sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23954: Agenda cultural (824): Livro: "De puto irrequieto à guerra na Guiné como Ranger" - J. Casimiro Carvalho, ex-fur mil OpEsp/Ranger, CCAV 8350 e CCAÇ 11 (Guileje e Gadamael, entre 1972 e 1974)


1. O nosso Camarada José Casimiro Carvalho, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCAV 8350 (Guileje, Gadamael-Porto, Prábis, Colibuia e Paunca) - 1972/74, enviou-nos a seguinte mensagem:

Este meu projecto já está completo (um livro que ele vai publicar), no entanto aceito sugestões e alterações para melhorar a veracidadde do mesmo, podendo ser contactado através do Facebook: https://www.facebook.com/jose.carvalho.241.


Livro: "De puto irrequieto à guerra na Guiné como Ranger"

Caros conterrâneos, amigos e camaradas da guerra na Guiné,

Plantei uma árvore (na Cooperativa Nortecoop)

Gerei duas filhas. Falta-me escrever esse Livro

Chegou a data

Mas é um passo enorme para mim e um pequeno passo para a Humanidade.

Para isso, além da coragem falta o essencial, ou seja, saber que não vou enterrar a minha vida financeira.

Tenho o Livro "pronto" mas só avançarei se tiver feed back desse lado

O Livro é uma autobiografia desde os 2 anos, passando pelos empregos, pela Tropa, Rangers, Guerra, camaradas, GNR-BT, e a respetiva reforma, ou seja "Uma História de Vida" e aqui é que eu preciso da vossa colaboração.

Não vou avançar com uma despesa de milhares de euros sem saber se vão comprar este verdadeiro romance da vida real.

Fico aqui na espectativa da vossa resposta.

QUEM VAI QUERER COMPRAR O "MEU" LIVRO?

Será de preço acessível, livro com uma história verídica, com fotos a preto e branco e a cores.

Um aperitivo

Agradecimento :

Somos pequenas gotas de orvalho, onde, como seres viventes, nos evaporamos para um universo infinito cujo fim é compreensivelmente indesmentível.

Viemos ao Mundo e conhecemos as mais dispares realidades: umas boas e outras más.

Sendo a minha vivência marcada na infância por algumas traquinices, o certo é que cresci e fiz-me homem. Conheci o mundo do trabalho, fui ranger e combatente na guerra na Guiné, onde convivi com o sofrimento da morte, assim como dos estropiados que infelizmente conheci. Depois, fui, mais tarde, militar da GNR – BT -, casei e construi um lar marcado pela felicidade.

Fica, pois, o meu singelo agradecimento ao clã familiar que sempre esteve ao meu lado, apoiando-me nos momentos mais difíceis, e outros, obviamente, mais dóceis. À minha esposa, Ana Carvalho, às minhas filhas, Kika e Sofia, às minhas netas Beatriz e Maria, ao meu neto Miguel Ângelo e aos meus genros Pedro e Sérgio, deixo-vos este pequeno, mas grande, livro de memórias.

O meu expressivo agradecimento é também expansivo aos meus amigos, sendo que, presentemente, os convívios com essa “velha guarda” continuam a proliferar, assim como aos companheiros militares de guerra que comigo conviveram nos diversos palcos no cumprimento de um dever cívico fundamentalmente militar e patriótico.

Aos camaradas do Exército, aos Rangers, aos Comandos, aos Paraquedistas e aos amigos, fica a minha profunda gratidão.

José Carvalho

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O Prefácio:

Foi com muita honra que intercedi nesta brilhante mescla de representações humanas de que fala o nosso amigo e camarada Ranger, José Casimiro Carvalho, e que são, no fundo, pedaços de uma existência complacente, onde se cruzam panoramas de vida diametralmente opostos.

De criança descontraída, e que fazia maldades, o que se aceita como normal tendo em conta a sua tenra idade, visto que o rapazito era mesmo irrequieto, ao universo do trabalho onde conheceu diversas oportunidades, visto que o seu intuito passava por ganhar mais uns tostões, ou, ainda, às austeras ralhadas dadas pelo pai que o tinham como alvo, ao serviço militar como ranger, passando pelo palco da guerra de uma Guiné que não lhe deu tréguas, pois foi em Guileje ou em Gadamael que conheceu os horrores do conflito, sendo o cenário de morte uma constante, ou a forma como presentemente ainda vive, com intensidade, momentos de inolvidáveis convívios entre os seus já velhos amigos, sendo a amizade um imperecível prazer de vida, concluindo a sua história de existência no trabalho como agente da BT – GNR.

Confesso, com a mais pura honorabilidade que existe no meu ego, que falar do Zé Carvalho é, sobretudo, viajar pelo mapa de uma vida na qual se cruzam variadíssimos contextos, principalmente aqueles que o antigo combatente da guerra relata sobre a sua comissão militar na Guiné e o combate que ainda trava pelo fidedigno reconhecimento de todos os camaradas que pisaram solo ultramarino.

Para o Zé Carvalho fica, pois, o meu “alfa bravo” pelas suas excelentes memórias, sendo também certo que ele ainda hoje chora pelos camaradas que viu morrer e sem que nada o pudesse evitar.

Mas a vida é, afinal, uma caixinha de pandora onde se guardam recordações que farão perpetuamente parte do nosso ser, mas enquanto que por cá andarmos ao cimo deste imenso globo terrestre.

A leitura deste livro é construtiva, cativante e recomendava-se, naturalmente!

José Saúde
Ranger

PS: Por favor Partilhem onde for possível
__________________

Sejam felizes!

