sábado, 17 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17481: Estórias do Juvenal Amado (56): Em memória dos filmes que comecei a ver a meio

Cine-Teatro de Alcobaça

1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 16 de Junho de 2017:


ESTÓRIAS DO JUVENAL AMADO

56 - Em memória dos filmes que comecei a ver a meio

Gostei muito de cinema desde sempre e o Cine Teatro de Alcobaça, foi ponto de encontro de gerações de Alcobacenses.

Em miúdo com a minha tia ia ver os filmes do Joselito e Marisol mais tarde também me levou a ver filmes históricos em especial sobre as guerras napoleónicas, género que deixou de ser tema de interesse para as produtoras cinematográficas, pois há muito tempo, tirando uma versão do "Guerra e Paz", deixei de ver em cartaz esse género. Quando há tempos pela escrita do José Marques Vidal e Arturo Pérez-Reverte, voltei a lembrar-me do tema, revi mentalmente a batalha de Austerlitz, onde Napoleão derrota os exércitos russos, austríacos e ingleses, bem como outras venturas e desventuras do corso, que resolveu criar um Mundo à sua vontade até se afogar no seu próprio orgulho e melomania.

Mas também era comum juntar-me aos Mendes, ao Cafézinho, ao BiBi e outros miúdos, que numa das portas laterais, esperávamos que o porteiro, senhor Sílvio, nos desse uma borla e assim nos deixasse assistir aos filmes.
- ”Não façam barulho e espalhem-se, não os quero todos juntos” - dizia ele.

Depois do primeiro intervalo, lá íamos nós sem fazer barulho até ao 3.º balcão, razão essa, que tenho na memória os filmes que nunca vi o principio como o "Ben-Hur", o "Rei dos Reis",  o "Barrabás", "Spartacus", etc, etc. Esses ficaram para sempre amputados dos seus inícios pelas razões que acabei de apresentar.


Entretanto comecei a trabalhar, e com direito a semanada, pude assim comprar o bilhete e começar finalmente a ver todos os filmes desde inicio. Estava na época dos filmes "cobóis" "esparguete" com o Clint Eastwood, (quem diria que ele se faria num dos maiores realizadores do nosso tempo?) o Bud Spencer e Terence Hill etc, que gastavam mais balas na apresentação do que em todas as guerras do México. As pistolas de seis tiros disparavam sem cessar, nunca ficavam sem balas.

Também os filmes de karatê do Bruce Lee levavam legiões de admiradores, e era vê-los à saída do cinema, a gingarem-se e a imitar os tiques do actor. Simplesmente hilariante, quando ele era atacado por mais de vinte bandidos, que despachava num ápice. Ficava sempre para o fim um e esse, é que era sempre um rolha dura de roer. Entre gritos, chapadas e pontapés de toda a forma e feitio, o nosso herói tinha mais trabalho com esse do que com os outros vinte.

Por causa desses filmes logo apareceram escolas de karatê nas diversas modalidades, o que deu azo a episódios caricatos como o do meu amigo “Bife”, que acabado de ter a sua primeira aula de Tae Kon Don, se envolveu logo à pancada com outro junto ao campo de ténis.

Filmes completamente irracionais e sem ponta por onde se lhes pegar, mas a malta não sabendo mais o que fazer, ia ver as "coboiadas" de feios porcos e maus e ouvir o Pelé lá do 3.º Balcão, que em plenos pulmões tentava avisar o herói que os índios estavam emboscados ou que um bandido vinha à falsa fé para lhe fazer a folha.
As gargalhadas sucediam-se a cada nova exclamação do nosso bem conhecido angariador de peles de coelho e ferro velho. O velho Pelé também servia para as mães meterem medo aos filhos, que praticavam qualquer maldade, ou não queriam comer a sopa. A sua imagem andrajosa com um saco às costas, era assim aproveitada para o imaginário da garotada.

Também a Escola Técnica de Alcobaça, sob a batuta do professor Miranda, levava à cena as peças no Cine Teatro, que ensaiava para serem apresentadas nas suas festas anuais. Nunca me esqueci da peça "A Gaivota", de Anton Tchecov, e também quando o teatro de revista deixava o Parque Mayer e fazia digressões pela província.


Naquele tempo o Cine-Teatro abarrotava de espectadores e, na maioria dos casos, só ficavam livres as cadeiras obrigatoriamente guardadas para os descendentes do fundador António de Oliva Monteiro.

