1. Ficha de unidade > Companhia de Artilharia n.º 1525
Identificação: CArt 1525
Unidade Mob: RAC - Oeiras
Cmdt: Cap Art Jorge Manuel Piçarra Mourão
Divisa: "Falcões de Bissorã"
Partida: Embarque em 20Jan66; desembarque em 26Jan66 | Regresso: Embarque em 04N6v67
Fonte : Adapt de CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pág. 446.
(iii) cerca das 15h00 do dia 25, o Uíge fundeou frente a Bissau;
(*) Último poste da série > 29 de novembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22760: A nossa guerra em números (7): a carga da CCAÇ 1420 (Fulacunda e Bissorá, 1965/67), a transferir para a CART 1525 (Bissorã, 1966/67), era composta por 17 viaturas (2 camiões Mercedes, 4 Jipes e 11 Unimog), dos quais só estavam a funcionar um jipe e um Unimog.
Identificação: CArt 1525
Unidade Mob: RAC - Oeiras
Cmdt: Cap Art Jorge Manuel Piçarra Mourão
Divisa: "Falcões de Bissorã"
Partida: Embarque em 20Jan66; desembarque em 26Jan66 | Regresso: Embarque em 04N6v67
Síntese da Actividade Operacional
Em 04Fev66, seguiu para Mansoa, a fim de efectuar um curto período de
adaptação operacional e substituir a CArt 644 na função de reserva e intervenção do sector do BCaç 1857.
Em 21Fev66, por rotação com a CCaç 1420, foi transferida para o subsector de Bissorã, em reforço da guarnição local até 31Out66, tendo ainda actuado em diversas operações realizadas nas regiões do Tiligi, Biambe, Morés e Queré e sendo também deslocada para operações na região de Jugudul, de 23Jul66 a 17Ag066; de 18Jun66 a 06Ju166, destacou, ainda, um pelotão para Ponte Maqué.
Em 310ut66, assumiu a responsabilidade do subsector de Bissorã, após saída da CCaç 1419, tendo passado a integrar o dispositivo e manobra do BCav 790, após reformulação dos limites da zona de acção dos sectores daquela área em 01Nov66, e depois do BCaç 1876.
adaptação operacional e substituir a CArt 644 na função de reserva e intervenção do sector do BCaç 1857.
Em 21Fev66, por rotação com a CCaç 1420, foi transferida para o subsector de Bissorã, em reforço da guarnição local até 31Out66, tendo ainda actuado em diversas operações realizadas nas regiões do Tiligi, Biambe, Morés e Queré e sendo também deslocada para operações na região de Jugudul, de 23Jul66 a 17Ag066; de 18Jun66 a 06Ju166, destacou, ainda, um pelotão para Ponte Maqué.
Em 310ut66, assumiu a responsabilidade do subsector de Bissorã, após saída da CCaç 1419, tendo passado a integrar o dispositivo e manobra do BCav 790, após reformulação dos limites da zona de acção dos sectores daquela área em 01Nov66, e depois do BCaç 1876.
Pelos vultuosos resultados obtidos em baixas causadas ao inimigo e armamento apreendido, destacam-se as operações "Embuste" e "Bambúrrio", nas regiões de Iarom e Faja.
Em 10Out67, foi rendida no subsector de Bissorã pela CCav 1650, recolhendo seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.
Observações > Tem História da Unidade (Caixa n." 81 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).
Em 10Out67, foi rendida no subsector de Bissorã pela CCav 1650, recolhendo seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.
Observações > Tem História da Unidade (Caixa n." 81 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).
Fonte : Adapt de CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pág. 446.
2. Quem fez a história da CART 1525 tinha gosto pelos números (*)... Creio que foi o Rogério Freire, ex-alf mil art MA, membro da nossa Tabanca Grande desde 13 de outubro de 2005 (!)... Creio também que profissionalmente foi informático... É natural de Lisboa e está reformado. Vai daqui um grande abraço fraterno para ele e os demais falcões de Bissorã.
Se não vejamos, e passando a citar o historial desta unidade (, excertos reproduzidos no sítio da CART 1525):
(i) à data do embarque, era composta por 5 Oficiais, 17 Sargentos e 139 Praças. Total= 161;
(ii) partiu do Cais da Rocha Conde d'Óbidos, no N/M Uíge, às 12h00 do dia 20 de janeiro de 1960;
(iv) o desembraque começaria no dia 26, pelas 10h30, através da barcaça BOR, para a ponte cais e daqui, em viaturas, para Santa Luzia, onde a Companhia se instalou;
(v) baixas (confirmadas e estimadas) provocadas ao IN: mortos= 100; prisioneiros=25;
(vi) baixas em combate das NT: mortos=19 (3 metropolitanos, 6 milícias, 2 polícias administrativos, e 8 caçadores nativos)
(vii) feridos em combate: CART 1525= 15 (dos quais 5 graves) | Pessoal nativo mílicas, polícias, caçadores) = 29 (dos quais http://www.cart1525.com/om gravidade)
(viii) material apreendido ao IN: 52 armas (incluindo metralhadoras pesadas e ligeiras, espingardas e espingardas automáticas, pistolas e pistolas metralhadoras) | 111 granadas (mort 82 e 60, canhão s/r, LGFog, mão, ofensivas e defensivas) | milhares de munições | outro material
(ix) ações de caracter operacional: 281 (das quais 1 em cada 5 com contacto);
(x) quilometragem percorrida a pé: 3561 km;
(xi) quilometragem percorrida em viatura: 4744 km;
(xii) condecorações e louvores: 9 cruzes de guerra | 40 louvores (a nível de comandante militar agrupamento e comando de batalhão)
(xiii) 21 militares punidos (pena máxima aplicada; 10 dias de prisão disciplinar agravada; pena de menor relevância: 5 dias de detenção)
(xiii) 21 militares punidos (pena máxima aplicada; 10 dias de prisão disciplinar agravada; pena de menor relevância: 5 dias de detenção)
(xiv) sete militaes evacuados para o Hospital Militar Principal, em Lisboa, sendo 1 por acidente de viação, 3 por ferimentos em combate, e 3 por doença em serviço.
