Ó mar azul!...
Que é feito de ti, extenso mar azul?
Perdi-te ontem, ao amanhecer.
O de Aragão é amplo, e árido.
Só areia e palha seca.
As ondas jazem dunas especadas,
frente aos dardos do sol.
Implacável.
Aqui e ali há oásis verdes,
graças à chuva artificial
que o Ebro dá.
Doce remanso puro
onde apetecia ficar.
Ficou para trás.
Se calhar, para o ano...
Desta janela larga,
Valadolid é urbe.
Em sono,
Ao raiar da aurora.
Já fervilham carros
pelas ruas dormentes.
Mais um pouco e lá irei também.
Rumo ao lar do sul
que deixei há muito.
É acre e doce este inesperado fim
que me trouxe a vida.
Como emigrante à força
e pelo bem dos seus.
Podia ser pior...
Valadolid, 11 de Julho de 2016
7h23m
a nascer o sol
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Brisa verde...
Que boa brisa fresca
vem do mar ao pé.
Faz dançar o milho
a fabricar o pão,
enquanto lhe bate o sol.
Ao raiar da aurora.
Na maré do peixe.
Chegaram os pescadores.
Passaram a noite toda.
Trazem os barcos cheios.
Ó tão rica festa
vê-los a chegar...
Bar "Caracol" 15 de Julho de 2016
9h23m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série de 10 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16289: Blogpoesia (460): "Pintado a carvão..." e "A palmos...", por J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728
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