela cidade até ao Porto. (...)

Luís Graça disse...

Segundo o Carlos Silva (que também tirou a mesma especialidade que eu, embora ele fosse do 2º turno e eu do 3º), o pré de um instruendo era então de 23$50, no CISMI, o que não chegava para comer, durante o mês, dez travessas de conquilhjas (que estão hoje a 8 euros o quilo em Olhão, comopradas vivas, nas lojas dos mariscadores), no pressuposto que continuavam a custar 2$50 (que era o preçºo que o Manuel Lomba pagava em princípios de 1964)...

O 1º cabo miliciano ganhava então 90#00 (em 1964 e em 1969)... É sempre bom termos um termo de comparação.

Obrigado ao Manuel Lomba pelas suas vivíssimas e detalhadas memórias de Tavira e do CISMI... E igualmente obrigado ao Carlos Silva... (Recomendo que lá ler o resto à excelente página dele).

Luís Graça disse...

Não deixa de ser interessante saber qual era o vencimento (mensal) dos furriéis e dos alferes do exército no princípio da década de 1960 (ainda antes do início da guerra colonial):

Vd. tabela anexa ao Decreto Lei nº 43 267, de 24 dce outubro de 1960

http://www.dre.pt/pdf1s/1960/10/24700/23072318.pdf

Vencimento base (o da metrópole em todas as províncias)

Furriel: 1500$00
Alferes: 2600$00/2800$00

No ultramar, havia um vencimento complementar, variável conforme a província... Na Guiné, por exemplo, era, o seguinte

Furriel: 1800$00
Alferes: 1800$00 / 1750$00

Já quanto aos vencimentos (diários) das praças do exército, na metrópole, andavam grosso modo entre os 3#00 (1º cabo) e os #50 (recruta)... Mas a tabela era muito detalhada, devido à existência de quadros de 1ª, 2ª e 3ª classe, e ainda devido aos diferentes postos e períodos de readmissão... Um 1º cabo RDM podia ganhar 30#00 diários na metrópole e mais 26$000 diários na Guiné (vencimento complementar)...

Mário Fitas disse...

Caro Manuel Lomba, estivemos juntos em Tavira, só que eu era da companhia do tenente Cerro, e, do pelotão do hoje coronel Cadete (patilhas).

De Tavira e CISMI, tenho algumas (estórias) no meu primeiro livro "Putos Gandulos e Guerra" que talvez um dia aqui apareça.
Com o alferes Manuel Bernardo hoje coronel, tenho tido alguns contactos.
Um abraço do tamanho do nosso Cumbijã).

Mário Fitas

Luís Graça disse...

Obrigado ao Manuel Lomba por me fazer recordar que no antigo convento da Graça funcionava a enfermaria do CISMI e que no seu logradouro funcionava a pista de obstáculos... Seguramente que lá passei também!

E eu a jurar que nunca lá tinha entrado!... Não se pode confiar na memória...

Anónimo disse...

Caros "taviranos":
Não posso falar de experiência feita uma vez que não passei por aquelas bandas mas ou me engano muito ou o meu irmão Manuel Carvalho há de vir aqui dar a sua versão de Tavira que não será muito diferente das já narradas.
Só quero prender a atenção daqueles que, algumas vezes,parecem desmemoriados desses tempos...tempos de abusos, dentro e fora dos quarteis, com os seres humanos tratados abaixo de cão, por "bestas" catequisadas pelo regime ou ultrapassando mesmo a doutrina. É que havia gente, mesmo nesse tempo, que tinha dignidade. Fico por aqui... para não me espalhar.

Um abração

Carvalho de Mampatá

Anónimo disse...

Agradeço os elogios colectivos do Manuel Lomba aos quatro comandantes de companhia. O Dias Pinto, que desde os anos 60 sempre residiu em Tavira, já faleceu há alguns anos. Quanto aos outros três todos algarvios e ex-alunos do Liceu de Faro (Jorge Serro, Carlos Branco e eu, Manuel Bernardo)chegámos ao posto de coronel, sendo majores por altura do 25 de Abril. Frequentámos a Academia Militar em 1956/59 e fomos promovidos a alferes em 1960 e mobilizados para o Ultramar em 1961. Depois, entre as quatro comissões por imposição ao longo de toda a guerra, fomos "parar" a Tavira. Foi o que aconteceu em 1963-64, aquando da passagem por lá do Manuel Lomba e do Mário Fitas. Lamento que o Carvalho de "Mampatá" faça estas afirmações, sem ter por lá passado. Como diz o Manuel Pina: éramos "decentes e exigentes (a preparar homens para combater em África), mas dignos". Um abraço para todos e para o Luís Graça, fundador e grande animador deste site. Manuel Bernardo

Anónimo disse...

Agradeço os elogios colectivos do Manuel Lomba aos quatro comandantes de companhia. O Dias Pinto, que desde os anos 60 sempre residiu em Tavira, já faleceu há alguns anos. Quanto aos outros três todos algarvios e ex-alunos do Liceu de Faro (Jorge Serro, Carlos Branco e eu, Manuel Bernardo)chegámos ao posto de coronel, sendo majores por altura do 25 de Abril. Frequentámos a Academia Militar em 1956/59 e fomos promovidos a alferes em 1960 e mobilizados para o Ultramar em 1961. Depois, entre as quatro comissões por imposição ao longo de toda a guerra, fomos "parar" a Tavira. Foi o que aconteceu em 1963-64, aquando da passagem por lá do Manuel Lomba e do Mário Fitas. Lamento que o Carvalho de "Mampatá" faça estas afirmações, sem ter por lá passado. Como diz o Manuel Pina: éramos "decentes e exigentes (a preparar homens para combater em África), mas dignos". Um abraço para todos e para o Luís Graça, fundador e grande animador deste site. Manuel Bernardo

Hélder Valério disse...

Como não frequentei Tavira só posso assentar num ou noutro pormenor por "ter ouvido falar" e assim não faço 'juízos de valor'.

Seja como for, ou talvez por isso, Tavira é uma das localidades do país onde gosto de estar, onde me sinto bem e onde faço uma visita quase sempre que estou no Algarve.

Ah, e a praia da Ilha de Tavira é para mim uma das melhores.
Hélder S.

Anónimo disse...

Caro Camarada Manuel Bernardo:

O meu comentário é relativo ao post. subscrito pelo Manuel Lomba. Este camarada fala do quartel de Tavira e de uma fábrica de tijolos e tece considerações sobre as instalações do quartel, sobre o comportamento de (alguns) oficiais e sobre as relações laborais das operárias dessa fábrica. Tenho o direito de pensar que o camarada Manuel Lomba não é mentiroso. Ora o meus comentário assenta naquilo que
ele descreve.
O Manuel Lomba também elogia alguns oficiais pelo seu digno comportamento. Estes não têm que sentir melindre.
Um abração
Carvalho de Mampatá