____________
Nota do editor:
(*) Último poste da série > 29 de novembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22760: A nossa guerra em números (7): a carga da CCAÇ 1420 (Fulacunda e Bissorá, 1965/67), a transferir para a CART 1525 (Bissorã, 1966/67), era composta por 17 viaturas (2 camiões Mercedes, 4 Jipes e 11 Unimog), dos quais só estavam a funcionar um jipe e um Unimog.
5 comentários:
O pormenor de 3561 km percorridos a pé é duma precisão extraordinária, já que os km feitos em viaturas era feito através do registo da marcação do conta quilómetros.
Quem teria sido o especialista, ou melhor, qual a especialidade do militar que utilizava o pedómetro?
Há cada uma!
Abraço e saúde
Valdemar Queiroz
Valdemar, claro que é uma estimativa... Mas cada quilómetro percorrido naquela terra, não em traje de passeio, mas de camuflado, valia por 3 ou 4... Eram quilómetros de sangie, suor e lágrimas... Estes números dão-nos uma ideia do que foi o esforço de todos e de cada um... Obrugado, Rogério Freire.
Mandei ontem ao Rogério Freire o seguinte email:
Rogério: como vai essa saúde ?
Olha, gostava que pudesses dar um vista de olhos e, eventualmente comentar, este poste (que é uma homenagem à tua dedicação à preservação e divulgação das nossas memórias):
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/11/guine-6174-p22764-nossa-guerra-em.html
Um abraço. Esperemos que em 2022 possamos encontrar respostas (institucionais: Arquivo Histórico-Militar, Museu da Academia Militar, Universidades...) às nossas interrogações quanto ao futuro dos nossos blogues, páginas, sítios, etc., sobre a guerra da Guiné. Temos contactos com a Academia Militar / Museu... E no dia 21 era para fazer uma visita guiada, entretanto adiada para a primavera, por motivos da minha saúde: estou à espera de ser operado ao joelho...
Que tenhas em bom Natal, rodeado dos que te amam. Luis (telem 931 415 277).
Rogerio Freire (by email, c/c vários camaradas da CART 1525, Os Falcões, Bissorã, 1966/67):
1 dez 2021 10:57
Caros amigos,
Foi com surpresa que recebi do Luís Graça o email que vos reenvio e que vos convido a seguir o link que ele nos envia.
Esta troca de correspondência com o Luís Graça vem na sequência de um contacto efetuado por mim há algum tempo, com vista a encontrar uma solução para o alojamento dos sites e blogues referentes à nossa guerra na Guiné e não só.
Temos de nos lembrar que um dia chegará em que não haverá ninguém disponível para ir pagando os alojamentos e os domínios de toda a informação disponível na Internet sobre este assunto, o que irá significar a sua irremediável perda.
O blogue do qual o Luís Graça é um dos fundadores é, creio eu, um dos maiores e o melhores testemunhos da nossa presença e ação na Guiné durante o período da guerra de 1963 a 1974. Por este motivo penso que o seu interesse neste assunto, devido à sua importância e conhecimentos na Internet e nos meios militares, é uma oportunidade para conseguirmos uma presença na Internet para todo o sempre.
Convido-os também, caso ainda o não sejam, a tornarem-se membros da Tabanca Grande.
Um abraço aos camarigos do
Freire
PS - Quero também, em meu nome e em nome da CART 1525, agradecer ao Luís Graça esta gentileza e, com um abraço, desejar-lhe tudo de Bom e uma rápida e bem sucedida recuperação da cirurgia ao joelho.
Luís, com certeza que é uma estimativa, os ..61 é que o extraordinário na precisão e não os 3561 km.
Afinal, nos 22 meses de comissão, dá uma média de 5,5 km a pé e 7 km de viatura por por dia, que vendo bem é parecida com a distância percorrida diariamente por todos nós de casa-emprego-casa quando na nossa vida activa.
No que não há dúvidas é quanto à questão do esforço despendido por todos nós, bem diferente do fato, camisa e gravata que por cá habitualmente se usava.
Uma G3 pesava 7 quilos, 7 quilos na primeira hora depois ia pesando cada vez mais com o tempo do percurso chegando ao ponto de só em "cajado-arma" dar mais jeito transportar. Aquela técnica de usar a G3 com bandoleira esticada ao ombro e encostar a arma à cintura no espaço entre o carregador e o punho generalizou-se. Alguns soldados fulas do meu pelotão usava a técnica do PAIGC com a bandoleiro pelo pescoço e a G3 cruzada è frente do peito.
Abraço e continuação das melhoras do ministro
Valdemar Queiroz
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