domingo, 20 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13010: 10º aniversário do nosso blogue (13): falar ou não falar, da guerra, aos nossos filhos... A alguns de nós foi o blogue que nos tirou a "rolha" (Luís Graça / Jorge Cabral / Vasco Pires / Antº Rosinha / António J. Pereira da Costa / Henrique Cerqueira / Manuel Reis)

1. Comentários diversos ao postes P12966 e P13000 sobre o tema da última sondagem "Camarada, com que regularidade falas, da guerra, aos teus filhos" (*) (**):

(i) Luís Graça:

O meu pai, Luís Henriques (1920-2012), também andou "lá fora", a defender o Império, a Pátria, durante a II Guerra Mundial: Cabo Verde, São Vicente, Mindelo, 1941/43...

Cresci, fascinado, a folhear o seu álbum de fotografias, que andava por lá escondido numa gaveta, entre papéis velhos... Mas ele nunca me sentou ao colo e me explicou, tim por tim, por que terras e mares tinha passado,  por que é que andou a "engolir pó" durante 26 meses, lá nessa terra distante, enfim, não me contou histórias desse tempo, ainda eu não era nascido...

Mas era eu que as tinha que adivinhar, criar histórias, mesmo se muitas das fotos tinham legendas, lacónicas no verso... Mas, como era puto, e mal sabia ler, não entendia nada...

Um dia tocou-me a vez de ir para a tropa e também de ir "defender a Pátria", neste caso, ainda mais longe, lá na verde e rubra Guiné, em 1969/71... Nunca falámos, nem ele me deu conselhos: olha isto, olha aquilo... Por pudor ? Sim, por pudor...

Luís Henriques (c. 1941)
Voltei, "são e salvo" (?), e continuámos sem falar, da tropa, da guerra, das áfricas... Veio o 25 de abril, esqueci (?) a guerra, por um estranho sentimento de culpa, por pudor, por estúpido preconceito talvez... Era politicamente incorreto, nesse tempo,  falar-se da (ou até pensar-se na) maldita guerra colonial, ou do ultramar, ou de África...

Passaram-se os anos até que, em 1980, comecei a interessar-me pelas minhas vivências da Guiné, publiquei uma série de escritos no semanário "O Jornal"... e por tabela fui "redescobrir" o velho álbum do meu pai, já desconjuntado. amarelecido, comido pela humidade...

Com o blogue, há 10 ano atrás, começámos a ter conversas de grande "cumplicidade",  eu e o meu pai, como dois bons e velhos camaradas... Publiquei com ternura as fotos dele, em São Vicente, Cabo Verde,  (as que restaram, ao fim de tantos anos...) e fiz diversos vídeos com entrevistas com ele, sobre esses tempos de "expedicionário"...

Criei, no nosso blogue, uma série "Meu pai, meu velho, meu camarada"... Tenho pena de, por razões de saúde, nunca ter podido levá-lo em viagem de saudade, de regresso, a São Vicente... Teimoso, ele nunca quis fazer uma artroplastia das ancas... A velhice (e o blogue) aproximou-nos... Tarde, mas valeu a pena...

Provavelmente, sem o blogue, ele teria morrido, como morreu, há dois anos atrás, sem eu ter sabido mais nada sobre os três anos e tal de vida que ele passou na tropa e na guerra, os seus medos, temores, amores, desamores. problemas de saúde, amizades, histórias de vida dos seus camaradas, etc.

Jorge Cabral, c. 1970
Com os meus filhos passou-se o mesmo, foi o blogue que nos aproximou...  Só posso, por isso, estar grato a todos os camaradas que me ajudaram a construir o blogue e que me honram hoje com a sua presença (ou a sua memória) à sombra do mágico e fraterno poilão da Tabanca Grande... Nunca o teria feito sozinho, nunca o teria conseguido fazer sozinho...

  (ii) Jorge Cabral:

Um milhão de homens foram para África. Mais de 1 milhão de filhos. Talvez 2 milhões de netos...Que  os jornalistas peguem no tema, acho bem. Só que, para o fazerem, devem estudar o Portugal dos anos 60 e perceber que guerra existiu e como eram os rapazes que a fizeram. 

Luís Graça, Contuboel. junho de 1969
com Renato Monteiro, no Rio Geba
Há quem não tenha nada para contar...e quanto ao medo, só os que viveram situações de perigo podem falar...Entre ser contabilista em Lourenço Marques e operacional no Guiledje, as diferenças são óbvias...

(iii) Luís Graça

Além disso, Jorge, "um homem não chora"... Não se queixa, não grita, não tem dores, não tem medo, não tem angústias, não sente, não pensa, não faz perguntas... E, "se tem medo, compra um cão"!

Não era assim, no nosso tempo ? Nas nossas casas, nas nossas igrejas, nas nossas escolas, nos nossos quartéis, nas nossas empresas ?

