Momento de “canto” durante uma reunião da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (Guiné), que era formada por oficiais, sargentos e praças. A actuar no Teatro de Bissau em 27/7/74.
Foto: © Arquivo de José Martins
Os Furriéis Enfermeiros Manuel Martins [1950-2013] e Óscar, autores do cartaz.
Foto: © Arquivo de José Martins
Foto: © Arquivo de José Martins
Boa noite
Aqui vai um assunto que, há pouco, me surgiu na mente.
Teria havido uma dualidade de Movimentos Militares Portugueses, na Guiné?
Abraços
Zé Martins
2. MAOSP ou MAPOS?
Ao reorganizar os meus apontamentos de História de Portugal, na vertente militar e africana, e que é composto por várias notas “encontradas” nos mais diversos suportes – livros, jornais, revistas, borda d’água, etc - encontrei o seguinte:
(i) 4 de Maio de 1974 – Organização, em Bissau, do movimento alargado de Oficiais, Sargentos e Praças; e
(ii) 15 de Maio de 1974 – Reunião de militares em Bissau, donde sai uma directiva do MFA da Guiné sobre a integração no Movimento de todos os militares, incluindo os do movimento alargado de oficiais, sargentos e praças
Se a primeira “nota” nos leva a pensar que, na Guiné, teria havido um alargamento a sargentos e praças, do MFA, uma vez que, em 26 de Abril de 1974 terá havido um golpe na Guiné, para depor o Governador e Comandante Chefe.
Com base nos dados acima, há que procurar o que foi o “Movimento Alargado de Oficiais, Sargentos e Praças".
Ao colocar no motor de busca “movimento alargado Guiné” surgem referências ao assunto na página do Centro de Documentação 25 de Abril, alojado na página da Universidade de Coimbra, mencionando apenas as siglas que servem de título.
A página do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, muito sucintamente diz o seguinte:
«"relatório da reunião realizada entre a Comissão Coordenadora do Programa e o Secretariado do Movimento das Forças Armadas na Guiné nos dias 06 e 07 de Junho de 1974", redigido pelo Secretariado do Movimento das Forças Armadas na Guiné em 7 de Junho de 1974; número 1 do Boletim Informativo M.F.A. na Guiné, de Junho de 1974; documento "Aos militares portugueses em serviço na Guiné", subscrito pelos "militares que constituíram o extinto Movimento Alargado de Praças, Oficiais e Sargentos" (1974-06-05).»
Apesar do tempo que passou desde então, é de perguntar aos camarigos que estiveram na Guiné, em especial aos que estiveram em Bissau, o que se terá passado à volta deste assunto.
Há alguém que tenha elementos sobre este tema, que queiram partilhar?
José Marcelino Martins
6 de Junho de 2014
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Ao reorganizar os meus apontamentos de História de Portugal, na vertente militar e africana, e que é composto por várias notas “encontradas” nos mais diversos suportes – livros, jornais, revistas, borda d’água, etc - encontrei o seguinte:
(i) 4 de Maio de 1974 – Organização, em Bissau, do movimento alargado de Oficiais, Sargentos e Praças; e
(ii) 15 de Maio de 1974 – Reunião de militares em Bissau, donde sai uma directiva do MFA da Guiné sobre a integração no Movimento de todos os militares, incluindo os do movimento alargado de oficiais, sargentos e praças
Se a primeira “nota” nos leva a pensar que, na Guiné, teria havido um alargamento a sargentos e praças, do MFA, uma vez que, em 26 de Abril de 1974 terá havido um golpe na Guiné, para depor o Governador e Comandante Chefe.
Com base nos dados acima, há que procurar o que foi o “Movimento Alargado de Oficiais, Sargentos e Praças".
Ao colocar no motor de busca “movimento alargado Guiné” surgem referências ao assunto na página do Centro de Documentação 25 de Abril, alojado na página da Universidade de Coimbra, mencionando apenas as siglas que servem de título.
A página do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, muito sucintamente diz o seguinte:
«"relatório da reunião realizada entre a Comissão Coordenadora do Programa e o Secretariado do Movimento das Forças Armadas na Guiné nos dias 06 e 07 de Junho de 1974", redigido pelo Secretariado do Movimento das Forças Armadas na Guiné em 7 de Junho de 1974; número 1 do Boletim Informativo M.F.A. na Guiné, de Junho de 1974; documento "Aos militares portugueses em serviço na Guiné", subscrito pelos "militares que constituíram o extinto Movimento Alargado de Praças, Oficiais e Sargentos" (1974-06-05).»
Apesar do tempo que passou desde então, é de perguntar aos camarigos que estiveram na Guiné, em especial aos que estiveram em Bissau, o que se terá passado à volta deste assunto.
Há alguém que tenha elementos sobre este tema, que queiram partilhar?
