quinta-feira, 11 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21066: Efemérides (327): o 10 de junho de 2020, que não houve, por causa da COVID-19, na Lourinhã...


Foto nº1 


Foto nº 2


Foto nº 3

Lourinhã > Largo António Granjo > Monumento aos Combatentes da Guerra do  Ultramar > 10 de junho de 2020 >

Fotos (e legendas): © Luís Graça(2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Nem minimalistas foram as cerimónias do 10 de junho de 2020 na Lourinhã: ninguém deu conta da efeméride nem muito menos das habituais concentrações de antigos combatentes no local onde se ergue um monumento em sua homenagem...

Dando bom cunprimento às imposições e recomendações da Autoridade Nacional de Saúde, a praça estava vazia...quando lá passei às onze e picos da manhã. Mas alguém já havia deixado,  na base da estátua, um ramo de flores, o meu amigo e camarada Jaime Bonifácio Marques da Silva, um dos que munca falha, está numa esplanada próximo a apanhar uams résteas de sol (, disse-me depois que foi lá lembrar "as armas e os barões", dizendo um poema)....

O resto, é o que as imagens mostram, quando lá passei: três antigos combantenes, incluindo o José Soeiro (o único representante da CDU na Assembleia Municipal (à direita, na foto nº 2) e o presidenete da edilidade, que não foi combatente, o engº João Duarte (à esquerda, foto nº 2).

Indiferente aos "tsunamis" da História, às pandemias que ciclicamente matam milhões, enfim,  à tragédia da guerra colonial e aos mortos lourinhanses, o "dinossauro"  fica ali mesmo lado, com ar de quem tem que fazer o frete de guardar a sede da Caixa de Crédito Agrícola da Lourinhã (, ao fundo, foto nº 3)...

Nas redes sociais, não encontrei ecos do acontecimento ou não-acontecimento: a AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste. com sede na Lourinhã, há muito que tem o seu sítio (oficial) "em manutenção"... E a sua página do Facebook ainda está "confinada": a última atualização é de 10 de março passado...

Enfim, um 10 de junho que não houve, que não aconteceu, pelo menos na parte respeitante à homenagem aos combatentes da guerra do ultramar / guerra colonial... E será que vai sobreviver ao "tsunami" dos acontecimentos que hoje varrem o mundo ? Não apenas a pandemia de COVID-19, mas também a crise do mundo atual,  da economia global e das lideranças geoestratégicas, e  incluindo a fúria iconoclástica contra o racismo, o esclavagismo, ,o imperialismo e o colonialismo e os seus símbolos...
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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20986: Efemérides (326): Foi há 48 anos: fui gravemente ferido no decurso da Op Dargor, evacuado para o HM 241, em Bissau, e depois para Lisboa, o HMP (José Maria Pinela, ex-1º cabo trms, CCS/BCAV 3846, Ingoré, 1971/73), hoje DFA

1 comentário:

Antº Rosinha disse...

Qualquer dia até o "Soldado desconhecido", vai ser derrubado do pedestal.

Ouvi à Clara Ferreira Alves que derrubar uma estátua é como "queima de livros", condenável.

Embora o Eixo do mal seja um blá-blá-blá como a bola-ao-centro, só oiço porque está lá a CFA.

Mas falar de racismo é mais complicado do que discutir religião ou política.

Segundo o Eixo do mal, somos racistas, à nossa maneira, até o eixo do mal são 4 brancos e nenhum preto.

Enfim! complicado!