O Caxria esteve com o meu pai, Luís Henriques (1920-2012) em São Vicente, entre 1941 e 1943, ambos mobilizados pelo RI 5 (Caldas da Rainha) e integrados no RI 23.
Durante mais de meio século os dois iam, todos os anos ou quase todos os anos, ao convívio do seu batalhão, nas Caldas da Rainha. Era o Caxaria, que vivia em Lisboa, que dava boleia, de carro, ao meu pai.
Conheci-o pessoalmente no Restaurante Foz, na Praia da Areia Branca, não há muitos anos, talvez por volta de 2012, ano em que morreu o mei pai.. Era um hoimem afável e jovial, vendendo saúde aos 90 e tais anos!... E chegou a visitar os maus pais, no Lar de Nossa Senhira da Guia, na Atalaia.
Aos sábados, era frequente encontrá-lo lá, no Restaurante Foz, com o filho, nora e netos...Prometi-lhe que o iria visitar um dia na sua quinta, em São Bartolomeu dos Galegos, Lourinhã... Queria ver o seu álbum de fotografias do Mindelo e São Vicente. E falar desse tempo, das suas recordações, da sua amizade e camaradagem com o meu pai e outros conterrâneos que passaram pelo RI 23.
Sei que a família fez-lhe uma bonita dos festa dos 100 anos. Ia sabendo notícias dele através do filho ou do Restauante Foz. Hoje recebo a triste notícia de que chegou ao fim a sua viagem terrena. Aprontava-me para ir ao seu funeral mas vejo que, por vontade expressa da família, as cerimónias fúnebres são restritas ao círculo familiar.
Mesmo assim, estando em Lisboa, quero ver se ainda dou um salto à Lourinhã, para estar às 3 e picos, à porta da Igreja do Convento de Santo António, para lhe dizer um "Até sempre, meu pai, meu velho, meu camarada!"... Porque os pais dos nossos camaradas, para mais tendo sido expedicionários no Ultramar, também são nossos pais e camradas.
A um dos filhos, que conheço pessoalmente, o eng. Carlos Augusto Amaro Caxaria, especialista em geologia e minas (, que foi presidente, de 2013 a 2016, da EDM-Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A.), endereço as minhas condolências, em meu nome pessoal, em nome da família do Luís Henriques e em nome também da Tabanca Grande (onde temos aqui vários filhos de antigos expedicionários que foram contemporâneos do Caxaria, em Cabo Verde: o Hélder Valério Sousa, o Augusto Silva Santos, o Luís Dias, o Nelson Herbert).
PS - E peço desculpa à família se algumas vezes troquei o apelido do António: Caxaria, e não Caixaria, lapso de resto já corrihido no blogue.
Durante mais de meio século os dois iam, todos os anos ou quase todos os anos, ao convívio do seu batalhão, nas Caldas da Rainha. Era o Caxaria, que vivia em Lisboa, que dava boleia, de carro, ao meu pai.
Conheci-o pessoalmente no Restaurante Foz, na Praia da Areia Branca, não há muitos anos, talvez por volta de 2012, ano em que morreu o mei pai.. Era um hoimem afável e jovial, vendendo saúde aos 90 e tais anos!... E chegou a visitar os maus pais, no Lar de Nossa Senhira da Guia, na Atalaia.
Aos sábados, era frequente encontrá-lo lá, no Restaurante Foz, com o filho, nora e netos...Prometi-lhe que o iria visitar um dia na sua quinta, em São Bartolomeu dos Galegos, Lourinhã... Queria ver o seu álbum de fotografias do Mindelo e São Vicente. E falar desse tempo, das suas recordações, da sua amizade e camaradagem com o meu pai e outros conterrâneos que passaram pelo RI 23.
Sei que a família fez-lhe uma bonita dos festa dos 100 anos. Ia sabendo notícias dele através do filho ou do Restauante Foz. Hoje recebo a triste notícia de que chegou ao fim a sua viagem terrena. Aprontava-me para ir ao seu funeral mas vejo que, por vontade expressa da família, as cerimónias fúnebres são restritas ao círculo familiar.
Mesmo assim, estando em Lisboa, quero ver se ainda dou um salto à Lourinhã, para estar às 3 e picos, à porta da Igreja do Convento de Santo António, para lhe dizer um "Até sempre, meu pai, meu velho, meu camarada!"... Porque os pais dos nossos camaradas, para mais tendo sido expedicionários no Ultramar, também são nossos pais e camradas.