Concordo contigo, o Portugal salazarento dos anos 60 não tem nada a ver com o Portugal de hoje... Quem tratava o pai por tu ? Além disso, para muitos dos nossos camaradas, sobretudo do meio rural, pai era pai-e-patrão... Para fugires à sua autoridade, ou emigravas ou te casavas, às vezes "à força" (, por exemplo, "raptando a noiva", no Alentejo)...

(iv) Vasco Pires [, foto à esquerda, Ingoré, c. 1972]

Mas como vejo aconteceu com muitos, a "rolha" só saiu há pouco.

Não só deixei de falar da guerra com meus filhos, mas também com outras pessoas, durante mais de quarenta anos; o Blog que tirou a "rolha".

Quantos aos nossos escritos, acredito que poucos além de nós os leem, contudo, certamente, mais na frente, algum antropólogo vai dar vida aos nossos relatos.História dos "vencidos", já que os que não seguiram o nosso caminho em Portugal, assumiram o controle, me parece que até hoje; e as verdades e as mentiras quando repetidas, e ampliadas pelos mídia, tornam-se verdades(quase)absolutas.

(v) Antº Rosinha [, foto a seguir, à direita, Angola, 1961]

O J. Cabral diz que os jornalistas "devem estudar o Portugal dos anos 60 e perceber que guerra existiu e como eram os rapazes que a fizeram. Há quem não tenha nada para contar..."

E digo eu que os jornalistas devem também estudar os rapazes que se furtaram à guerra, tanto os que tiveram a coragem de ir para o bidonville de Paris, como certa burguesia, tanto dos meios citadinos como provincianos, e até de certos filhos cujos pais lhe mandavam a mesada a partir das próprias colónias em guerra.

Estas burguesias tinham em geral uma motivação muito semelhante à esperteza nacional e cultural que é a eterna fuga aos impostos e contribuições... para os malandros do Estado!

Mas claro, essa fuga à guerra era pela precocidade política do jovem de 19/20 anos, não era por uma mesquinha "esperteza" à maneira nacional.  Esses jovens tremendamente precoces é que precisam de ser bem estudados, porque gritaram tanto todos estes anos, que não tem dado espaço para se lhes fazer perguntas. E muitos têm andado de partido em partido, de governo em governo, de administração em administração de Empresas Públicas.

Essa precocidade também tem que ser bem compreendida, para não se perder a tradição.

J. Cabral, de facto há mais gente sem nada para contar, como tu dizes, por isso poucos aparecem a falar, era interessante um dia alguém tentar encontrar uma percentagem dos que não ouviram qualquer tiro...como eu, em 13 anos de guerra (,no mato e nos muceques de Angola e nas praias de Luanda).

(vi) António J. Pereira da Costa [,. foto a seguir em Cacine, c. 1968, com a enf pára Maria Ivone Reis]



Parece-me que esta questão, por si própria, levanta uma ainda mais importante: como é que, no fundo, lidamos com a guerra?

Parece-me que cerca de 50% de nós não temos a nossa relação com a "guerra" devidamente arrumada. De outro modo teríamos falado dela com desassombro com os nossos filhos e teríamos conseguido sensibilizá-los para o que ela foi e o que passámos/fizemos.
Não me parece que tivéssemos tido grande êxito nesta matéria. Ou estou enganado?


(vii) Henrique Cerqueira

Eu já votei... No entanto,  e a verdade seja dita,  eu tive alguma dificuldade para votar numa das opções.É que actualmente estou mesmo quase a fazer 65 anos e já não dá para falar assim tanto com os filhos, pois que eles andam tão ocupados a não perder os empregos que nem tempo têm para grandes conversas e muito menos para conversas com o pai sobre o ex-Ultramar.

Eu até entendo. Quando eu estava no Ultramar, só queria que o tempo passasse para poder regressar ao trabalho activo e ao melhoramento da minha vidinha tanto em formação como em apostar numa carreira de trabalho.

A NI e o puto do Henrique Cerqueira, Nuno Miguel, na estrada de
Biambe-Bissorã, c. 1973
Os meus filhos já pensam o contrário.Ou seja: já só pensam se no final do mês o patrão abre ou não a fábrica e pensam ainda se não será melhor fazer o percurso inverso do pai, que é ir para África, ex-ultramar...(Isto é uma porra, meus camaradas!)

Bom,  pelo menos e para já,  vou falando ao neto sobre a guerra do ultramar e mais especificamente sobre a Guiné. Pois que por acaso o pai dele (meu filho), até esteve na Guiné em criança. Mas quando me alongo de mais e me perco em "devaneios" sobre a Guiné,  o "puto" começa logo a bocejar e desvia a conversa para os interesses dele. É que os programas escolares sobre a história ultramarina e em especial as guerras coloniais não se alongam muito e quanto a mim dando a entender existir alguma "vergonha" em aprofundar mais os conhecimentos da nossa participação na Guerra Colonial.

