domingo, 23 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12887: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (17): O Asdrúbal do Cu da Serra e os seus amores tardios

1. Em mensagem do dia 17 de Março de 2014, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), reaparece com mais uma das suas ficções, quem sabe, baseadas em factos reais, para a sua série Ouras memórias da minha guerra:


Outras memórias da minha guerra

17 - O Asdrúbal do Cu da Serra e os seus amores tardios

Na tropa dizia que era do Porto. E como o apanharam em falso, garantia que era de Ermesinde. Porém, quando um “conterrâneo” lhe perguntou de que lugar ou rua, ele começou a gaguejar e jamais alguém acreditou na sua aludida naturalidade. Por isso, por sugestão do Massarelos, ficou baptizado como o Asdrúbal do Cu da Serra. Efectivamente, ele esteve em Ermesinde, no Seminário, uns quatro ou cinco anos, de onde saiu, por “aconselhamento” do guia espiritual, que não via nele a vocação que tanto prometera. A sua franqueza no confessionário terá causado a decisão do padre superior...

Serra de Valongo

Cada vez que o Asdrúbal ia a casa regressava com o saco cheio de pecados contra a castidade e causados por... maus pensamentos. Na origem estava uma bela rapariga, vizinha, que expunha facilmente as suas apetitosas carnes e os seus contagiantes calores. Tinham brincado juntos em crianças, mas, ela, mais velha uns dois anitos, desenvolveu-se rapidamente quer fisicamente quer em experiências amorosas. Aliás, com esses predicados mor(t)ais e liberta muito cedo dos estudos e de quaisquer compromissos, a “Toura”, como viria a ser conhecida, não demorou muito a iniciar uma grande carreira no negócio das carnes. Desadaptado do seu ambiente juvenil, decepcionado e desgostoso com esta paixoneta, o Asdrúbal ansiava a chegada dos 18 anos para incorporar, voluntariamente, uma unidade militar. Esteve na guerra no norte de Angola.

- Ora viva! Já lá vão uns anitos que não nos encontrávamos – disse o Alfredo, à saída do IPO do Porto.
- Sim, desde o funeral do nosso camarada de armas, o saudoso Zé Nogueira – respondeu o Asdrúbal, que acrescentou: - Que andas por aqui a fazer?
- Tive um cancro na bexiga e, como consegui curar-me, resolvi dedicar-me voluntariamente no apoio aos doentes deste hospital. - Respondeu o Alfredo, que continuou: - Enviuvei aqui, onde a minha mulher faleceu com 52 anos. Além dos conhecimentos que eu tinha na área da bioquímica, procurei e pesquisei tudo o que pude para resolver o meu problema e agora sinto-me na obrigação de transmitir o que sei e, ao mesmo tempo, pagar esta promessa até ao fim dos meus dias.
- Tiveste sorte, dá graças a Deus. Pois eu ando para aqui a correr, para fazer companhia à minha mulher que conseguiu juntar três cancros. Durmo cá todas as noites. Vou agora para casa fazer umas coisas e descansar um bocado. A minha filha foi lá para Lisboa, apaixonou-se por um mouro e quase não quer saber de nós. Isto não é vida, mas que hei-de fazer? – Observou o Asdrúbal.


O tempo ia correndo e nada se alterava. Apenas a colaboração do Alfredo se foi salientando, quer no apoio à doente, quer na moralização do camarada Asdrúbal.

Entretanto, o Alfredo foi falando da sua intensa actividade solidária, também através de um grupo de ex-combatentes. O Asdrúbal sentiu-se atraído por esse grupo bastante activo nas redes sociais, especialmente através do Facebook. Pouco depois já vinha matando o tempo nesse e noutros grupos similares que proliferam pela internete.

Grande parte dos facebookianos mostram, apenas, as fotos que mais os favorecem, o que é natural. Porém, entre os ex-combatentes (já sexagenários), abundam as fotos do tempo em que serviam a Pátria, nos seus quadros de guerra. Ora esses mocetões de peitos salientes e peludos, mesmo fardados, são uma atracção para as mulheres mais maduras. Viúvas, divorciadas, solteironas e mal-casadas aparecem a colar e a mostrar também as suas imagens mais favorecidas. Talvez seja por isso que existem tantos relacionamentos amistosos, mesmo que a maior parte das vezes, se considerem, essencialmente, virtuais. Desta forma, o amor paira no ar através do monitor do computador, quer no relacionamento via teclado, quer no contacto falado e visual através do Skype. E, daqui a umas sessões privadas de striptease (via monitor), é um pequeno passo.

