Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 8 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21054: Notas de leitura (1288): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (3) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 22 de Março de 2017:
Queridos amigos,
Muitos foram os historiadores e investigadores que se debruçaram sobre o pensamento e ação de Amílcar Cabral, basta pensar em Patrick Chabal, Mustafah Dhada ou Lars Rudebeck. Porém, nenhum deles foi tão longe no aprofundamento do estudo da ideologia de Cabral, na análise da gestão da orgânica política e militar do PAIGC, nas tensões internas que se esboçaram entre políticos e militares, sobre qual tipo de socialismo o líder histórico procuraria praticar após a independência.
Julião Soares Sousa é um investigador altamente documentado, usa a propósito testemunhos de participantes e maneja a observação e a dedução em torno do líder histórico com inegável mestria e independência. O que, insiste-se, torna esta obra uma referência incontornável para estudar os fundamentos históricos da Guiné-Bissau a partir da vida e obra de um dos maiores revolucionários africanos de sempre.
Um abraço do
Mário
Amílcar Cabral visto por Julião Soares Sousa:
Uma biografia incontornável, agora revista e aumentada (3)
Beja Santos
“Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016: tenho para mim que é a biografia do líder histórico do PAIGC, escrita em língua portuguesa, que nenhum estudioso ou interessado na história da Guiné-Bissau ou nas lutas de libertação que ali se travaram pode dispensar. Nenhum outro investigador de Amílcar Cabral coligiu tanta documentação, desfez mitos e quimeras e enquadrou com perspicácia e isenção o homem, a sua ideologia, a sua causa, nos tempos e na circunstância em que atuou e em que perdeu vida, assassinado pelos seus próprios companheiros de luta.
Convém relembrar, telegraficamente, os elementos já biografados, a infância, a formação e os estudos em ambientes cabo-verdianos, a preparação universitária em Lisboa e a conscientização anticolonial; o nacionalismo guineense e como Amílcar Cabral congeminou os fundamentos ideológico-estratégicos da unidade Guiné e Cabo Verde; a passagem à clandestinidade e o exílio, as tensões em Conacri e em Dakar com os outros movimentos de libertação, a acreditação do PAIGC em África e no mundo socialista; a preparação para a luta armada com o auxílio da China e da URSS e de alguns países africanos.
Estamos agora num ponto importante do trabalho de Julião Soares Sousa: o pensamento e a ação de Cabral, a sua originalidade a partir da análise da sociedade guineense, mas também no confronto com o colonialismo português e o modelo montado pelo Estatuto do Indigenato; a sua produção teórica foi manifestamente inovadora sobre o papel da cultura no processo de libertação nacional. A par desta teoria e prática revolucionária, Cabral foi montando dentro dos movimentos de libertação das colónias portuguesas uma ofensiva diplomática em África, nas Nações Unidas, junto dos países comunistas e nos fóruns revolucionários. A luta armada conheceu logo em 1963 o grande sucesso que foi a desarticulação da região Sul e a abertura da frente Norte de tal modo que se chega a 1964 com a presença portuguesa muito reduzida na região Sul, o rio Corubal fica praticamente sem controlo das forças armadas portuguesas e a frente Norte corta o acesso a Bafatá, este eixo vital para o abastecimento do Leste processar-se-á através de Bambadinca até finais de 1969, a partir daí o porto do Xime ganha preponderância. Cabral contava com muito auxílio africano, praticamente não chegou. Este fenómeno teve diferentes causas: a grande rivalidade e proliferação dos movimentos nacionalistas da Guiné e de Cabo Verde, no início da década de 1960; a vaga de instabilidade política com golpes de Estado e a profunda divisão entre países moderados e os radicais de tendência revolucionária. Cabral não desiste, pede armamento, a URSS torna-se no principal fornecedor, mais tarde serão aceites apoios cubanos e chegar-se-á mesmo, dos anos 1960 para os anos 1970 a receber apoio escandinavo não militar.