Foi a minha opinião.

(viii) Manuel Reis [, foto a seguir,. Guileje, c. 1972]


Amigo Luís, é um facto que " o baú está um pouco mais rapado" mas longe de estar esgotado. Continua a ser útil para todos os camaradas e ex-combatentes, de modo especial, aqueles que tardiamente se aperceberam desta ferramenta, que os pode aliviar das tormentas da guerra.

Falo na guerra aos meus filhos nos momentos em que os vejo interessados e receptivos a ouvir as estórias em que, na Guiné, muitos ex-combatentes foram protagonistas. 

O convívio é indispensável, é o agrupar das tropas e já sentimos a sua falta. Vamos a isso Luís.
____________

Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

17 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13000: 10º aniversário do nosso blogue (9): Sondagem: resultados finais (n=129): mais de um terço dos respondentes nunca falou da guerra, ou só muito raramente, aos seus filhos... Comentário da jornalista e escritora Catarina Gomes: "não esperem por perguntas, digam filho, anda cá que eu quero contar-te uma coisa"

11 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12966: 10º aniversário do nosso blogue (3): Resultados preliminares (n=67) da nossa sondagem ("Camarada, com que regularidade falas da guerra, aos teus filhos?")... Mais de um terço admite que nunca falou ou raramemte fala, da guerra, aos seus filhos...

(**)  Último poste da série > 18 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13006: 10º aniversário do nosso blogue (12): Faz hoje 2 meses que o Pepito nos deixou... Em sua memória reproduzimos aqui um vídeo de 2012, em que ele relata, com humor e boa disposição, uma das cenas de violência de que foi vítima, na sua casa do Quelelé, ao tempo de Kumba Ialá (c. 2000)...

4 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimo Luis,

Cordiais saudações.

Permite-me, que expresse mais uma vez, a ti e equipe, a minha gratidão, por nos proporcionar uma VOZ!
O tal do "jus esperniandi"...
Lembrando sempre, também, o meu "Padrinho" Carlos Vinhal, que me perdoe a rústica expressão, funcionou como meu "saca-rolhas".

E eu, que nasci e cresci num "país" de vinhateiros, sei bem, como algumas rolhas são difíceis de extrair.

Sobre o assunto filhos, repito o meu comentário anterior:

"O meu caso é atípico,fora de Portugal desde 72, e com filhos nascidos noutro continente, um já com 40 anos e os outros a caminho."

Pegando "o vácuo" no oportuno comentário do do Nobre Camarada A. J. P. da Costa, diria que me incluo nos 50% não arrumados, contudo, no caminho de uma lenta e gradual arrumação.

Por vezes, me pergunto, (sem resposta...ainda), se tem a ver com a minha participação num "erro histórico".

Quando, após as grandes transformações da II Guerra Mundial, as grandes potências coloniais, apostavam na dita autodeterminação dos Povos Africanos, nós, deste pequeno "jardim à beira-mar plantado", teimávamos, "orgulhosamente sós" em construir "um País (Império), multi-racial e pluri-continental".

O Império, construído lá atrás, quando éramos uma nação tolerante, que abrigava,em quase harmonia, povos de três credos monoteístas;aliás, construído com a preciosa e essencial ajuda dos conhecimentos desses povos,na realidade, há muito,estava perdido nas "brumas da memória".


Terminando este já longo arrazoado,faço minhas as palavras do Nobre filho da "GRANDE NAÇÃO BAIRRADINA" o meu amigo M. Reis:

"O convívio é indispensável, é o agrupar das tropas e já sentimos a sua falta. Vamos a isso Luís."


forte abraço a todos
Vasco Pires

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Já por mais que uma vez se tentou perceber melhor o que nos tem feito, agora, relembrar e deixar 'marca', seja apenas por foto seja por depoimento escrito, do que foram esses "anos de brasa".
E também não serei eu que, aqui e agora, vou ter a "chave" da solução,
Nem sei mesmo se haverá "uma chave".
O mais natural é haver a concorrência de vários factores: a maior distância temporal dos acontecimentos, a maior disponibilidade para as memórias, seja por outras realidades familiares ou até profissionais, com mais tempo para o 'nós', seja por 'indução' em que após descobrirmos que "A" ou "B" falou das suas experiências, pois então também serei capaz disso, etc....
São tantas as 'entradas' para esta equação que se torna necessário quase ser um especialista em matemática para colocar este fenómeno social numa dessas fórmulas.
Seja como for, o facto é que estão por aí, algures na net, todo este conjunto de memórias, umas dramáticas, outras irónicas ou até cómicas, muitas repassadas de envolvimento emocional. Ficam, por assim dizer, ao alcance de um "clic". Assim haja quem as procure.
O nosso dever é deixar "memória".
Aos 'outros' compete procura-la, entendê-la e, se possível, aprender com ela.