É neste contexto social que vêm aparecendo casos e mais casos de uniões matrimoniais e de facto, merecedoras das mais belas páginas de amor.

O Asdrúbal foi sempre um homem avantajado. Já desde o tempo em que saiu do seminário ostenta um corpanzil de mais de 1,80m. Outrora bastante magricela, mas, agora, revestido com mais de 100Kgs. Visto de frente, sem que a sua exuberante barriga seja perceptível e vestido de tropa especial, carregado de insígnias e outros adornos militares, ele parece um General dos Marine dos USA. Por outro lado, o seu aspecto triste que, para nós, não é nada agradável, talvez esteja na origem de uma melosa paixão vinda do outro lado do Atlântico. Ela, a Donaida (Naidinha), uma brasa carioca de 42 anos, logo que soube da viuvez do Asdrúbal, arriscou tudo para vir consumar essa grande paixão.
Entusiasmado e crente, o Asdrúbal nem parecia o mesmo. Os últimos três anos de sofrimento junto da mulher hospitalizada e condenada, acentuaram o seu aspecto melancólico. Todavia, em pouco tempo, revitalizou-se milagrosamente.

Num dos convívios de ex-combatentes, o Asdrúbal falou-nos da sua felicidade e da sua determinação em mandar vir a sua Naidinha. O Silva, sempre na borga, pôs-lhe a mão nos cantos da testa, esfregou e perguntou:
- Ó morcão, tu queres mesmo ser corno, aos 70 anos? Vê lá no que te vais meter.
- Lá estás tu com as tuas brincadeiras. Olha que isto é mesmo sério – respondeu o Asdrúbal, perante a gargalhada geral.

De seguida, querendo justificar-se, acrescentou:
- A minha reforma é baixa. Não tenho nada a perder. Ela é muito independente. É especialista em massagens e depilações. Até tem uma sociedade com uma amiga. É muito conhecida na sua cidade, onde foi candidata a Deputada pelo partido do Piririca.

Então o Silva colocou-se a seu lado e pediu ao Maia que lhes tirasse uma foto “antes de…”.

O certo é que uns dias depois, o Asdrúbal confidenciava com o Alfredo:
- A Naidinha vem brevemente e eu ando preocupado porque já não desenferrujo o prego há mais de 3 anos. Nem sei se terei tesão para ela.

O Alfredo animou-o e disse:
- Como ela é boa e bastante experiente, não vais ter dificuldade nessa matéria. E continuou: - Olha, eu é que estive bastante mal nesse aspecto. Parei de f...r e como fiz medicação muito forte contra o cancro da bexiga, tive dificuldades em recuperar. Até a p… encolheu. O que me valeu foi um tratamento especial, feito na Clínica, onde duas enfermeiras me esticavam o material por processo mecânico e por massagens locais. Chegou uma altura em que a p… crescia só a pensar nessas massagens. Quando chegava à Clinica já ia armado. Elas aconselharam-me a iniciar os treinos junto de uma amiga. Hoje ainda tenho essa relação que me recuperou imenso.
- Oh lá, lá! Voici le padrecô da Fonte Velha! – observou uma senhora, dentro do Supermercado, apontando para o Asdrúbal.

Bastante surpreendido, até corou com as palavras da sua Belinha, outrora conhecida pela Toura da Ponte Nova. Como ficou embasbacado com a investida, ela acrescentou, num esforçado português destreinado e meio afrancesado:
- Talvez tu já ne me conais pas. Eu estou en France depois longos tempos. Casei e maintenant sou viúva mais de trois ans. Há muito tempo eu gostar de falar com o Asdrúbal. Lembrar tempo crianças. Sempre lembro tu a regarder moi, espreitar-me no campo. Eu rapidement dire que tu padre jamais.
- Belos tempos. Era novito e nem sabia o que fazer. Hoje reconheço que fui um morcom. Quando vou lá à aldeia recordo sempre a nossa meninice.
Agora mais à vontade, acrescentou:
- Vim às compras porque vivo sozinho. Também fiquei viúvo há cerca de meio ano. A minha mulher era muito doente. A vida não foi nada fácil.

À saída, a Senhora Isabel ofereceu-se para o levar na sua potente viatura BMW, ao que o Asdrúbal não se escusou. Durante esta curta viagem em que lhe correu um grande filme, ainda teve tempo para analisar as potencialidades da Toura colaborar num treino sexual, caso lhe sentisse alguma abertura. Mandou parar o carro e disse:
- É aqui que eu vivo. Hoje já não saio. Vou fazer umas coisitas e mais tarde vou fritar os jaquinzinhos. Vai ser uma barrigada.
-Moi ne sais pas que fazer. Mais o que gostava même era de manger jaquinzinhos. Tu donne-moi alguns? – Perguntou a Belinha. - Se quiseres, até os podes vir cá comer. – convidou o Asdrúbal.