Cabral teve que agir com firmeza logo no Congresso de Cassacá, em Fevereiro de 1964, cortou cerce os abusos contra a população, viu aprovado um plano de reformas e de reorganização que os diferentes estudiosos do PAIGC dão como cruciais para a implantação do PAIGC e que se traduziram por: organização do partido; criação das FARP; reforço das guerrilhas em todo o território; criação do exército popular e das milícias populares. Era também a guerra pela conquista da população numa fase em que as forças armadas portuguesa agiam com grande beligerância, o General Arnaldo Schulz pretendia fazer uma ofensiva militar à custa de bombardeamentos, Lisboa assegurou-lhe um aumento significativo de efetivos e deu-lhe luz verde para começar o processo da africanização da guerra, com a formação de milícias, depois de caçadores nativos e até de forças especiais; além disso, Schulz não descurou a aliança histórica com os chefes islamizados enquanto desenvolvia um plano de ocupação do território, de ofensivas sobre o Morés e outros santuários. Nas Palavras de Ordem, de 1965, Cabral escrevia: “Temos de destruir tudo quanto pode servir ao inimigo para continuar a sua dominação sobre o nosso povo, mas temos ao mesmo tempo que ser capazes de construir tudo o que é necessário para criar uma vida nova na nossa terra”. Note-se que Cabral foi cuidadoso com as destruições, tinha noção que havia infraestruturas indispensáveis para depois da independência, mas não se coibiu de mandar dinamitar pontes que eram estratégicas para o seu inimigo, caso da ponte sobre o rio Gambiel, que ligava o centro localizado em Mansoa até Bafatá. Cabral encorajou as populações das “áreas libertadas” a aumentarem a produção, a prover a alimentação dos combatentes, a venderem produtos no mercado exterior (fundamentalmente na Guiné Conacri) para se adquirirem bicicletas, sal, sandálias, sabão e tecidos. Em finais de 1966, abastecimento agravou-se, os raides da aviação portuguesa atingiam seriamente a produção e as colheitas, foi por esse tempo que se acelerou a criação de armazéns do povo, criados em 1964.
A questão ideológica ia ganhando premência, Cabral tinha a noção que o trabalho político para elevar o nível dos trabalhadores dava amostras de insuficiência, era preciso mobilizar, divulgar palavras de ordem, estar atento aos problemas e aspirações das populações, era esse o trabalho dos comissários políticos e dos quadros competentes. Ele dirá mais tarde e sem ambiguidades: “Podemos derrotar os tugas em Buba ou em Bula, podemos entrar e tomar Bissau, mas se a nossa população não estiver politicamente bem formada, agarrada à luta como deve ser, perdemos a guerra, não a ganhamos”. Será sempre profundamente crítico pelo trabalho desenvolvido pelos agentes responsáveis pela difusão ideológica, pelas confusões e contradições que estes agentes revelavam na hora de aplicar as diretivas do partido.
O historiador mostra claramente que houve lutar internas e crise de liderança em todo o tempo de luta armada: tentativas de formação de outros partidos, tentativas de assassinato de Cabral, as populações e os combatentes davam sinais de desânimo pois os bombardeamentos afetavam os principais celeiros do PAIGC situados no Sul, no Quitáfine. Davam-se deserções, que chegaram a tomar proporções graves, Chico Té chegou a sugerir a prisão dos familiares dos desertores.
Cabral ia sendo sujeito às críticas feitas à sua liderança. A melhor resposta que encontrou foi o seminário que teve lugar em Conacri, de 19 a 24 de Novembro de 1969, ao qual assistiram quadros políticos e militares, velhos e jovens, Cabral não se escusou a abordar as questões quentes e de denunciar racistas, tribalistas, oportunistas no meio dirigente do PAIGC. Foi autoritário e mesmo dogmático com a questão da unidade Guiné e Cabo Verde, quem não concordava devia abandonar as fileiras do partido. Ciente de que o partido estava infiltrado e que o número de informadores crescia, procurou aumentar a segurança e o controlo internos. A partir de 1970 a estrutura do partido conheceu modificações de monta, o líder do PAIGC acabou com a antiga estrutura composta pelo comité central, o Bureau Político, o comité das inter-regiões com a nova estrutura, na cúspide do poder ficavam três membros fundadores do PAIGC: Amílcar Cabral, Luís Cabral e Aristides Pereira.
