É o grã-tabanqueiro nº 749. (**)
É verdade que ele não é muito fã da Internet, não tem página no Facebook, mas tem caixa de correio. Falámos ao telefone, estava a ele a preparar-se para arrancar para férias. Falei-lhe do Valdemar Queiroz e do Zé Saúde. Confirmou que há muito o Valdemar Queiroz tem insistido com ele para aderir à Tabanca Grande. Falei-me dos tempos de Contuboel, quando estivemos junto no Centro de Instrução Militar, a dar instrução ao pessoal do recrutamento local, oriundos da região leste, e que foram a base das nossas duas companhias, a CART 2479 / CART 11 e a CCAÇ 2580 / CCAÇ 12. Prometei-me que, no regresso de férias, depois de agosto, ir vasculhar o seu album fotográfico da Guiné, à procura de fotos de Contuboel.
Confirmou-me igualmente que tem ascendência espanhola do lado do avô. Serpa, terra raiana, sempre teve uma relação especial, para o melhor e para o pior, com a vizinha Espanha. E é hoje a catedral do cante.
A nossa Tabanca Grande sente-se honrada com a presença do serpense Manuel Macias, ex-fur mil, 4º Gr Comb, CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus" (Contuboel, Nova Lamego e Paunca), e espera que ele possa contribuir, dentro das suas possibilidades, para o enriquecimento do nosso património documental.
Desta subunidade, já fazem parte da nossa Tabanca Grande, o Valdemar Queiroz, o Renato Monteiro, o Abílio Duarte. Gostaríamos que o Cândido Cunha fosse o próximo...
2. Sobre a CART 2479 / CART 11, sabemos o seguinte:
(i) a CART 2479 [tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue) constituiu-se no RAL 5 em Penafiel, no ano de 1968, como subunidade do BART 2866, desmembrando-se desta unidade em fevereiro de 1969, e embarcando com destino à Guiné no dia 18, aonde chegou a 25 do mesmo mês;
(ii) o percurso operacional da CART 2479 na zona leste, foi longo, fixando a sua sede em Nova Lamego, no Quartel de Baixo em setembro de 1969;
(iii) passou por Contuboel, Bissau, Contuboel, Piche, Nova Lamego, Piche;
(iv) comandante: cap mil art Analido Aniceto Pinto (1/6/1934- 27/2/2014) (trabalhou na Galp Energia);
(v) foi extinta em 18 de janeiro de 1970, passando a companhia a designar-se CART 11 [, tem cerca de 8 dezenas de referências no nosso blogue];
(vi) em maio de 1972 a CART 11 passou a designar-se CCAÇ 11 [tem cerca de 4 dezenas de referências]. (***)
______________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 25 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17618: (De)Caras (92): "We Want You", Manuel Maria Candeias Macias, natural de Aldeia Nova de São Bento (Serpa), presença regular na Tabanca da Linha, ex-fur mil 4º Gr Comb da CART 2479 / CART 11, "Os Lacraus», Contuboel, Nova Lamego, Paunca 1969/70 (Valdemar Queiroz / Manuel Resende / Abílio Duarte)
(**) Último poste da série > 16 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17586 Tabanca Grande (441): António Abrantes: foi cadete em Mafra, em julho de 1961, com o Manuel Alegre, Arnaldo de Matos e outros, sendo o Ramalho Eanes tenente; foi alferes mil, CCAÇ 423 (São João e Tite, 1963/65); senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 748.
(***) vd. poste de 1 de agosto de 2006 > Guiné 63/74 - P1015: CART 2479, CART 11 e CCAÇ 11 (Zona Leste, Gabu, subsector de Paunca) (Carlos Marques Santos)
11 comentários:
Benvindo, Manuel Macias.
Um dos homens da companhia que mais nomes teve na Guiné.
Até passou de artilharia a infantaria.
Abraço.
... Sem ofensa para os "Lacraus", os artilheiros diriam que era passar de cavalo para burro... Na prática, eles foram sempre uma subunidade de intervenção, tal como a CCAÇ 12, ao serbviço da defesa da Guiné, em geral, e do chão fula, em particular...
Olá MACIAS,
Bemvindo ao nosso Blog.
Já cá estamos o Monteiro, o Valdemar, o Cunha, e eu.
Tenho que te acompanhar, nos próximos almoços da linha, para sermos muitos. Abraço.
E já lá vão (47) quarenta e sete anos. É de aguentar.
Olá MACIAS,
Bemvindo ao nosso Blog.
Já cá estamos o Monteiro, o Valdemar, o Cunha, e eu.
