Tranquilidade das águas…
Gosto de sair à rua
E sentir minha alma calma.
Sem uma névoa ou sombra negra.
Tudo certinho.
De nada dever.
Nem pró corpo,
Nem para o ser.
Sentir a paz
De quem não fez mal.
A ninguém ou a mim.
E o conforto
De quem ajudou.
Naquela hora exacta
Em que foi preciso.
Sei que não sou anjo.
E sou de barro.
Mas se sanar meus erros,
Reparando a dor,
E pedir desculpa,
Posso caminhar de pé
E cabeça erguida.
Viver tranquilo
Amando a vida.
Berlin, 17 de Novembro de 2014
22h30m
Joaquim Luís Mendes Gomes
************
O rio da história…
A história é um rio.
Longo.
Ninguém conhece onde ela nasce,
Muito menos onde é a foz.
Tem cascatas. Cachoeiras.
Afluentes e confluentes.
Muitos meandros.
Ora largos.
Quase mares.
Ora estreitos.
Quase laços.
Não tem margens.
Nem tem leito.
Ela banha todo o mundo.
Povoados.
Espaços ermos.
Florestas.
Por desertos.
Sempre a descer.
Não volta atrás.
Inundações.
Convulsões.
Muitas vagas.
Muita tormenta.
Tem lezírias.
Planuras.
A perder de vista.
Muitas barragens.
Dinastias.
Histórias de sangue.
Muitas guerras.
Muitas derrotas.
Muita luz.
Muitas vitórias.
E qual o fim?
Só no fim,
Se irá saber…
O termómetro continua a descer…
Berlim, 18 de Novembro de 2014
7h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
____________
Nota do editor
Último poste da série de 20 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14392: Blogpoesia (405): Paranóia ou lamentos de veterano - Ah! se eu tivesse uma G3! (Juvenal Amado)
1 comentário:
Muito bom
Valdemar Queiroz
Enviar um comentário