sábado, 12 de outubro de 2024

Guiné 61/74 - P26037: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (26): Victor Condeço (1943-2010), o ex-fur mil mec armamento, CCS/BART 1913 (1967/69), que documentou como ninguém o quotidiano da linda vila de Catió - Parte V



Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Anti-aéreas Degtyarev, de origem russa.


Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Espingarda com alça telescópica, V 3272, calibre 7,62. Origem: URSS. (Era usada pelos "snippers".)


Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Met Lig MG 42. 



Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Em primeiro plano, Metralhadora Ligeira MG 42, Borsig, calibre 7,92. Origem: Alemanha Oriental. (Também era usada pelas NT, e nomeadeamente pelo BCP 12.)


Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > A pistola-metralhadora Sudaev, PPS, m/1943 PPS, variante da famosa costureirinha. Origem: URSS.

Segundo a Wikipedia, a PPS-43 é uma variante da PPSH-41. Foi desenhada por Aleksei Sudaev e testada, com grande eficácia, na Batalha de Estalinegrado. Foi o resultado da simplificação da PPSH-41. É considerada a melhor pistola-metralhadora da Segunda Guerra Mundial.



Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Passagem do cortejo junto à catedral de Bissau, na Av da República, a principal artéria da cidade.


Fotos (e legendas): © Victor Condeço (2010).Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. São fotos do álbum do nosso querido e saudoso amigo e camarada Victor Condeço ("Vitinho", para os amigos de Catió), um dos históricos da nossa Tabanca Grande: sentou-se à sombra do nosso poilão em 3/12/2006.

O Victor Condeço (ex- fur mil mecânico de armamento, CCS / BART 1913, Catió, 1967/69) era natural do Entroncamento.  Discreto, afável e prestável, colaborou connosco, de diversas maneiras. Adorava o nosso e seu blogue. Morreu prematuramnete, de cancro.

Tem 6 dezenas de referências no nosso blogue. 14 anos depois, da sua morte, estava na altura de revisitar o seu álbum, com belíssimas fotos da linda vila de Catió, e dos arredores (Ganjola, Cufar...), que ele meticulosa e carinhosamente deixou organizadas, por áreas temáticas e e devidamente legendadas... Estão dispersas no nosso blogue.

Estas que hoje republicamos, reeditadas, embora sendo do meu álbum fotográfico, estas fotos não foram tiradas por ele, mas sim pelo delegado do seu natalhão, o BART 1913, em Bissau: "Estas fotografias retratam uma exposição de armamento capturado ao PAIGC que teve lugar na Amura em Bissau, quando da visita do Presidente da República Américo Tomás em Fevereiro de 1968 à Guiné."  (*) 
 

7 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

As NT apanharam toneladas de armamento ao PAIGG, oriundo das mais diversas procedèncias, e nomeadamente da ex-URSS. O Américo Tomás deve ter ficado impressionado com a qualidade e a quantidade do material exposto. Mas não deve ter percebido nada do momento histórico que estava a viver... E sobretudo daquela encenação toda, no final do consulado do gen Arnaldo Schulz, fazendo crer que a guerra estava no papo... O Salazar, esse, perceveu a gravidade da perigosa deriva da guerra da Guiné, mandando substituir o Schulz pelo Spínola...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Vd. Wikipedia > MG42

A MG 42 (em alemão: Maschinengewehr 42) é uma metralhadora de calibre 7,92x57mm desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha Nazista. Sua criação visava substituir a MG 34, tendo o processo de fabricação mais simples para uma economia de guerra.[...] A MG 42, assim como a sua predecessora, era uma metralhadora de apoio geral, sendo usada nas diferentes funções de metralhadora leve, pesada ou anti-aérea apenas com a modificação do seu reparo de apoio.[...]

Seu batismo de fogo ocorreu na União Soviética e no norte da África, sendo um sucesso absoluto. Previa-se que ela iria substituir a MG 34, porém acabou complementando-a, por não atingir a escala de produção esperada. Recebeu muitos apelidos, como a "Serra Elétrica de Hitler" (em inglês: Hitler's Buzzsaw) pelas tropas americanas, "Estripador de Linóleo" pelos soviéticos e "Lurdinha" pela Força Expedicionária Brasileira.[...] (...)

