Foto nº 1
Foto nº 1A
Foto nº 1B
Foto nº 2A
Foto nº 2
Foto nº 3
Foto nº 4
Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) > 1974 > As NT em patrulhamento (junho) e uma visita de um bigrupo do PAIGC (julho)
Fotos: © Jorge Pinto (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar_ Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]
1. O Jorge Pinto [ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74; natural de Turquel, Alcobaça; professor do ensino secundário, reformado; membro da Tabanca Grande desde 17/4/2012 (*), com 57 referências no blogue ] tem um excelente álbum fotográfico do seu tempo de Guiné, e em especial de Fulacunda, região de Quínara. Merece uma revisita, com reedição das suas melhores fotos (**).
Nesta parte I, publicamos 4 fotos. As duas últimas (nºs 3 e 4) retratam um patrulhamento das NT, feito ainda em junho de 1974, antes da primeira visita dos militares do PAIGC a Fulacunda, já em julho de 1974.
As fotos nºs 1 e 2 têm a ver com essa visita, em que os guerrilheiros do PAIGC contactaram com a NT, as autoriades civis e a populção local, de maioria biafada (a ver na Parte II). A digura de proa desse bigrupo era o comandante Bunca Dabó, que atacou várias vezes o aquartelamento e a tabanca de Fulacunda, durante os dois anos em eu que lá estive.
A seu pedido expresso, quiseram conhecer o porto de Fulacunda, por onde era feito o nosso reabastecimento [porto fluvial, no rio Fulacunda, vd, poste P12368].
As fotos evidenciam que a "confiança", por parte deles, ainda estava para nascer!!! ....(Já estávamos em Julho de 1974...) Também ficou por explicar a utilidade desta visita, pois não fomos fazer nada nem ver nada de novo.
A minha companhia, 3ª C/Bart 6520/72, partiu do RAL 5 em 26.06.72 e regressou a 21.08.74. Teve como comandante o capitão mil inf José João Mousinho Serrote.
Jorge Pinto (fot0 atual à direita)
PS - "A 3. a Comp seguiu em 29lul72 para Fulacunda, a fim de efectuar o treino operacional e a sobreposição com a CArt 2772. Em 20ag073, assumiu a responsabilidade do respectivo subsector, ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão e depois do COP 7 e novamente do seu batalhão, sendo especialmente orientada para a contrapenetração
no corredor de Guebambol."
2. Comentário do editor LG:
Jorge, tu tens as melhores fotos de Fulacunda mas também fizeste uma reportagem completa e surpreendente sobre a visita do comandante do bigrupo, Bunca Dabó (ou D'Abó, como tu o apelidaste)...
Jorge, tu tens as melhores fotos de Fulacunda mas também fizeste uma reportagem completa e surpreendente sobre a visita do comandante do bigrupo, Bunca Dabó (ou D'Abó, como tu o apelidaste)...
É natural que houvesse, ainda, de parte a parte, alguma desconfiança. Afinal, o Acordo de Argel só seria assinado em 25 de agosto de 1974... Mas também era verdade que nenhuma das partes queria retomar as hostilidades...
O que salta à vista, nestas fotos históricas, é a tua descontração (desarmado e em farda nº 2, fazendo as "honras à casa") em contraste com o bigrupo do Bunca Dabó que vem "armado até aos dentes" (não faltam RPG e granadas, além das Kalash)...
Convenhamos que, para uma visita de "cortesia e paz" aos "Serrotes", a ti, aos teus camaradas e aos teus fregueses de Fulacunda, parece ser armamento a mais...
Mas sobre esta visita conversaremos melhor na II Parte.
Boas festas, feliz Natal, uma entrada suave, com paz e saúde, no Novo Ano de 2025. Luís
____________________
Notas do editor:
(*) Vd-. poste de 17 de abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9760: Tabanca Grande (329): Joaquim Jorge Loureiro Pinto, ex-Alf Mil da 3.ª CART/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74)
2 comentários:
É interessante que seja um alferes miliciano a fazer as "honras da casa", e não o comandante, o cap mil inf Serrote...
Jorge, nunca me chegaste a responder a uma pergunta minha, inserida num comentário ao teu poste P12387, de 4 de dezembro de 2013, que volto a repetir, passados 11 anos:
(...) "Vendo a serenidade com que tu, Jorge, apareces nas fotos, e ao mesmo dando-nos conta, pela informação que temos sobre Fulacunda, que estava praticamente isolada por terra, permito-me perguntar-te como é que o pessoal (guineense e continental) lidava com um ambiente concentracionário e claustrofóbico como deveria ser o desse "campo fortificado"... Ainda para mais vocês fizeram a comissão inteirinha em Fulacunda.
Em suma, qual foi o vosso segredo para poder manter a saúde física e mental ? E, em última análise, "sobreviver" ? Eu sei que havia situações parecidas, mas o vosso isolamento físico terá sido um dos piores... (embora houvesse barco quinzenal, pelo lado sul). (...) (quarta-feira, 4 de dezembro de 2013 às 22:03:00 WET )
Enviar um comentário