A um dos filhos, que conheço pessoalmente, o eng. Carlos Augusto Amaro Caxaria, especialista em geologia e minas (, que foi presidente, de 2013 a 2016, da EDM-Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A.), endereço as minhas condolências, em meu nome pessoal, em nome da família do Luís Henriques e em nome também da Tabanca Grande (onde temos aqui vários filhos de antigos expedicionários que foram contemporâneos do Caxaria, em Cabo Verde: o Hélder Valério Sousa, o Augusto Silva Santos, o Luís Dias, o Nelson Herbert).
PS - E peço desculpa à família se algumas vezes troquei o apelido do António: Caxaria, e não Caixaria, lapso de resto já corrihido no blogue.
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > "Parada do Dia 14/8/1942. Foto Melo"... No verso, escrito pelo punho de Luís Henriques: "Comemoração de Aljubarrota em São Vicente. Desfile de todas as tropas e viaturas. A 1ª e a 3ª companhaias do RI 5"... Seguramente que o fur mil António Caxaria também participou neste desfile,,, Infelizmente não tenho nenhuma foto dele com o meu pai... Foto do álbum de Luís Hnriques (1920-2012).
[ O nosso camarada e grã-tabanqueiro Adriano Miranda Lima,. cor inf ref, natural do Mindelo,a viver em Tomar, e agora autor de um livro sobre os expedicionáriso em Cabo Verde ao tempo da II Guerra Mundial, descreve o sítio, num poste do blogue Praia de Bote, como sendo a Rua do Coco, e chama a a atenção para o pormenor do comandandante da companhia em segundo plano, e que vem a cavalo, como era hábito ainda na época. O dia 14 de agosto é o dia da Infantaria, ]
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Nota do editor:
9 comentários:
Assim como José Maria Hermano Baptista, o último combatente português do CEP, (https://pt.wikipedia.org/wiki/José_Maria_Hermano_Baptista), António Correia Caxaria, deverá terá o seu lugar na história, apesar destas expedicionários terem sido sempre esquecidos.
Apresento à Exmª Família deste nosso camarada, as minhas condolências.
Aproveitando a referência ao nosso camarada Coronel Adriano Miranda Lima, pergunto se existe algum camarada que tenha o seu contacto.
Tenho procurado noticias do seu livro sobre a Expedição a Cabo Verde, mas além da noticia dada no blogue, nada mais encontro.
Pesquisando o catálogo na Biblioteca Nacional, ainda não existe referência.
Zé Martins, trata-se de edição de autor. O endereço de email que eu tinha está desatualizado. Sei que ele mora em Tomar. Ele colabora regularmente no blogue Praia de Bote
https://mindelosempre.blogspot.com/
Tenho um amigo em Tomar, também filho de militar. Posso que haja o livro à venda em Tomar. Também gostava muito de o adquirir e ler. Mas o Adriano Miranda Lima tem andado arredido do nosso blogue..,
Vamos juntar esforços paar localizar o nosso camarada coronel Ariano Lima que tem no nosso blogue 15 referências:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Adriano%20Lima
O RI 17 também forneceu "expedicionários" para a defesa de Cabo Verde na II GUerra Mundial... E o nosso blogue deu, ao Adriano Lima, toda a colaboração possível.
Hoje, infelizmente, morre o último expedicionário. Não acredito que haja sobreviventes... Ia fazer 103 anos. É é obra, acamaradas!... E sempre com um sorriso, aquele homem, que eu tenha pena de não ter conhecido mais cedo... Epero que o filho, o engº Carlos Caxaria, nos deixe um dia consultar o álbum fotográfico do pai...
Curiosamente, ele era do mesmo ano de nascimento do Manuel Ferreira, o autor e "Hora di Bai", que foi mobilizado pelo RI 7 (Leiria). Seguramente que se conheceram, numa cidade pequena como Mindelo ao tempo da II GUerra MUndial, em que havia um militar para meos de 5 habitantes...
Olá
Penso que, em Tomar, o Carlos Pinheiro talvez possa dar uma ajuda.
Hélder Sousa
Vd. aqui a capa do livro:
7 DE FEVEREIRO DE 2020
Guiné 61/74 - P20627: Agenda cultural (727): lançamento, hoje, às 18h00, no Mindelo, ilha de São Vicente, da obra "Forças Expedicionárias a Cabo Verde na II Guerra Mundial”, do cor inf ref e nosso grã-tabanqueiro, Adriano Miranda Lima
Tive conhecimento, não podendo indicar a data do ultimo "reconhecimento", de que existe/existia, em Ourém, um camarada de nome ANTÓNIO GOMES, Soldado Expedicionário, com a idade de 101 anos.
Obrigada por esta bonita publicação.
O meu avô ia gostar muito.
Agradeço-lhe este bonito texto sobre o meu pai.
Bem haja.
António Manuel Caxaria
Um grande abraço de agradecimento pelas suas palavras.
Apesar de já ter passado quase dois anos, penso nele todos os dias com saudade.
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