J. Casimiro Carvalho
Ex-fur mil OpEsp/Ranger,
CCAV 8350 e CCAÇ 11
___________

Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

5 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23951: Agenda cultural (823): Convite para o lançamento do livro "ANTIGOS COMBATENTES, Humilhados e Abandonados", por José Maria Monteiro, dia 14 de Janeiro de 2023, pelas 12,00 horas, no Restaurante Manuela Borges, Santo António da Charneca - Barreiro

7 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

José, grande heroi de Gadamael... Tu és um "histórico" da Tabanca Grande, e tens mais de 9 dezenas de referências no nosso blogue... As tuas cartas e aerogramas, que tivemos o privilégio de publicar, são um momento alto da nossa existência enquanto coletivo de antigos combatentes que partilham memórias (e afectos), aqui, há quse 19 anos!...

Temos a obrigação de te apoiar. E fazemo-lo, desde já, entusiasticamente. Tens todo o direito a escrever a tua história de vida. E vais ter, por certo, um número suficiente de leitores que vão comprar o teu livro, de modo a compensar o teu esforço financeiro. Com 150 vendidos, tens o livro pago. Um conselho: vê se arranjas um profissional que te faça a revisão e a fixação de texto!... Infelizmente, há aí livros que saiem, cheios de gralhas e erros, por falta de um bom revisor de texto!... Negoceia isso com a editora. Conta comigo. Luís Graça.

Anónimo disse...

J. Casimiro Carvalho:

Boa noite camaradas

Sei que posso sempre contar com a camaradagem de todos, em especial do Luís Graça, do MR e do Vinhal
´
Obrigado

PS: Caso alguém esteja interessado no Livro, que ainda está nos finalmente, gostaria de ir contabilizando, para saber quantos irei mandar imprimir.

A resposta pode ser dada no meu Facebook ou no email josecarvalho241@gmail.com (918952422)

6 de janeiro de 2023 às 19:38 Eliminar

Anónimo disse...

Compro, com muito interesse.
Abraço, José C. Carvalho-

V. Briote
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José Saúde disse...

Camaradas,

As histórias, bem como as nossas excêntricas “estórias” do dia-a-adia, que aliás são comuns ao mais vulgar cidadão que coabita neste imenso globo terrestre, são como preciosas pétalas de uma linda roseira, em particular, que nascem, crescem e morrem.
Neste ciclo de vida pertencente a todos os serem viventes, nós humanos, temos a oportunidade em conviver com mensagens que se deixam escritas, na primeira pessoa, e que remetem para a complexidade de uma existência que, a dada altura, nos fora cruel. Mas, é neste misto de emoções, boas e más, que se encontra uma juventude feliz, embora amiúde existissem momentos de oportunas advertências, ou, mais tarde, a tropa como ranger e uma subsequente comissão militar numa Guiné, cujo teor do conflito não dava tréguas aos nossos ilustres combatentes.
O livro que o camarada de armas e ranger José Carvalho irá brevemente colocar nos escaparates públicos, é uma síntese de vivências que nos remetem para uma prioridade que importa, com justiça, ficar relatada para memória futura.
A sua impiedosa “estadia” em Guileje, ou Gadamael, por exemplo, deixou efetivas marcas que o Zé jamais esquecerá. São retratos marcados pela morte de camaradas, algumas delas mesmo ao seu lado e em pleno campo de batalha, de entre os muitos feridos, ou estropiados que se depararam com a infelicidade, onde o olhar do Zé se limitava a contemplar as tristes e tamanhas barbaridades. São histórias reais de guerra que as gentes de hoje desconhecem e nem tão-pouco o reconhecem.
Mas, o Zé Carvalho, agora sem pressas, resolveu contar tudo aquilo que passou numa Guiné a ferro e fogo, não ficando, contudo, resquícios de uma juventude onde fui um “puto” irrequieto, depois de várias trocas de emprego onde a finalidade era o amealhar de mais uns tostões, ou mais tarde como agente da GNR-BT, da qual se encontra aposentado.
Confesso, que foi com um colossal interesse que, desde o primeiro momento em que o meu telemóvel tocou (após uma mensagem) e ele me falou da aventura, desde logo acedi, humildemente, ao pedido do Zé acerca de trabalhar os textos, que são dele, refiro com a merecidíssima justiça, onde me empenhei no sentido de levarmos a “carta a Garcia”, tornando o sonho do Zé Carvalho uma realidade.
Camaradas, creio que estamos na presença de um memorial de histórias, de facto, inexcedíveis, pelo que é e será demasiado importante que todos ajudemos o nosso camarada Zé Carvalho na compra de exemplares do livro intitulado De Puto Irrequieto à Guerra na Guiné, como Ranger.
Abraços,
Zé Saúde

Valdemar Silva disse...

Boas Casimiro.
Ainda encontraste em Paúnca rapaziada da CART.11 "Os Lacraus", do meu tempo 1970? Eu era do 4º. Pelotão, do Lobo Seide, Boi Colubali, Ussumane Colubali, Bonco Embaló p.ex.
Sei que depois passaram a CCAÇ.11 mas mantiveram a mesma sigla de "Os Lacraus" de Paúnca.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Camarada Casimiro, Pirata de Guileje mas que ainda foi Tigre (da ccav 8352) em Estremoz.
Perdemos um verdadeiro ranger nas não perdemos o amigo. Começamos em Estremoz e acabamos todos no Cumbijã!
Venha esse livro que alguém a de pagar!
Conta comigo
Um abraço.

Anónimo disse...

Queria dizer ccav. 8351