Mal a Belinha seguiu, o Asdrúbal preocupou-se em ir procurar comprimidos azuis (ou brancos) para não ficar mal nos possíveis e desejados treinos.
A Belinha já acusa o peso dos seus 72 anos e o cansaço de quem sofreu muito na estrada da vida. Porém, a forma como se prepara, salientando as partes que julga serem-lhe mais favoráveis: olhos escuros, lábios carnudos, peitos salientes, traseiro arredondado e pernas torneadas, fazem dela um petisco ainda “comestível”.

Enquanto ultimavam a mesa com alguns aperitivos e os respectivos jaquinzinhos, eles iam falando das suas vidas, com especial destaque, no facto do falecido Pierre ter deixado bem a Madame Izabel Duval. Dizia ela:
- O Pierre era um cavalheiro. Toujours il me amou e respeitou. Tinha 82 anos quando morreu souvent. Senti beaucoup a sua falta. Foi para mim um pai e um marido sérieux. Il m’a fait sentir uma madame “à maneira”. Se hoje sou uma senhora, devo-o a ele. De resto, les autres hommes que j’ai connu seullement queriam este meu corpinho que Deus me deu e plus rien.
- Eu compreendo-te perfeitamente, dizia o Asdrúbal, que concluiu: - Não é para admirar, porque mandaste sempre um cabedal de primeira.

Conversados, bem comidos e bebidos, a Belinha pediu para ficar a ver a telenovela portuguesa que, na sua opinião:
- Aquilo é só putedo e paneleiragem. Copiaram dos brasileiros. Mas eu até acho engraçado ces histoires.

Logo que o Asdrúbal se apercebeu de que a Belinha estaria disposta a outro tipo de peixe, foi tomar meio comprimido de viagra. Quando acabou a telenovela, já estavam encostados um ao outro, sentados no sofá. Ele como não sentia o efeito do viagra, levantou-se e foi tomar um comprimido inteiro. Não queria perder esta oportunidade. Quando regressou, ela, abanando com as mãos a blusa desabotoada, atirou-lhe:
- Ui, que chaleur! Não sei se foi do vinho. Agora que te vejo a olhar para moi, fazes-me lembrar a cara de esfomeado, quando ias para o quintal caçar grilos.
- Podia não caçar muitos grilos mas não era por falta de gaiolas – respondeu-lhe.

De repente criou-se uma empatia tal em que o Asdrúbal assumiu o papel do engatatão que, em tempos, tanto lhe faltara.

Sobrado - Valongo

Três dias depois, no “Encontro de ex-combatentes”, o Asdrúbal respirava confiança e satisfação. Nem parecia o mesmo. O Alfredo interrogou-o logo mesmo na frente do Silva:
- Então, já fizeste os treinos? Sempre vais mandar vir a brasileira?
- Digo-vos uma coisa: não sei se foi da dose do viagra e meio que tomei ou se foi da limpeza dos tubos enferrujados. Só sei que tive uma noite de trabalho intenso e nem deixei a Toura dormir. Aquilo foi sempre a aviar. Andava a sonhar com ela pr’aí há sessenta anos! Tantas f...s que perdemos!

O Asdrúbal contou a coincidência do encontro que deu azo a ter-se saciado com a mulher que mais desejou em toda a sua vida.
- E ela aguentou? - Perguntou o Silva.

Ao que ele respondeu:
- Claro. É muito sabidona. Sabiam que aquela era a tal gaja da minha infância? Quando regressava ao Seminário via-a em todo o lado, até dentro da capela. Deu em puta selecta. Ela disse-me agora que o culpado foi um tio que lhe tirou os três aos quinze anos. Hoje é uma senhora viúva de um francês que já lerpou. O velho deixou-lhe umas massas e ela veio cá passar uns dias. Ficou apaixonada por mim e quer que eu vá para França. E logo agora que vou receber a minha boneca.
E continuou:
- Estais a rir de quê? Olhai que ela já nem queria ir para casa. E sabem o que ela me disse? - Já comi muitos quilómetros de p… mas nunca fiquei tão satisfeita!
- Já mandei vir a Donaida, Chega no dia 10. Vou buscá-la a Lisboa.