Valdemar Silva disse...

Em Fevereiro de 1968 lá chegou o Sr. BENVINDO à terra portuguesa da Guiné, que até foi recebido em Nova Lamego, nas instalações do Edifício da Administração Regional, que nas traseiras se instalavam a tropa, Quartel de Baixo, onde o Abel Santos, da CART. 1742 por lá devia de estar e mais tarde as instalações da minha CART.11 de soldados fulas.
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Quantas toneladas de "lixo bélico" deixámos na Guiné, nós e o PAIGC ? ... Não há números... Desde bombas da FAP a foguetões 122 mm, de viaturas militares a armas pesadas, granadas, minas, metralhadoras, munições... Uma tristeza!

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Há 108 referências a "Américo Tomás", mais do dobro do que as referências a "António de Oliveira Salazar" (n=48)...npos arquivos da RTP. Não admira: Tomás era mais mediático do que Salazar... Conhecido como o "corta-fitas" ia a todo o sítio... Até foi à Guiné (e Cabo Verde), em fevereiro de 1968, coisa a que o outro nunca foi...

Na Guiné esteve em Bissau, Bolama, Bafatá, Nova Lamego...

Antº Rosinha disse...

Se um dia se fizer bem um estudo sobre o carácter e a mentalidade de Salazar, quanto ao que ele sentia quanto à defesa e manutenção do "nosso" império, talvez se chegue a uma conclusão, que ele não seria tão "imperialista" e "colonialista" como está a ficar a imagem dele para a história.

Se não vejamos, Ele herdou aquele império, ao qual não podia abandonar, pois os seus contemporâneos queimavam-no vivo e acabava o Estado Novo na hora.

Os presidentes Craveiro e Tomaz visitavam o Ultramar protocolarmente, mas Ele apenas a fotografia dele nas escolas , mas sempre a mesma foto tipo BI a preto e branco, e era o máximo permitido.

Fizeram-se grandes exposições Lisboa e Porto, do Ultramar mas foram os fanáticos tipo Henrique Galvão, Ferro e uns arquitetos, que fizeram a festa, deitaram os foguetes e apanharam as canas, Ele talvez só na inauguração mas sem euforias.

Ele não podia com o mais importante colonialista com obra feita no Ultramar, e seu adversário político, Norton de Matos.

Ele reduziu a presença militar na India quando nos anos 50 começaram as escaramuças.

E quando da frase para Angola em força, e Angola é nossa, sabia que essas bocas lhe davam votos, até Norton de Matos se fosse vivo aplaudia, mas armas só o indispensável.

Ele passava semanas, meses (?) anos (?) a estudar, informar-se a maneira mais económica para financiar helicópteros, submarinos, enquanto a guerra ia em grande velocidade. (isto está tudo historiado)

Só por respeito com o Portugal histórico, é que ia gastando alguma cera com ruim defunto.

E ia justificando de duas maneiras para manter a guerra, uma que Angola é Portugal, a outra, a única em que alguns acreditávamos, e continuamos a acreditar, é que não era altura das independências africanas, era errado, não havia condições.

Ele, nem uma visitinha na TAP que Delgado criou, que só as colónias justificavam esta companhia, nem na TAP uma ida a Luanda, pelo menos.

Era tudo um pesadelo para Salazar, aquele ultramar.





Valdemar Silva disse...

Antº. Rosinha, Salazar tinha uma ideia para as colónias por achar serem "..terras ricas, extensas e despovoadas, com matérias-primas para a indústria além de fixadores de uma população em excesso daquilo que a metrópole ainda comporta e o Brasil não deseja receber."
O que quer dizer que havia um excesso de população e isso teria sido a razão da emigração de milhões de portugueses ?
Antº. Rosinha essa de tratares o Salazar por Ele, em maiúscula, que só assim se trata Deus ou Jesus Cristo, não lembraria ao António Ferro.
Abraço e Saúde da boa
Valdemar Queiroz