Recortes da primeira página do "Diário de Lisboa", nº 17097Ano: 50, Segunda, 27 de Jjulho de 1970, 1ª edição (Director: António Ruella Ramos).
Citação:
(1970), "Diário de Lisboa", nº 17097, Ano 50, Segunda, 27 de Julho de 1970, Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_6808 (2019-12-16)
Reprodução, com a devida vénia:
Fonte: Casa Comum
Instituição:
Fundação Mário Soares
Pasta: 06616.154.24969
Título: Diário de LisboaNúmero: 17097Ano: 50Data: Segunda, 27 de Julho de 1970Directores: Director: António Ruella RamosEdição: 1ª ediçãoObservações: Inclui supl. "Desporto".Fundo: DRR - Documentos Ruella RamosTipo Documental: IMPRENSA
1. Salazar morria às 9h15 do dia 27 de julho de 1970, segunda feira, na Casa de Saúde da Cruz Vermelha. O funeral foi marcado para quinta feira, em Santa Comba Dão, sua terra natal.
Entretanto, na Guiné prosseguiam intensas buscas, mobilizando "milhares de soldados de todas as armas, auxiliados pelas populações locais" (,segundo notícia dfa ANI), nas imediações do Rio Mansoa, na zona em que se presumia que tivesse caido o helocópterio, pilotado pelo alf mil Francisco Lopes Manso. e que transportava 4 deputados da Assembleia Nacional, em visita ao CTIG (James Pinto Bull, Pinto Leite,Leonardo Coimbra e José Vicente Abreu) mais um capitão do exército (cap cav José Carvalho de Andrade), que os acompanhava. O helicóptero, com mais outros dois, vinha de Teixeira Pinto para Bissau quando terá sido apanhado por um violento tornado.
Durante o resto do mês de julho não haverá mais notícias, no "Diário de Lisboa", sobre este "acidente" na Guiné...
Durante o resto do mês de julho não haverá mais notícias, no "Diário de Lisboa", sobre este "acidente" na Guiné...
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20458: Recortes de imprensa (108): A morte dos quatro deputados à Assembleia Nacional, em visita ao CTIG, no acidente de helicóptero, em 25/7/1970 ("Diário de Lisboa", 26/7/1970)
4 comentários:
Estava cá de férias e não se 'badalou' muito sobre o queda do helicóptero.
Lembro-me no dia do funeral do Salazar ter ido para a praia de Paço d'Arcos e havia uns tipos a chatear, não toda a gente, dizendo 'aqui na praia? hoje é o funeral do Salazar'. Talvez por ter cabelo e cara de 'apanhado do clima', mim não chatearam.
Valdemar Queiroz
Lembro-me perfeitamente desta edição do Diário de Lisboa, um vespertino que eu comprava todos os dias e que sujava as mãos de tinta como nenhum outro. Além do DL, eu comprava os semanários Comércio do Funchal e Notícias da Amadora, além do mensário Jornal do Centro, que teoricamente se publicava na Pampilhosa, mas de facto era de Coimbra.
Lembro-me ainda de que o Notícias da Amadora deu o maior dos destaques possíveis à morte de Pinto Leite, muito mais do que à dos restantes deputados. Publicou páginas e páginas sobre ele. Segundo este semanário, com Pinto Leite tinha morrido a esperança de um futuro melhor e muito mais livre para Portugal.
De resto, foi só após a morte de Pinto Leite que Sá Carneiro se destacou como líder da Ala Liberal, tendo acabado por romper com o regime.
Entretanto, foi a minha vez de ser mobilizado para Angola. Continuei a assinar, em Angola, o Comércio do Funchal e o Jornal do Centro, mas não o Notícias da Amadora nem o Diário de Lisboa.
Ah!Ah!AH1 sobre essa da praia.Trabalhei na docapesca e nem aí que eram situacionistas obrigaram ao luto.
JDias
JDias
Ah!Ah!Ah! ???
Eu disse que na Estação de Paço d'Arcos estavam lá uns fulanos com uma conversa +/- 'dia do funeral de Salazar e a virem pra praia' para estabeleceram confusão. Mas ninguém foi obrigado a não ir à praia.
Julgo que nem foi feriado.
Valdemar Queiroz
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