Suspende-se aqui os dados biográficos de Cabral, veremos proximamente as tentativas de abertura de uma frente de guerra em Cabo Verde, a questão do socialismo e a construção do Estado no pensamento de Cabral e todo o processo diplomático e discussão interna para se chegar à proclamação do Estado da Guiné. Cabral prosseguia o sonho de se chegar à independência e com o reconhecimento do Estado na Guiné-Bissau obter apoios militares que levassem a presença portuguesa ao seu termo. Será nesse contexto que se urdiu um enormíssimo complô que levará ao seu assassinato, cujos autores morais ainda estão por esclarecer.
(Continua)
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Notas do editor:
Postes anteriores de:
11 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20964: Notas de leitura (1283): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (1) (Mário Beja Santos)
e
18 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20987: Notas de leitura (1284): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (2) (Mário Beja Santos)
Último poste da série de 1 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21029: Notas de leitura (1287): “Guerra e política, em nome da verdade, os anos decisivos”, por Kaúlza de Arriaga; Edições Referendo, 1987 (Mário Beja Santos)
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16 comentários:
O nosso Cherno Baldé, um homem honesto e patriota que ama a sua Guiné Bissau, falava, não há muito tempo neste blogue,"nos típicos métodos estalinistas usados pelo PAIGC durante e após a luta.”
O chefe supremo do PAIGC chamava-se Amílcar Cabral, mais uma vez dado como exemplo de grande líder e revolucionário africano por Mário Beja Santos.
O mesmo Amílcar Cabral que, quando do assassinato cruel e cobarde em 1970, dos três majores e do alferes Mosca, do meu CAOP 1, em Teixeira Pinto, homens que caminharam desarmados numa missão de paz, ao encontro dos guerrilheiros, disse.
Amílcar Cabral – "Este acto foi um acto de grande consciência política e um acto de independência. Foi um acto de grande acção e de capacidade dos nossos camaradas do Norte. É a primeira vez que numa luta de libertação nacional se mata assim três majores, três oficiais superiores que, nas condições da nossa luta, equivale à morte de generais."
Abraço,
António Graça de Abreu
"O coração humano, tal como a civilização moderna o modelou, está mais inclinado para o ódio do que para a fraternidade", são palavras do historiador e filósofo inglês Bertrand Russell (1872-1970), publicadas ontem no jornal Público. Talvez expliquem tanto ódio que grassa pelo mundo, ódio racista,ódio anti-racista (nem as estátuas de Wiston Churchill e do nosso infante D. Henrique escapam!).
Abraço,
António Graça de Abreu
AGA
Muito provavelmente, o matemático e filósofo inglês Bertrand Russel (1872-1970) não comentaria a morte por asfixia de George Floyd, com um aconselhamento pra futuro: senhor policia por obséquio não faça muita força com o seu joelhinho no meu pescoço.
Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Havia aqui um primeiro comentário meu que já foi apagado. Porquê? Ofendi alguém?
Ai,blogue, blogue...
António Graça de Abreu
António Graça de Abreu, confesso que começo a ficar cansado das tuas insinuações, quanto aos teus comentários apagados. Deves ter sido muito perseguido pela censura para passados 46 anos de democracia ainda não teres perdido esses tiques.
Carlos Vinhal
Não percebo (ou talvez sim).
Será uma nova táctica? A da vitimização?
Mas com que finalidade?
Vim ver e aqui estão, antes desta minha interrogação, 4 comentários.
O primeiro do Graça Abreu, depois o do Valdemar, novamente do Graça a queixar-se não sei do quê e um do Vinhal.
Quanto ao "sumo" do primeiro comentário do António Graça de Abreu declaro que também acho que se vivem tempos perigosos, muito perigosos. Não muito diferentes de outros, semelhantes, vividos em outras épocas, pois lá se encontram os "traços comuns" referidos.
No entanto também acho que o Bertrand Russell limitou um bocado a sua observação, já que se restringiu às "maldades" da civilização moderna (em cada época o "modernismo" é o que é, depois fica ultrapassado e vem novo "modernismo") e não considerou a vertente "teológica".