O Alfredo alertou-o:
- Tem cuidado com isso. Olha que o Zé Ribatejano contou que um amigo dele, que tinha uma reforma de luxo, entrou-lhe pelo Banco dentro a chorar e desorientado porque não sabia o que fazer. Andava todo entusiasmado com uma brasileira que lhe chupou tudo, ficou hipotecado sem saber e acabou por descobrir que ela trouxera do Brasil um gajo que estava hospedado em Santarém, de onde a ia orientando.
- Mas eu conheço o caso do Fonseca de Penafiel que leva uma vida feliz com a brasileira que arranjou. A minha Naidinha parece porreira e gosto dela – respondeu o Asdrúbal.
- Se assim é, não quero travar a mínima coisa – justificou o Silva, que continuou: - Em questões do amor, não quero interferir em nada porque já tive experiências muito desagradáveis. Se isto é realmente uma questão de amor, embora mantenha as minhas reservas, podes contar com todo o meu apoio. Aliás, deixarei de brincar com o assunto.

Foram quinze dias de lua-de-mel. Todos os contactos do Asdrúbal irradiavam felicidade. Ao mesmo tempo ia informando que era relacionamento sério e que era para casar. Aliás, a Naidinha não aceitava outro tipo de relacionamento.
- Meu bem, gostaria de ir Domingo a Guimarães, visitar minha prima Tété e passarmos pela Trofa, para levar connosco a sua filha Dédé – pediu a Naidinha.
- Tudo bem, meu amor, mas olha que temos gasto muito dinheiro e eu não tenho possibilidades para mais – respondeu o Asdrúbal, assumindo a posição de chefe de família bem controlada.

Em Guimarães, durante o almoço com as primas, onde se juntou o Julinho e a Nair, o Asdrúbal afastou-se, para ir dar uma mija. Como o WC era próximo, elas não se apercebiam de que, com o entusiasmo que estavam, dava para ouvir a sua conversa:
- Nós estamos a ganhar bem; eu por aqui e a minha Dédé lá nos arredores do Porto. Você vai ver que, com o corpinho que tem, não vão faltar clientes. Tem que casar rapidamente com o velho para poder ficar em Portugal, porque da outra forma, pelo turismo, não há possibilidades.

O Julinho também encheu de elogios a Naidinha, encorajando-a a integrar o “grupo de trabalho”.

Durante o regresso, o Asdrúbal nem sabia o que dizer. Limitou-se a pensar e repensar que, afinal, estava mesmo metido com putedo de primeira. Antes pensava muito nas carícias e nas palavras amorosas da Naidinha mas, agora, até lhe vinha à cabeça a sua recusa em fazer sexo oral e anal. No primeiro caso, ela alegava falta de ar e no segundo porque prometera à Santa do Caravágio manter a virgindade na bunda até ao casamento católico.

Já só via uma saída: mandá-la de regresso para o Brasil e, entretanto, aproveitar para lhe dar mais umas f…. valentes, como pagamento parcial do seu oneroso investimento.
Durante a noite, ele tentou cobrar o máximo mas, além de não sentir a potência necessária, a Donaida desculpou-se com o cansaço do dia agitado. Foi para o sofá, onde passou a noite.

Logo de manhã, passou pela Agência de Viagens, tratou da passagem de regresso da Naidinha, que encontrou ainda na cama.
- Naidinha, por favor vem sentar aqui no sofá, porque precisamos falar.
- Meu bem, que se passa, gosto não di vê você assim tão sério?
- Depois da viagem de ontem, verifiquei que tu pertences a outro mundo e eu não gosto dele. Não gostei nada de te ver amiga daquela gente.
- Mas, meu bem, elas são minhas primas. Você não vai condená-las por serem profissionais do sexo e ao Julinho que é o seu protetor. São todos boa gentche. Tchjura.

E acrescentou:
Nois não temos nada com isso, vamos casá e levá uma vida diferentche. Uma vida de amorrr e de paíssz.
- Já aqui tens a passagem. Podes estar comigo estes dias sem qualquer problema. Ficas à vontade, tenho aí outro quarto.

A Naidinha nem queria acreditar no que se estava a passar. Agarrou-se a ele, fez-lhe juras de amor e de fidelidade.
- Meu bem, eu amo você, nasci pra você e quero vivê só com você, toda sua vida. Eu lhe vou fazê uma massage para você relaxá e afastá o mau astral.

Acariciou-o tanto que ele começou a sentir-se arrependido pela decisão que havia tomado.
- Ok, então vais lá tratar dos assuntos que deixaste pendentes e voltas.

Logo no início da tarde, o Asdrúbal foi procurar reabastecer-se de material excitante e contactou o Zé Maia, que lhe arranjou “um verniz especial para endurecer madeira”.

