Foto nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
Foto nº 4
Foto nº 5
Foto nº 6
Foto nº 7
Foto nº 8
Foto nº 9
Foto nº 10
Lourinhã > Praia da Areia Branca > Foz do Rio Grande e passeio pedonal pelas dunas da Praia do Areal Sul, um garça-real, e patos-reais...
Vídeo (0' 13'') > O voo da garça real
Vídeo, fotos e legendas: © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Indiferente aos dramas da humanidade, a começar pela pandemia de Covid-19 que está a marcar tragicamente o ano da desgraça de 2020. Ainda não tinha tomado o pequeno almoço, estava "emboscada", imóvel, camuflada, perto da margem esquerda do rio,,, Com sorte, terá apanhado uma taínha nessa manhã,.. Estava a maré a subir...
Eu tinha coneçado o meu passeio matinal pela via pedonal que atravessa as dunas da Praia do Areal Sul, quando a vi a 50 metros da ponte de madeira sobre o rio Grande... Dizem-me que frequenta estas paragens há muito e, na verdade, fui descobrir, no blogue, uma foto de 2014, em que apanhei, com o zoom, um bando de patos-reais (Ana platyrhyunchos) que aqui nidificam e vivem, penso que todo o ano (Fotos nºs 5, 6, 7). A um canto, do lado direito, que agora assinalei com uma cercadura a amarelo, lá estava discreta, uma garça-real (Foto nº 5). Seria a mesma de ontem ?...
A haver aqui vida selvagem significa que o rio está menos poluído do que no passado. Em 1929, o meu pai lembrava-se, com 9 anos, de vir aqui com o patrão caçar patos bravos... E eu, nos anos cinquenta, também vinha com ele apanhar enguias...
Depois as destilarias (caldeiras de queimar vinho), a agricultura intensiva, os pesticidas, a expansão urbana, os esgostos domésticos e sobretudo os aviários e as suiniculturas deram cabo do rio grande da minha infância... Lentamente, o rio, que é sazonal, e só é grande de nome, tem vindo a regenerar... Nesta altura do ano está em contacto permanente com o mar...
Fiquei feliz por poder fotografar esta garça-real (Fotos nºs 1, 2, 3 e 4).(**) e dar valor à liberdade que qualquer ser vivo tem direito a usufruir...
Cuidem-se, caros/as leitores/as, e de preferência deem, se puderem, alguns passeios à beira-mar, de pequena, média ou longa duração, tanto faz, desde que seja longe do Sars-CoV-2 que nos está a tramar...
2. Leio no portal "Aves de Portugal", o seguinte sobre a garça-real (e que reproduzo com a devida vénia...)
(...) Imponente, com o seu longo pescoço cinzento, a garça-real é muitas vezes a maior ave aquática que a vista alcança. Devido à facilidade com que é observada, é frequentemente uma das primeiras espécies a serem vistas por quem se inicia na observação de aves. (...)
(...) Estatuto de conservação em Portugal: Pouco preocupante (Continente). Informação insuficiente (Açores) (...)
(...) Identificação: Com quase 1 metro de altura, é a maior das garças que ocorrem em Portugal. É uma ave cinzenta, que se destaca pelo seu longo pescoço. Ocasionalmente pousa em árvores ou
mesmo em edifícios. Pode ser confundida com a garça-vermelha, distinguindo-se desta
pela total ausência de tons castanhos ou arruivados. Quando em voo o pescoço encontra-se recolhido, sendo esta uma característica que a separa da cegonha-branca.(...)
(...) Abundância e calendário: Comum. Ocorre em Portugal ao longo de todo o ano, mas é mais
numerosa fora da época de nidificação. Surge associada a todo o ipo de zonas húmidas, sendo particularmente abundante nos grandes estuários e lagoas costeiras. Durante a época de
nidificação é relativamente escassa e tem uma distribuição mais restrita. Existem algumas colónias no Alentejo, especialmente nos distritos de Évora e Portalegre, mas são conhecidos casos de
nidificação isolada noutros pontos do território. Algumas garças-reais não nidificantes podem ser vistas nas zonas de invernada ao longo da Primavera.
numerosa fora da época de nidificação. Surge associada a todo o ipo de zonas húmidas, sendo particularmente abundante nos grandes estuários e lagoas costeiras. Durante a época de
nidificação é relativamente escassa e tem uma distribuição mais restrita. Existem algumas colónias no Alentejo, especialmente nos distritos de Évora e Portalegre, mas são conhecidos casos de
nidificação isolada noutros pontos do território. Algumas garças-reais não nidificantes podem ser vistas nas zonas de invernada ao longo da Primavera.
(...) Onde observar: A garça-real é uma espécie fácil de encontrar. Qualquer mancha de água doce ou salobra de média ou grande dimensão é propícia à sua observação e em zonas de habitat muito favorável ou com abundantes recursos alimentares ocorrem por vezes concentrações de muitas dezenas ou mesmo centenas de aves.
(...) Litoral centro – bastante frequente e fácil de observar nas zonas húmidas costeiras como a ria de Aveiro, o estuário do Mondego e a lagoa de Óbidos, podendo também ser vista no paul do Taipal, no paul da Madriz, nas lagoas de Quiaios, e na barrinha de Esmoriz. Por vezes aparece no rio Tornada, perto de São Martinho do Porto. (..)
(...) Lisboa e Vale do Tejo – abundante e fácil de encontrar, a garça-real é particularmente numerosa no estuário do Tejo, podendo ser vista nos vários pontos de observação em redor do estuário como o parque do Tejo, as salinas de Alverca, o sapal de Corroios, o sítio das Hortas ou as lezírias da Ponta da Erva; ocorre também no paul da Barroca, na lagoa de Albufeira, no paul do Boquilobo e no rio Nabão, em Tomar. Ocasionalmente é vista na zona ribeirinha de Lisboa. (...)
São duas das 482 espécies de aves constantes da lista das "Aves de Portugal", de A a Z.
(...) Litoral centro – bastante frequente e fácil de observar nas zonas húmidas costeiras como a ria de Aveiro, o estuário do Mondego e a lagoa de Óbidos, podendo também ser vista no paul do Taipal, no paul da Madriz, nas lagoas de Quiaios, e na barrinha de Esmoriz. Por vezes aparece no rio Tornada, perto de São Martinho do Porto. (..)
(...) Lisboa e Vale do Tejo – abundante e fácil de encontrar, a garça-real é particularmente numerosa no estuário do Tejo, podendo ser vista nos vários pontos de observação em redor do estuário como o parque do Tejo, as salinas de Alverca, o sapal de Corroios, o sítio das Hortas ou as lezírias da Ponta da Erva; ocorre também no paul da Barroca, na lagoa de Albufeira, no paul do Boquilobo e no rio Nabão, em Tomar. Ocasionalmente é vista na zona ribeirinha de Lisboa. (...)
Quanto ao pato-real (Anas platyrhynchos), é uma ave ainda mais facilmente observável, "potencialmente, em quase todas as zonas húmidas de Portugal."
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 23 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20088: Manuscrito(s) (Luís Graça) (169): Viagens ao fundo da (minha) terra e outros lugares: Parte I - O rio Grande...
(**) Último poste da série > 25 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21390: Manuscrito(s) (Luís Graça) (192): Quinta de Candoz: vindimas, a tradição que já não é o que era... (Augusto Pinto Soares) - II (e última) Parte
(*) Vd. poste de 23 de agosto de 2019 > Guiné 61/74 - P20088: Manuscrito(s) (Luís Graça) (169): Viagens ao fundo da (minha) terra e outros lugares: Parte I - O rio Grande...
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