Segundo os ensinamentos que recebi, o Homem foi criado à semelhança de Deus, logo deveria ser "bom" na medida que entendemos Deus como o "bem". Mas também sabemos que depois houve o "pecado original" e é daí que vem o problema. Acresce ainda que mais tarde houve Caim e Abel e sabemos também que Caim matou Abel e que desse modo descendemos dele.
Talvez isso também explique os ódios.
Hélder Sousa
A atenção do Carlos Vinhal e do Helder Sousa.
Os meus primeiros comentários que desapareceram hoje desta caixa foram:
O Cherno Baldé, um homem honesto e patriota que ama a sua Guiné Bissau, falou há dias atrás nestes comentários “dos típicos métodos estalinistas usados pelo PAIGC durante e após a luta.”
O chefe supremo do PAIGC chamava-se Amílcar Cabral, tão querido e dado como exemplo de grande líder africano por algumas pessoas deste blogue.
comentários ao post 21000, a 23 de Maio de 2020
E o outro era sobre o cobarde assassinato dos três majores e do alferes do meu CAOP 1, em 1970, que foram desarmados ao encontro dos guerrilheiros, numa missão de paz. Assim:
Acta informal das reuniões do Conselho de Guerra, em 11 e 13 de Maio de 1970, manuscrita por Vasco Cabral.
Membros Presentes: Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, João Bernardo Vieira (Nino), Osvaldo Vieira, Francisco Mendes, Pedro Pires, Paulo Correia, Mamadu N'Djai [Indjai], Osvaldo Silva, Suleimane N'Djai.
Secretário: Vasco Cabral.
Amílcar Cabral – "Este acto foi um acto de grande consciência política e um acto de independência. Foi um acto de grande acção e de capacidade dos nossos camaradas do Norte. É a primeira vez que numa luta de libertação nacional se mata assim três majores, três oficiais superiores que, nas condições da nossa luta, equivale à morte de generais."
Este meu comentário foi limpo hoje deste blogue.
Eu não minto.
António Graça de Abreu
Logo no artigo 1º da Constituição Portuguesa, leio:
"Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária."
Pela dignidade da pessoa humana,(não é Carlos vinhal, não é Hélder Sousa?), como ex-combatente e camarada nas guerras de África, porque me tentam cortar a voz neste blogue?
Abraço,
António Graça de Abreu
Os comentários ou são publicados ou não.
Depois de publicados só podem ser limpos/eliminados pelo próprio.
Não é assim, Carlos Vinhal?
Valdemar Queiroz
Caro Valdemar, toda a gente pode publicar e/ou apagar os seus comentários, se assim o desejar. O responsável pelo Blogue tem opção de os filtrar previamente mas o Luís quis dar liberdade total aos "comentaristas". O único cuidado a ter pelos autores é confirmar se o comentário foi ou não publicado para não andar posteriormente a dizer que lho apagaram. Por outro lado, a maior liberdade tem de corresponder maior responsabilidade.
Política de eliminação de comentários.
- Eliminam-se definitivamente e sem justificação, comentários anónimos, de publicidade e ofensivos.
- Por outro lado, imagina que um de nós, habituais leitores e comentadores do Blogue, se "passa", segundo o critério dos editores, seja ele o AGA, o VQ, o CV ou outro camarada qualquer, pode ver o seu comentário apagado por um dos editores mas é-lhe dado conhecimento do facto e é convidado a reformulá-lo e a publicá-lo de novo, se assim o entender.
Assim sendo, nunca jamais em tempo algum, se apagaria um comentário ao nosso camarada Graça de Abreu sem o avisar e "aconselhar" a que se quisesse, o reformulasse.
Está à vista de todos que o camarada Graça de Abreu elegeu no Blogue os seus "assuntos alvo" e os seus "inimigos de estimação", nada de grave como sabemos, mas que à força de tanta insistência acaba por cansar quem por aqui anda.
Ao camarada e amigo Graça de Abreu, mais uma vez digo que deixe de se sentir perseguido, pelo menos aqui no Blogue, porque tem na pessoa do Luís Graça o garante da pluralidade. Quanto a mim, caro Graça de Abreu, sou apenas um escriba do Blogue, que a qualquer momento, queira o Luís, dá vaga.
