Catedral de Santiago de Compostela, 23 de agosto de 2006
Foto (e legenda): © Luís Graça (20o6). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Garça & Camaradas da Guiné]
1. Voltamos a reproduzir aqui a mensagem do nosso 'radical' Paulo Santiago, de sexta feira, 29 de junho de 2007 (há dezoito anos!), depois de ter chegado de "bike", a Santiago de Compostela, santo da sua devoção, seu patrono e protetor. Até 2013, já tinha 8 verzes o "caminho", a pé ou de bicicleta.
A mensagem de 2007 era dirigida ao nosso camarada Vitor Junqueira, médico, organizador do II Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Pombal, em 28 de abril de 2007.
[ o Vitor Junqueira foi alf mil inf, CCAÇ 2753 - Os Barões (Madina Fula, Bironque, Saliquinhedim/K3, Mansabá ,1970/72);
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Paulo Santiago |
tem 73 referências no blogue; o Paulo Santiago, que vive em Águeda, foi alf mil inf, cmdt Pel Caç Nat 53 (Saltinho, 1971/73); tem cerca de 200 referências no nosso blogue; ambos são dois históricos da Tabanca Grande]:
Caro Vitor:
Cheguei ontem, quinta feira, dia 28 junho de 2007, às 13.00 horas (em Espanha) a Santiago de Compostela. Levei em conta os teus conselhos clínicos.
Quatro dias antes da partida comecei a tomar meio comprimido de meteformina (500 mg).
No sábado, 23, dia da partida para Astorga, não tomei nada.
Domingo, 24, tinha em jejum 118. Como me aconselhaste, bebi muita água, ía comendo bolachas, macarrones e outros hidratos de carbono. Só um dia, segunda eira, 25, nestava em jejum com um valor, 132, que se aproximava dos valores indicados por ti, possivelmente devido a umas cervejolas bebidas domingo à noite em Ponferrada.
Nos restantes dias, apesar de ao jantar comer umas entradas seguidas de bife ou "chuleta", acordava com valores próximos (para cima ou para baixo) de 110. Bebia sempre um copo de Rioja ao jantar.
Mudando de assunto. Foi uma experiência rica, esta minha expedição, num terreno muito acidentado ( na 2ª feira, 25, a determinada altura o GPS indicava uma altitude de 670 metros, faltando 9 km para chegar ao destino marcado, para aquele dia, o Pico do Cebreiro a 1300 metros) .
Imagina a inclinação que era preciso vencer numa distância tão curta. Levava uns alforges na bike que pesavam à volta de 10 kg (câmaras de ar, elos de corrente, vestuário de ciclismo, vestuário para vestir no fim da etapa, artigos de toilette, etc).
No cimo estava um vento com um frio agreste, e, para vestir, estamos no verão, levava uns calções, t-shirt, camisola de algodão e uns sapatos vela. Consegui comprar umas meias numa "tienda", calças não havia, passei imenso frio naquela noite, o que não me impediu de ir à Net passar os olhos pelo nosso Blogue (é a rotina diária).
No dia seguinte, terça feira, dia 26, continuava o frio e estava uma nevoeirada lixada, começando com uma imensa descida. Foi de enregelar, a minha colega de aventura ficou com feridas nas orelhas. Tive de comprar em Sarria, numa loja de bicicletas, um casaco térmico, semelhante a um que uso no Inverno.
Mais uma vez, confirmei que uma das coisas que a guerra me deu foi uma grande rusticidade e grande capacidade de sofrimento físico. Mesmo com frio bebia sempre mais de 3 litros de água.
Para terminar, digo que fiquei satisfeito com esta aventura, emocionei-me quando cheguei ao fim dos 255 km, em Santiago, e espero entrar noutra, numa próxima oportunidade.
Nos restantes dias, apesar de ao jantar comer umas entradas seguidas de bife ou "chuleta", acordava com valores próximos (para cima ou para baixo) de 110. Bebia sempre um copo de Rioja ao jantar.
Mudando de assunto. Foi uma experiência rica, esta minha expedição, num terreno muito acidentado ( na 2ª feira, 25, a determinada altura o GPS indicava uma altitude de 670 metros, faltando 9 km para chegar ao destino marcado, para aquele dia, o Pico do Cebreiro a 1300 metros) .
Imagina a inclinação que era preciso vencer numa distância tão curta. Levava uns alforges na bike que pesavam à volta de 10 kg (câmaras de ar, elos de corrente, vestuário de ciclismo, vestuário para vestir no fim da etapa, artigos de toilette, etc).
No cimo estava um vento com um frio agreste, e, para vestir, estamos no verão, levava uns calções, t-shirt, camisola de algodão e uns sapatos vela. Consegui comprar umas meias numa "tienda", calças não havia, passei imenso frio naquela noite, o que não me impediu de ir à Net passar os olhos pelo nosso Blogue (é a rotina diária).
No dia seguinte, terça feira, dia 26, continuava o frio e estava uma nevoeirada lixada, começando com uma imensa descida. Foi de enregelar, a minha colega de aventura ficou com feridas nas orelhas. Tive de comprar em Sarria, numa loja de bicicletas, um casaco térmico, semelhante a um que uso no Inverno.
Mais uma vez, confirmei que uma das coisas que a guerra me deu foi uma grande rusticidade e grande capacidade de sofrimento físico. Mesmo com frio bebia sempre mais de 3 litros de água.
Para terminar, digo que fiquei satisfeito com esta aventura, emocionei-me quando cheguei ao fim dos 255 km, em Santiago, e espero entrar noutra, numa próxima oportunidade.
Apesar de sexagenários, com calma, nós conseguimos. (**)
Um abração do
Paulo Santiago
______________
Um abração do
Paulo Santiago
(Revisão / fixação de texto, negritos, título: LG)
Notas do editor LG:
(*) Último poste da série > 24 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27148: Felizmente ainda há verão em 2025 (22): Em Angola, nem todos os sobas eram régulos e nem todos os régulos eram sobas
(*) Último poste da série > 24 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27148: Felizmente ainda há verão em 2025 (22): Em Angola, nem todos os sobas eram régulos e nem todos os régulos eram sobas
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