Dois meses depois, o Asdrúbal queixava-se de que já lhe havia enviado dinheiro três vezes e ela ainda não via oportunidade de voltar. Precisava sempre de mais dinheiro. No entanto, ela não parava de lhe telefonar, mantendo-o amorosamente preso pelo beicinho.
- Ouve lá, ó morcom - interpelava-o o Silva no “Encontro” de Janeiro:
- Como é possível continuares a acreditar nessa mulher?

Ele respondeu:
- Tens razão, ela é uma putéfia de primeira, mas eu gostava muito dela. Ela era tão doce, tão meiga e tão boa que eu até me passava. Agora que vejo que vai ser difícil ela voltar, confesso-te uma coisa: - Com uma bunda daquelas, tenho pena de não a ter enrabado. É que ela era mesmo virgem e não parava de me falar no seu juramento à Santa do treinador Scolari. E continuou: - Estás a rir de quê? Disso percebo eu. Desde pequenino.

(Nota final: Há mais de quinze dias que o Asdrúbal não dá sinais de vida.
A última informação colhida foi que “estava a pensar emigrar para França”).

Silva da Cart 1689
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Nota do editor

Último poste da série de 18 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11273: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (16): É guerra é guerra... (será?)

12 comentários:

Anónimo disse...

AH, GANDA SILVA!!!

Passou, passou...
Espero que a clientela mostre sinais de ter gostado.
Um abraço
Alberto Branquinho

JD disse...

Viva Silva!
Excelente texto sobre os atractivos da boa vida na idade da reforma. Haja massa para os comprimidos, e siso para não atacar nas poupanças.
Um abraço
JD

Anónimo disse...

Fantástico!

Aguardo avec beaucoup de impaciência por l'as aventures na France!

Muito bom como sempre.

João

Anónimo disse...

Caro amigo Silva

Que grande lata, criatividade...saber. Fartei-me de rir.

Continua a escrever-nos.
Um abração
Carvalho de mampatá



Hélder Valério disse...

E, afinal, estava só a pensar ou foi mesmo para França?
E ficou?

Hélder S.

admor disse...

Grande Silva,

Já estou a vêr o próximo capitulo: "La vache qui rit", mesmo que não seja queijo pode sempre meter qualquer coisa no queijo.

Um grande abraço.

Adriano Moreira

Juvenal Amado disse...

O Asdrúbal ainda gastava uns 100 mil reis na camionete da carreira para para chegar ao Porto, mas tu trazes uma estória saborosa, cheia de lugares comuns que têm preenchido o imaginário dos homens portugueses, quanto às delicias que as "brazucas", moças desempoeiradas e libertas de algumas convenções, se têm transformado na armadilha de muitos.

Mas como o outro que diz, mais vale um gosto.... e quanto não vale morrer-se feliz, pois não há dinheiro que não seja merecido.

Um abraço e conta mais

Silva da Cart 1689 disse...

Um grande abraço para o amigo Carlos Vinhal que, apesar de estar a sofrer alguns problemas de saúde, continua a prestar-nos a melhor colaboração.
Alberto Mestre Branquinho,
Obrigado pelo incentivo. É verdade que gosto de agradar, mas não estou à espera de satisfazer clientela exigente.
Abraço
JD,
É evidente que se verificam bons atractivos na idade da reforma. Ainda bem, porque para sofrer de verdade, bastou o tempo militar.
Abraço
João, Helder e Adriano,
Também estou ansioso por saber novidades do Asdrúbal. Penso que ele não vai largar mais o grande amor da sua vida.
Abraço
Carvalho de Mampatá,
Obrigado pela habitual simpatia. Ficarei feliz enquanto te deliciares com as minhas histórias.
Um grande abraço.

Unknown disse...

Se não fosse porquê estava a lembrar-me do compadre. Têm o mesmo nome, só que ele não usa as novas tecnologias.
Mais uma boa história embora um pouco dramática, fazendo lembrar o Camilo.

manuel carvalho disse...

Amigo Zé Ferreira tu és um bocado como o vinho do Porto e alguns jogadores de futebol melhoras e muito com a idade, continua que queremos ver onde o Asdrubal(será isso)vai parar olha manda o homem para a Guiné com a madame.

Manuel Carvalho

Ze de Lamego. disse...

Grande ZE!Adorei!
Con

tinua.....Um forte abraço




Ze de Lamego

JOSE CASIMIRO CARVALHO disse...

Este "Silva" conseguiu que eu esquecesse as vicissitudes , maleitas e outras "eitas" da Vida. Ha ha ha . Fosca-se. Se não fosse pelo nome (Asdrúbal) até pensava que era um "amigo" que tive, e que emigrou para baixo de "Br...." . Coincidências, lol. Parabéns pela descrição tão animada e Burlesca.....rs rs rs