quarta-feira, 23 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13028: 10º aniversário do nosso blogue (20): Um corredor de paz, a estrada (alfaltada) Bambadinca-Bafatá, onde o PAIGC nunca conseguiu penetrar... pelo menos no período de 1969/71 (fotos de Benjamim Durães, a quem mandamos um alfabravo fraterno e solidário num momento dificílimo, para ele, como pai e avô)



Foto nº 1

Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Estrada Bambadinca-Bafatá > c. 1970 > Um enorme rebanho de gado vacuum, pertencente a um "homem grande" fula,   passeia-se livremente na "autoestrada" do leste...


Fotos: © Benjamim Durães (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]

1.  Não havia nenhum sítio na Guiné onde as nossas tropas  não pudessem ir, por mar, terra ou ar, com maiores ou menores efetivos, incluindo as regiões consideradas sob controlo do PAIGC, como era o caso, no setor L1, da margem direita do Rio Corubal, abrangendo os subsetores do Xime, Mansambo e Xitole...

Em contrapartida, o PAIGC, pelo menos no meu tempo (junho de 1969 a março de 1971) nunca ousou atacar, flagelar, emboscar ou pôr minas e armadilhas neste autêntico oásis de paz que era a "autoestrada" do leste, a primeira estrada asfaltada do território, construída pela TECNIL (se não erro), ligando dois centros nevrálgicos da zona leste, em pleno coração fula, Bambadinca, a sudoeste e Bafatá a nordeste.

Estou a falar do tempo em que passaram por Bambadinca o BCAÇ 2852 (1968/70) e BART 2917 (1970/72), sendo a CCAÇ 12 uma subunidade de intervenção, com soldados, fulas, do recrutamento local (Badora e Cossé) e quadros e especialistas de origem metropolitana.

Recorde-se que o fotógrafo, Benjamim Durães, foi  fur mil op esp,  Pel Rec Info, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72). Vive em Palmela, é um dos habituais organizadores dos convívios da CCS/BART 2917, e está neste momento a viver um grande drama, a doença de uma das queridas netas, de 10/11 anos,  a mais velha, a Bruna, que tem um prognóstico reservadíssimo, estando por isso a precisar, ele e toda a sua família, de uma palavra amiga, solidária, de toda a Tabanca Grande. 


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande  > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > O avô Benjamin Durães trouxe, desde Palmela, os seus cinco netos: Bruna, Fábio, Marta, Rafael e Tiago (na foto não estão por esta ordem; a Bruna é a mais velha, hoje com 10/11 anos)... Todos devidamente equipados e ostentando na lapela o crachá do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) a que orgulhosamente pertenceu o nosso camarada, fur mil op esp e DFA - Deficiente das Forças Armadas.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

6 comentários:

Anónimo disse...

Para o Benjamim Durâes o meu abraço e o desejo que tudo se resolva rapidamente e da melhor forma.
Porque sofrem as crianças, sem terem tempo de mostrarem que é merecido...
Talvez um dia eu consiga acreditar...
Um forte abraço para este camarada e sua família.
BS

Anónimo disse...

Abraço Durães,com toda a minha fraternal SOLIDARIEDADE!

J.Cabral

MANUEL MAIA disse...

CAMARIGO DURÃES,UM ABRAÇO SOLIDÁRIO.

Joaquim Luís Fernandes disse...

Camarigo Benjamim Durães

Como é belo o quadro de um avô realizado, rodeado dos seus netos, que a foto testemunha. Vejo neles estrelas que iluminam o teu céu, agora e para sempre.
Também falo por experiência própria. Eu tenho 4 netas dos 4 aos 11 anos.

Nesta hora perturbada pela doença e sofrimento, quero expressar-te a minha solidariedade da tua dor e da tua família. Não te deixes abater. A esperança deve prevalecer sobre todo o desânimo. Desejo-te uma vida longa e feliz na companhia dos que amas.

O meu abraço solidário na dor e na esperança.
JLFernandes

Bispo1419 disse...

Que mais te desejar, neste momento de aflição, além de saúde e força para manteres bem viva a esperança de que tudo irá correr bem? Coragem, meu caro Benjamim Durães!
Um abraço solidário
Manuel Joaquim

Luís Graça disse...

Falei hoje, de novo, ao telefone com o Benjamim. Ele confirmou-me o nome da neta, a Bruna, uma encantadora miúda que nós conhecemos em Monte Real há dois anos... A minha Joana, em particular, interagiu muito com os cinco netos do Benjamim. E há uma foto da Joana com a Marta e a Bruna...

- Como vai a Bruna?, perguntei-lhe
- Olha, Lu+is, é como o médico diz: vamos vivendo um dia de cada vez...

Reforcei, neste dia, que é de festa e de esperança para a generalidade dos portugueses, os votos solidários e fraternos da Tabanca Grande para um de nós, e sua família, que está em grande sofrimento. Benjamim, dá um xicoração apertado, por todos nós, à tua neta Bruna e aos seus pais...