Foto nº 1 > Bissau, o talão da Liga dos Combatentes... Vê-se que o talhão está agora cuidado e que há flores nalgumas campas.
Foto nº 2 > Bissau, outro aspeto do cemitério onde repousam uma parte dos nossos bravos
Foto nº 3 > Bissau > Cemitério > Placa: "Homenagem aos mortos pela Pátria. Visita de Sua Excelência o Presidente da República Contra-Almirante Américo Deus Rodrigues Tomaz à Porvíncia da Guiné. Bissau, 3 de fevereiro de 1968"
Foto nº 5 > Bissau > Bissau Velho > A catedral católica, uma construção estadonovista (1945), projeto (reformulação) do arq João Simões
Guiné-Bissau > Bissau > 4 de novembro de 2015 >
Fotos (e legenda): © Adelaide Barata Carrêlo (2016). Todos os direitos reservados.
1. A nossa grã-tabanqueira Adelaide Barata Carrêlo, filha do tenente SGE Barata, da CCS/BCAÇ 2893 (Nova Lamego, 1969/71), esteve com a família (pai, mãe, irmã gémea e e irmão mais velho) em Nova Lamego na altura da segunda parte da comissão de serviço do pai (1970/71),entretanto falecido, em 1979, com o posto de capitão (*).
[Foto à esquerda: na inauguração de uma nova escola em Nova Lamego, na qual a Adelaide foi a menina branca a pegar na fita, segura do outro lado por uma menina preta, que se vê perto de dela, para o gen António Spínola cortar]
Conheceu então a violência da guerra mas também bebeu, aos 7 anos, a água do Geba,,, Guardou, numa caixinha especial da memória, as boas coisas desse tempo, dessa Guiné e das suas gentes ... Quarenta e tal anos depois, em novembro de 2015, voltou lá... Diz que foi a "viagem da sua vida".
(...) "Em 1970 aterrámos em Bissau onde o meu pai nos esperava ansiosamente, seguimos alguns dias depois para Nova Lamego onde ele estava colocado. Eu tinha 7 anos, sou gémea com uma irmã e tenho um irmão mais velho 1 ano. Somos a família Barata.
Quando chegou a hora dos meus pais decidirem juntar-se naquela terra, não conseguiram convencer-nos de que poderíamos separar-nos, não, fomos também. E até hoje agradeço por ter conhecido gente tão bonita, tão pura.
As primeiras letras da cartilha, foram-me desenhadas pelo Prof. José Gomes, na Escola que hoje se chama Caetano Semedo.
Aquele cheiro, a natureza comandada pelo calor húmido que sufoca e a chuva que cai como uma cascata sobre a pele e o cabelo que teima em não se infiltrar...cheguei a pedir à minha mãe para me deixar correr como aqueles meninos que se ensaboavam no meio da rua e com um chuveiro gigante que deitava tanta água de pingos grossos e doces.
Também me lembro de quem lá ficou para sempre, não éramos muitos. Tantas lembranças que me acompanharam toda a minha vida e eis que em 2015 o meu filho, foi trabalhar para a Tese em Bafatá, uma ONGD (energias renováveis) e eu voltei lá, agora com a possibilidade de visitar tudo, foi a viagem da minha vida.
O reencontro com gente que parece ter ficado à nossa espera este tempo todo. (...)
Aqui vão as primeiras fotos: Bissau, quarenta e tal anos depois, em 4/11/2015...
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Nota do editor:
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