José Marcelino Martins
6 de Junho de 2014
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Nota do editor:
Último poste da série > 28 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13202: Consultório militar, de José Martins (3): O ataque do PAI - Partido Africano da Independência a Catió em 25 de junho de 1962, seguido da destruição da jangada de Bedanda, do corte de fios telefónicos e estradas com abatizes
Último poste da série > 28 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13202: Consultório militar, de José Martins (3): O ataque do PAI - Partido Africano da Independência a Catió em 25 de junho de 1962, seguido da destruição da jangada de Bedanda, do corte de fios telefónicos e estradas com abatizes
1 comentário:
É frequente a dúvida linguística, aqui na Tabanca Grande, à sombra do nosso poilão: (i) como é o plural de CCAÇ ? Será CCAÇ's ? As CCAÇ's do Batalhão seguiram para os seus destinos... Ou será: As CCAÇ do batalhão seguiram para o seu destino ? (ii) por outro lado, CISMI é sigla ou acrónimo ?... Vejamos o que diz o Flip - Dúvida klinguística:
http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=1570
(...) plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos [Ortografia / Flexão nominal / Abreviaturas e símbolos]
(...) A flexão das siglas e dos acrónimos coloca frequentemente dúvidas aos utilizadores da língua, assim como a flexão das abreviaturas e dos símbolos. Neste contexto, é útil esclarecer cada um destes termos, para poder obter uma resposta coerente às dúvidas sobre flexão em número.
Uma sigla é um conjunto formado pelas letras iniciais de várias palavras (ex.: PME = Pequena e Média Empresa), usado como uma única palavra pela soletração das letras que o compõem (ex.: P = [pe], M = [Èmi], E = [È]); como tal, pode também corresponder ao plural de uma ou mais dessas palavras, sem que as iniciais se alterem (ex.: EUA, por exemplo, é uma sigla que corresponde a um plural, Estados Unidos da América, sem que seja necessário uma marca dessa flexão). Por este motivo, não haverá razão lógica para acrescentar um esse (-s) às siglas referidas: deverá escrever-se os CD (os Compact Discs) ou as PME (as Pequenas e Médias Empresas).
Um acrónimo é um conjunto formado pelas letras iniciais de várias palavras (ex.: EPAL), usado como uma única palavra e pronunciado não pela soletração de cada uma das letras, como as siglas, mas de forma contínua, como um nome comum (ex.: EPAL lê-se [È'pal] e não [Èpea'Èli]). Assim, pelo mesmo motivo apontado para as siglas, deverá escrever-se os PALOP (os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) ou as TIC (as Tecnologias de Informação e Comunicação). Ainda em relação aos acrónimos, deve dizer-se que estes se transformam por vezes em nomes comuns (ex.: sida < Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, cedê < CD < Compact Disc), obedecendo às regras gerais de ortografia e assumindo então as regras gerais de flexão (ex.: A sida em África é diferente das outras sidas?; Comprou vários cedês.).
Uma abreviatura corresponde a uma letra ou a um conjunto de letras que faz parte de uma palavra e a representa na escrita (ex.: Dr. < Doutor), mas que não tem em geral um correspondente fonético (a abreviatura Dr. ler-se-á doutor e não como [dri] ou com soletração das letras [de'ÈRi]), sendo que muitas vezes estas abreviaturas admitem as marcas de flexão, entendendo-se que constituem abreviaturas de palavras diferentes (ex.: Dr.ª, Dr.as).
Um símbolo corresponde a uma letra ou a um conjunto de letras que estabelece, geralmente por convenção, uma relação de correspondência com uma unidade de medida (km = quilómetro(s); V = volt(s); Y = ítrio) ou um conceito (cos = cosseno, SO = sudoeste), não havendo geralmente um correspondente fonético (ex.: V ler-se-á volt), nem marcação de flexão (ex.: corrente de 220V ler-se-á volts), pois trata-se muitas vezes de símbolos estabelecidos internacionalmente ou com um valor bastante difundido, nomeadamente em áreas científicas, e têm de ser únicos e unívocos.
No caso das siglas, acrónimos e abreviaturas, é muito usual o uso das marcas de flexão em alguns casos, nomeadamente com adjunção de -s no final (ex.: PMEs). Tal uso, não sendo proscrito pelas regras de ortografia portuguesa (o acordo ortográfico em vigor é omisso nesse aspecto), carece de motivo lógico, como acima foi defendido e obrigaria, por exemplo, no caso de se considerar que se trata de uma aplicação das regras gerais de flexão, a adaptações ortográficas no caso de siglas ou acrónimos terminados em consoantes (ex.: PALOPes).
O apóstrofo ou a plica antecedendo o -s (ex.: *PME’s) não deverá ser usado, pois não é um mecanismo de flexão da língua portuguesa.
Helena Figueira, 18-Abr-2006
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