Tenho que te acompanhar, nos próximos almoços da linha, para sermos muitos. Abraço.
E já lá vão (47) quarenta e sete anos. É de aguentar.
Ó Macias entrar prá Tabanca Grande é mais fácil que fazer segurança na construção das pontes na picada/estrada pra Cabuca. Nem precisas de cantar o 'lírio roxo'.
Também gostava de acompanhar nos almoços da linha, mas a DPOC é fo____. Pró próximo vou tentar.
Queiroz
Pois que este amiga seja bem-vindo e que potencie a entrada de outros.
Estive na mesa dele no último almoço da "Tabanca da Linha" e é boa companhia.
Além disso também me parece que ajuda a abrilhantar a "Tertúlia do Central Park" mas disso quem sabe melhor é o Armando Pires.
Abraço
Hélder Sousa
Hélder, temos que fazer o levantamento das tabancas e tertúlias do pessoal que foi bater com os costados à Guiné, no bom tempo..."Tertúlia do Central Park" ? É a primeira vez que oiço falar dela... De qualquer modo, o nosso Tabancal é um fenómeno curioso, qualquer dia aparece aí um doutorando a interessar-se pelo tema e a fazer uma tese de doutoramento em sociologia da(s) sociabilidade(s)... A da malta da guerra da Guiné é um caso, à parte... Mas é um "caso sério"...
Estás a ver que a pretexto de uma "batatada" (sic) de peixe seco, foi convocada a Tabanca de Porto Dinheiro, para 2ª feira, dia 31, às 19h, tabanca que só costuma reunir uma vez por ano... no nosso querido mês de agosto!...
Hélder, estás convidado para a "batatada" e, se quiseres ficar na Lourinhã, ainda há dois sofás-cama, na minha "guest house", da rua da Misericórdia... para não teres que regressar, à noite, a Setúbal com a barriga cheia de peixe seco de cinco estrelas...
Olá Luís
Isso da "Tertúlia (e não 'Tabanca') do Central Park" foi uma designação que me ocorreu, assim de repente, para identificar o conjunto de pessoas, na generalidade reformados, na generalidade antigos combatentes, na maioria conhecedores da Guiné, que por hábito se encontram em algumas tardes num espaço comercial ali à entrada de Linda-a-Velha quando se vem da A5 e que se chama "Central Park", daí o nome....
Conheço o local por várias razões e conheço as circunstâncias dos encontros por um acaso, pois num dia em que parei lá e fui tratar de um assunto, deparei-me com a rapaziada e reconheci e fui reconhecido por alguns deles.
Havia muito boa, divertida e 'corrosiva' gente, mas o mais 'mediático' era o Armando, como disse.
Quando ao "Porto Dinheiro" não foi nada que não tivesse pensado quando li o artigo e o 'post' mas isto tem andado complicado e em maré menos feliz. O meu carro, já velhote, parece ter vontade própria e apesar de ser 'turbo-diesel' meteu-se a querer ser só 'diesel' pelo que está na oficina em 'tratamento'..... estava a andar num carrito emprestado e quando esta tarde ia para Lisboa (já à pressa, como de costume) recusou-se a andar mais quando estava na A2 ainda antes das portagens de Coina.
Pronto, as pressas deram em vagar. Contactar a Assistência, esperar o reboque, levá-lo para a oficina no Pinhal Novo e depois.... bem, a saga continua.
Por isto, e mais umas coisitas, será praticamente impossível ir à "batatada", embora ainda talvez possa haver uma esperançazita.
Pelo menos fica a intenção e o agradecimento pelo convite.
Hélder Sousa
Valdemar, estou a tentar imaginar o Macias, pela picada de Cabuca, com os seus "lacraus", a trautear o
Meu lírio roxo
Meu lírio roxo do campo,
criado na primavera.
Quem me dera, amor, saber, Ai! Ai!
A tua intenção qual era!
A tua intenção qual era,
qual era o teu proceder.
Meu lírio roxo do campo, Ai! Ai!
Quem te pudesse ir colher.
Quem te pudesse ir colher.
Oh! meu amor quem me dera!
Desejava, amor, saber, Ai! Ai!
A tua intenção qual era!
É linda esta canção tradicional do Alentejo!
letra e partitura aqui:
http://www.cantarmais.pt/pt/cancoes/tradicionais/cancao/meu-lirio-roxo
28 de julho de 2017 às 10:06 Eliminar
Luís, o cante do Macias era mais na 'caserna', na picada para Cabuca a intenção era cantando muito bem calado.
Valdemar Queiroz
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