Depois fui para a tropa e para a Guiné, durante 3 anos não me deliciei com os filmes nem com a vivência ao redor dos mesmos.
Na Guiné, em Galomaro, fomos uma vez visitados pelos serviços de foto-cine do exército, se não estou em erro com o filme "Chaimite", na verdade um tema bem a propósito como é bom de ver. Foram exibidas duas sessões para dar oportunidade a quem estivesse de serviço, ver no dia a seguir. Numas das sessões, calhou-me fazer reforço na porta de armas e tive o maior assédio de lavadeiras que há memória, pois queriam que eu as deixasse entrar para ver o filme. Está claro que não podia deixá-las entrar sob pena de o Coronel me dar uma porrada de todo tamanho, mas devo ter ficado com fama de ser um bom filho p…… durante muito tempo.

Sei que havia salas de cinema em Bafatá e em Bissau, mas nunca lá fui ver nada. Se calhar porque só pernoitei uma vez em Bafatá, no seguimento da trágica morte do nosso camarada Teixeira, e em Bissau estive só de passagem e com pouco ou nenhum dinheiro.

Quando regressámos, deu-se a explosão com o fim da censura, as sessões sucediam-se para vermos os filmes até ali eram proibidos, ou revermos os que tinham sido amputados das cenas que a comissão da censura tinha resolvido cortar. Seguiram-se as sessões de pornografia, que eram exibidas depois da meia-noite.
Depois o declínio foi-se agravando, e não foi só em Alcobaça. As salas começaram ficar vazias por causa dos centros comerciais e das suas sessões continuas, da televisão, dos clubes de vídeo, que por sua vez foram à falência por casa da TV por cabo, onde podemos ver filmes a toda a hora sem se sair de casa, com a qualidade HD nos LED's de tamanho considerável com sistemas de som circundante.

O que virá a seguir não sei, talvez com máquinas de realidade virtual em que sejamos expectadores e actores ao mesmo tempo, com influência no guião do filme.
Ontem liguei a televisão, e estavam a exibir o filme "Cartas de Guerra". Já ia adiantado, mas mercê das novas tecnologias, voltei atrás para ver de principio. Gostei, apesar de algumas incongruências, digo eu, uma vez que a guerra que travámos na Guiné foi forçosamente diferente da de Angola pelo tipo, pelo espaço físico e também pelo antagonismo existente entre os três movimentos independentistas. O filme faz-me lembrar uma banda desenhada com grandes planos e muitas imagens falsamente paradas, em que o autor tenta transmitir ao espectador a dor, o isolamento, o desamor e a violência daqueles dias, usando um ambiente surreal. (A ver os "Vampiros" com textos de João Melo e desenhos de Juan Cavia, uma história de ficção passada na Guiné em 1972 ).
Fez-me reviver os nossos mortos, e as imagens a preto e branco, mais os gritos na escuridão, conferiram um efeito trágico e sufocante sobre as minhas próprias memórias.
Desejável seria que este filme fosse ponto de partida para mais registos devidamente aconselhados, por homens que sabem com conta peso e medida aplicar com rigor as recordações daquele tempo.

Hoje o Cine Teatro de Alcobaça continua lindo. Cinema pouco, mas chegam-me notícias de teatro, teatro de marionetes, bailado e também musica de vários géneros.
Os filmes é que parecem rarear naquele espaço mas isso é fruto dos tempos.

Um abraço
Juvenal Amado
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17029: Estórias do Juvenal Amado (55): O Dia da Defesa Nacional

8 comentários:

Hélder Valério disse...

Olá Juvenal

Passado o teu aniversário, vieste com as recordações....
Mas olha, hoje não é bom dia para grandes comentários.
O horroroso incêndio de Pedrógão e a inquietude que gera, não deixa grande disposição.

No entanto, e a correr, sempre te digo que essa caracterização que fazes do Cinema de Alcobaça (pela foto até parece bonito e moderno) não é muito diferente do que se passou (e passa) na generalidade das localidades em que as salas de cinema desapareceram e os filmes, quando os há, passam nas salas dos "centros comerciais".

Eu também pertenço à "geração do cinema".
Bem cedo assisti a vários filmes que a Secção Cultural da UDV (União Desportiva Vilafranquense) promovia, para os jovens das Escolas e que tinham bastante concorrência. Mais tarde, apesar do dinheiro não abundar e, já se sabe, "quem não tem dinheiro não tem vícios", lá me fui desenrascando, já que uma Senhora, minha vizinha, funcionava como 'arrumadora' no Cinema de Vila Franca e "adoptou-me" como "sobrinho" o que teve como consequência ter acesso, quase sempre, aos filmes para os quais a classificação etária permitia a minha assistência. E vi muitos! Vi quase todos os que por lá passaram, para "menores de 18" e depois "menores de 17"....

Hélder Sousa

Juvenal Amado disse...

É verdade Hélder os trágicos incêndios marcaram de forma muito profunda o dia dos meus 67 anos.
Aquela gente esteve submetida a verdadeiro inferno, lamento os mortos e endereço os meus mais sentidos pêsames, a todas pessoas que perderam familiares e em especial aos camaradas daquela região.