Abraços
Hélder S.

Juvenal Amado disse...

O Blogue foi de facto o tiro de partida.
O que estava guardado o que quase tínhamos esquecido regressou ao fim de trinta e tal anos, com uma força que já não julgava possível.
Não falava da guerra com ninguém, primeiro pelas circunstâncias especiais daquela guerra, que acabou totalmente desprestigiada antes pelo o tipo de poder que para lá nos mandou e posteriormente pelo tipo de sociedade que na vez de discutir o problema, pretendeu passar uma esponja sobre a guerra. Uns convictos que nós lá tínhamos feito o melhor e os outros pelo o contrário rejeitando tudo o que lá se fez.
Hoje ainda é difícil falar sem resvalar para uma ou outra opção, porque uma e outra radicalizaram-se em esquerda, direita e por isso mesmo, é assunto arrumado.
Tirando os encontros com os nossos camaradas, pouca gente está disponível para nos ouvir e arriscamos-nos a sermos considerados uns avô castiços com umas "pancadas" por lá termos andado.
Calámos as nossas experiências mesmo antes da guerra acabar, por na população já existir um sintoma de rejeição às coisas desagradáveis e acabarmos ser considerados gabarolas.
O blogue deu-nos assim a oportunidade de falar do nosso tempo de comissão, pois a guerra não foi só uma mas sim várias, uma vez que alternou em intensidade.
Por isso dar os parabéns ao blogue, é sentirmos e retribuirmos o conforto que ele nos deu.

Um abraço a todos e em especial aos editores, que o mantêm todos os e todas as horas.

JD disse...

Nem de propósito!
De facto, muito raramente falei aos meus filhos sobre a guerra, mas na última 6ª.feira fui jantar a casa da minha filha e, por alguma razão que não descortino agora, falou-se de colonialismo e de guerra.
Bem aculturada, começou por fazer umas referências à escravatura, ao uso do cicote como instrumento civilizacional, à exploração das matérias-primas, para concluir que aquelas não eram as nossas terras, e que delas fomos bem expulsos. Traduzia um certo conceito revolucionário que ganhou expressão com o 25 de Abril.
Retorqui, com a calma possível e em busca dos melhores argumentos, que antes do mais sou cidadão do mundo, apesar da condição de português, pelo que em tese não aceito demarcações de territórios por raças. Acrescentei, que a valorização das pessoas, só pode acontecer por contacto com outras mais espevitadas e conhecedoras, que transmitam ensinamentos valorativos, dei-lhe exemplos de autóctones que encontrei posteriormente, que se orgulhavam em exibir os seus cartões de cidadãos e/ou militares portugueses, bem como lhe transmiti que, actualmente, cada um daqueles territórios corresponde a um conjunto de nações (raças) tuteladas por um Estado (governo comum), dentro de fronteiras estabelecidas no período colonial, donde, as independências, não foram motivadas pela reivindicação das nações que seculatmente combatreram entre si. Essa miscigenação nacional não está bem estudada e estabilizada. Mas portugal era o elo de união entre as diferentes raças, e estava a desenvolver as regiões que administrava, de forma que impressionava o mundo, pelo que as populações já evidenciavam frequentes manifestações de autodeterminação, reivindicando, sobretudo, mais autonomia política e financeira, pelo que essa meta já andaria nos horizontes. Porém, a aceitarmos a premissa de termos sido invasores daqueles territórios, como podemos hoje tolerar a permanência de tantos emigrantes em Portugal? Vêm explorar-nos? Devemos combatê-los? Livrarmo-nos deles?
Parece que não. Ao longo da história houve sempre fluxos de gentes que procuram melhorar a condição de vida (melhores terras de cultivo; melhores condições de pesca; facilidade no escoamento dos produtos; facilidade na obtenção de emprego, etc). Foi o que aconteceu com os portugueses, que a partir de meados do século passado, apesar do dealbar da guerra, passaram a investir em África o produto do seu trabalho, lado a lado com os africanos, e a desenvolverem aquelas regiões. Poderia referir a riqueza das matérias-primas, mas também o argumento da subvalorização daqueles produtos, que beneficiavam os verdadeiros colonos em N.York, Londres ou Berlim. Estava em construção uma sociedade nova, mesclada de raças, e os elementos subversivos nem sequer eram bandeira para as populações. Não tinham expressão.
Pronto, relato-vos uma conversa recente e tardia com a minha filha, que contraria uma ideia formatada sobre a acção exploradora dos colonos, que repudio, tal como repudio as tretas sobre a conveniência do actual modelo democrático português.
Abraços fraternos
JD