Invocar aqui o Art.º 1.º da Constituição é quase um sacrilégio mas enfim...
Para todos um abraço
Carlos Vinhal
Coeditor
Dizes, Carlos Vinhal, "Assim sendo, nunca jamais em tempo algum, se apagaria um comentário ao nosso camarada Graça de Abreu sem o avisar e "aconselhar" a que se quisesse, o reformulasse."
Sabes perfeitamente que isto não é verdade. Já apagaram uns tantos comentários meus aqui no blogue, sem qualquer aviso ou pedido de reformulação. Eu não sou mentiroso. Nem me estou a vitimizar. O blogue tem a importância que tem.
Nunca digas nunca, Carlos Vinhal.
Nesta caixa de comentários, o meu primeiro comentário permaneceu durante dois dias, depois desapareceu. Não foi limpo pelo Carlos Vinhal, nem pelo Luís Graça. Foi levado pelo vento.
António Graça de Abreu
Ainda a propósito do comentário referido pelo Graça de Abreu, como desaparecido, foi-lhe enviado há momentos a mensagem que se segue:
Caro Graça de Abreu
Perante a tua insistência no desaparecimento do comentário feito por ti há dias, fui ao Blogger tentar aceder aos comentários "apagados" mas não é possível. Procurei então no SPAM, para onde vão, automaticamente, os comentários indesejados, e onde, como poderás confirmar, estão 10.000. Entre eles, encontrei aquele que referes e que recuperei de pronto.
Já telefonei ao Luís, que também não sabe explicar o que aconteceu, mas o que interessa é que está reposta a legalidade.
Julgo que não te importas de que transforme esta mensagem num comentário, no local certo, porque embora os editores não se considerem culpados pelo sucedido, tens direito ao devido reparo.
Mas, nota bem que tudo o que disse hoje de manhã é o correcto e é a nossa conduta enquanto moderadores dos comentários.
Terá sido um problema no Blogger considerar o teu comentário como SPAM.
Espero que fique demonstrada a nossa imparcialidade para contigo e os demais camaradas.
Para ti um abraço e os votos de bom fim de semana
Carlos
OBS:- Foi enviado ao Graça de Abreu um print dos comentários SPAM onde estava o dele.
Carlos Vinhal
Coeditor
Carlos Vinhal
A tua resposta não podia ser outra.
E que fique bem claro, aqui no blogue não temos "coroneis" azuladores.
E ..... ponto.
Abraço, pachorra e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Bem me parecia que tinha sido o vento a apagar o meu comentário, que afinal,(e eu não minto, detesto mentiras!) existia mesmo, e desapareceu. O Carlos Vinhal explica: "Terá sido um problema no Blogger (espantoso esse vento!) considerar o teu comentário como SPAM." O tal Blogger já me começa dar uma importância que eu não tenho. Até é capaz de apagar, de forma automática, os meus comentários não concordantes com o hoje pretensamente pensamento politicamente correto, num blogue.
Não digo mais nada, mas agradeço a informação de que o meu comentário foi mesmo limpo.
António Graça de Abreu
Caro Graça de Abreu
Vou encerrar este peditório com a seguinte achega. Se fôssemos nós a apagar o comentário, fechávamo-nos, como se costuma dizer, em copas, o comentário ia para as calendas, e ninguém ficava a saber o que verdadeiramente tinha contecido.
Como não houve lápis azul, nem haverá, podes continuar com os teus comentários e, já agora, se deres conta do desaparecimento de algum, por favor alerta-nos porque poderá repetir-se a situação.
Quanto a "os meus comentários não concordantes com o hoje pretensamente pensamento politicamente correto, num blogue", é uma classificação tua que nos passa ao lado.
Sempre ao dispor, com um abraço
Carlos Vinhal
Coeditor
Tens de concordar, Carlos Vinhal, que é estranho haver um Blogger mágico que considera os meus comentários como SPAM e os apaga automaticamente desta caixa de comentários. E vocês só deram pelo facto depois de muita insistência minha.
Reagi, não gostei, não menti, não se trata de peditórios. Ponto final.
A vida continua.
António Graça de Abreu
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