Um abraço

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Caríssimo Juvenal... Devia ser proibido fazer anos ao fim de semana...Esqueci-me de ti!... Estive em Caneças, no sábado, na Quinta da Fonte Santa, do Banco de Portugal, num almoço de homenagem a um amigo que fazia 75 anos...Fiz-lhe um discurso e um soneto...

A brutal temperatura, apesar da esplêndida mata que cobre a quinta, fez-me lembrar o calor da Guiné... E ao fim da tarde, na praia da Areia Branca, houve trovoada seca, seguida de grossas bátegas... Voltei de novo a pensar na "nossa terra, verde e rubra"...

Mas estava longe de imaginar a tragédia que se abateu sobre Pedrógão Grande!... O mesmo é dizer sobre o Portugal eucaliptizado e abandonado, o Portugal pobre, envelhecido, riférico, do interior... Como foi possível, perguntam as "virgens púdicas" ?

Com um abraço fraterno, atrasado, quero-te dizer que adorei o teu texto sobre o cinema dos nossos verdes anos... A imagem que eu tenho de meados dos anos 50, era de entrar no cinema lá da minha terra, "escondido" entre as pernas do meu pai...já com a fita a rodar, e a sala às escuras para não dar nas vistas.... Portanto, também não apanhava o início dos filmes...

Tu que continuas a ser cinéfilo, deves ter visto, por certo, o filme do italiano Giuseppe Tornatore... "Cinema Paradiso" (1988)... Se não viste, é daqueles que tens de ver (e rever)... antes de morrer. Porque no céu não há disto!... E as recordações infanto-juvenis são únicas...

http://www.ochaplin.com/2013/08/uma-analise-sobre-cinema-paradiso-de-giuseppe-tornatore.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

E já agora deixa-me dar-te os parabéns pelo edifício do Cine-Teatro de Alcobaça!... Não conheço, mas as fotos que publicaste fizeram-me logo pensar na "arte nova" e no(s) Korrodi!... Fizeram-se belos edifícios no tempo da "outra senhora", alguns dos quais o "camartelo camarário democrático", aliado à ganância, estupidez e mau gosto dos nossos "patos bravos", se encarregou de destruir para sempre!...

Parabéns à tua autarquia por ter salvo e recuperado este belíssimo equipamento de que a tua terra se pode orgulhar! Aqui vai um excerto do sítio da CM Alcobaça:

http://www.cm-alcobaca.pt/pt/menu/417/cine-teatro-de-alcobaca.aspx

(...) Nos anos quarenta do séc. XX surge o Cine-Teatro de Alcobaça, na Rua Afonso de Albuquerque, com comodidades e adaptado aos novos tempos que surgiam na época, este novo edifício é propriedade da empresa Almeida, Monteiro e Leitão, no entanto, é ao espírito empreendedor de João D’Oliva Monteiro que se deve a idealização desta nova sala de espetáculos da autoria do ilustre Arquiteto suíço que se estabeleceu em Leiria em 1890, Ernesto Korrodi e de seu filho Camilo Korrodi.

O Arquitecto Ernesto Korrodi muito fez pelo património edificado do nosso país. Para além do seu vasto trabalho na recuperação do património histórico - como é o caso da recuperação do Castelo de Leiria - foi um dos expoentes da Arte Nova em Portugal, tendo recebido vários galardões entre os quais o Prémio Valmor.

Morre a 3 de Fevereiro de 1944, tendo o seu espólio documental sido dividido em dois. A parte técnica permaneceu no gabinete do filho, Camilo Korrodi e de outro arquitecto, Celio Cantante, enquanto que a parte escrita, correspondência e apontamentos diversos estão na posse de outros familiares herdeiros.

O estilo arquitectónico do Cine-Teatro de Alcobaça é só por si bastante interessante uma vez que conjuga harmoniosamente vários estilos e períodos. O Arquitecto Ernesto Korrodi (pai) era claramente um defensor da Arte Nova tal como referido anteriormente, enquanto que seu filho, Camilo, seguia as novas correntes arquitetónicas em voga, inserindo no edifício alguns elementos dos finais do período da Arte Déco com transição para o Modernismo/Funcionalismo, o que conduziu ao resultado a que muitos nos habituámos a ver ao longo dos anos.

O edifício do Cine-Teatro de Alcobaça é um feito importantíssimo não só na carreira dos Arquitetos Korrodi, como também na história da arquitetura portuguesa dos anos 40.

Não se pode deixar de salientar o grande interesse arquitetónico do painel escultórico em baixo-relevo na fachada principal, da autoria de Luís Fernandes, que tanto brilho confere àquele edifício.

No dia 18 de dezembro de 1944 inaugura-se o Cine-Teatro de Alcobaça, considerado por muitos um dos mais belos do país, não ficando abaixo dos mais chiques da capital. A lotação da sala, na época, era de 732 lugares e as exibições cinematográficas eram às quintas-feiras e aos domingos. (...)

Depois disto, o Cine-Teatro foi apresentando peças de teatro, revistas, concertos e filmes ao longo dos anos, tornando-se o foco principal da vida social e cultural de Alcobaça e seus arredores.

No final dos anos 80, a sala do Cine-Teatro de Alcobaça passa a ser explorada pela Empresa Lusomundo, exibindo filmes aos Domingos, terças, quintas, sextas e sábados.

Em 1998 a Câmara Municipal de Alcobaça adquire o edifício com o intuito de proceder à sua recuperação, o que finalmente acontece em 2002 com o início das obras de recuperação e reconstrução do novo edifício do Cine-Teatro de Alcobaça.

A 12 de novembro de 2004 encontramo-nos perante uma nova fase da história deste edifício, com a sua reabertura ao público.

O espaço foi completamente reabilitado e adaptado às novas necessidades, com equipamento de som, luz e palco, capaz de acolher qualquer espetáculo. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Juvenal, no Face da nossa Tabanca Grande ainda acrescentei o seguinte ao meu comentário anterior:

Mas estava longe de imaginar a tragédia que se abateu sobre Pedrógão Grande!... O mesmo é dizer sobre o Portugal eucaliptizado e abandonado, o Portugal pobre, envelhecido, periférico, do interior... Como foi possível, perguntam as "virgens púdicas" do costume, face a uma tragédia como esta, daquelas há muito anunciadas ?

Acho que todos devemos ter um sentimento de culpa, pelo que aconteceu, com o nosso laxismo, o nosso deixa andar, o nosso nacional-porreirismo, o nosso voto nos partidos do poder que não têm tido a coragem e a lucidez de fazer a reordenação e a regulamentação da nossa floresta!

... A nossa raiva também é reveladora da nossa impotência. Também deixámos arrastar a p... da guerra, durante 13 anos, sem qualquer solução à vista!...

Juvenal Amado disse...

Começo por te agradecer as palavras e dar-te razão, porque a culpa é de todos nós. No face não tardam a aparecer todo o tipo de comentários. Alguns bem a propósito fazem a destrinça sobre o que é e o que representa a falta de acção para com a floresta outros voltam à velha ladainha que antigamente........é que era.
Pinheiros e eucaliptos mesmo na berma da estradas transformam-se em perigosas armadilhas como foi o caso.

Quanto ao filme Cinema Paraíso já o vi algumas vezes e emociona-e sempre. Comecei por o ter em VHF e posteriormente em Video que guardo religiosamente.
Também o carteiro de Pablo Neruda é também um dos filmes de eleição que não me canso de ver e saborear.
Há tempo deliciei-me com uns pequenos filmes com a Sofia Loren, que sendo apanhada a vender tabaco de contrabando só se safou da prisão porque estava grávida. Assim a pena ficou para cumprir quando parisse mais uns meses de aleitação. Resultado, passou a ter filhos uns atrás dos outros. O Marcelo Mastroiano que era o marido sofre de uma exaustão sexual e já nada consegue fazer. Resultado a Sofia vai para a prisão com o ultimo filho acabado de nascer. Às vezes na RTP Memória apanhamos estas maravilhas.


Lembro-me de um filme que vi criança que se não estou em erro chamava-se Marcelino Pão e Vinho . Bom o filme fez-me cá uma confusão porque há uma cena de um funeral em que vai uma banda a tocar. Moí a cabeça à minha tia porque se era um funeral porque raio é que tinha musica.

Anónimo disse...

Amigo Juvenal,
Fizestes com que eu voltasse ao Teatro Faialense, na bela e pequena cidade da Horta. Sempre adorei aqueles filmes épicos das eras romanas e gregas, mas tinha um fraco especial para os filmes sobre a II Guerra Mundial.
Hoje, com muita pena minha, nada é como então. Se agora é melhor certamente que estou a perder o comboio.
Abraço transatlântico.
José Câmara

Juvenal Amado disse...


Como informação complementar transcrevo aqui notícia do jornal Região de Císter


As sessões de cinema vão regressar ao Cine-teatro João d’Oliva Monteiro, em Alcobaça, a

partir do próximo mês de setembro.

As exibições estão previstas para as quartas-feiras à noite e domingos de manhã haverá cinema para as crianças. “A extensa programação do Cine-teatro não permite reservar o equipamento para cinema ao fim de semana, mas penso que será um bom hábito ir ao cinema às quartas-feiras à noite”, justificou a vereadora da Cultura da Câmara de Alcobaça, Inês Silva. A sala cultural está agora preparada com equipamento de projeção para cinema digital, tendo as mesas de som e de luz sido também susbtituídas.

O cinema estava suspenso no Cine-teatro desde 2015 pela falta de películas para a máquina existente.