(A Motacillia alba, em inglês, White Wagtail também ocorre na Guiné-Bissau, mas é "rara ou ocasional", segundo a Avibase - The World Birde Database.)...
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Não sou ornitólogo nem tenho equipamento fotográfico para o registo de aves...Fiz estas fotos com a minha vulgar Nikon D5300, em alta resolução e depois editadas... Não tenho uma zoom para fotografia de aves... Bem sequer tripé.
Com paciência (muita) e sorte (alguma), parte destas fotos foram tiradas da janela do quarto, entreaberta. Como estive quase 3 semanas na Tabanca de Candoz, durante a pandemia de covid 19, e limitado em termos de locomação por causa do meu joelho direito, entretive-me, umas largas horas, com a máquina numa mão e a canadina noutra, a seguir a vida desta alvéola branca comum...É uma máquina de caçar insetos, em campo aberto, tal como a andorinha...
As alvéolas são aves de pequeno porte, com um comprimento que ronda os 19,5 centímetros. de constituição delgada. O bico é alongado e fino, típicos dos insectívoros. Ver aqui mais informação na Wikipedia:
A alvéola-branca tem vários nomes populares, conforme as regiões: labandeira, lavadeira, lavandisca, lavandeira, alveliço, alvéola, alvéloa, arvela, arvéloa, arvéola, avoeira, boieira, blandisca, beirinha, pastorinha, etc,
Aqui, em terras do Douro Litoral, é conhecida por "boeira" (,seguia os bois quando os bois puxavam o arado, entretanto substituídos pelo trator...). De qualquer modo, a ave adapta-se bem às mudanças ambientais: desaparecidos os bois de trabalho, segue o trator,,, porque sabe que a máquina, ao remexer a terra, afugenta os insetos...que são a base da sua alimentação.
(i) o bico é alongado e fino, próprio para uma alimentação à base de insectos;
(ii) a cauda longa é agitada de um lado para o outro quando a alvéola está em repouso;
(iii) as patas são relativamente longas, terminando em dedos com garras compridas;
(iv) a plumagem é geralmente branca, negra e/ou cinzenta;
(v) aa época de acasalamento ocorre no fim do Inverno;
(vi) a fêmea constrói um ninho em qualquer concavidade, seja um buraco de um muro, as raízes de uma árvore, a cavidade de um tronco de árvore, um local abrigado de um telhado;
(vii) a postura ronda geralmente cinco a seis ovos que são incubados pela fêmea por cerca de duas semanas;
(viii) os juvenis saem do ninho duas ou três semanas depois, geralmente já durante a Primavera.
Não as mencionei, expressamente, às alvéolas ou "boeiras" no meu poema "Não sei se as 'aves do paraíso' são felizes" (*). Hei de incluí-las numa próxima revisão... As andorinhas,. essas, mantêm-se fiéis a Candoz, o que é bom sinal... E o seu GPS não falha: todos os anos voltam ao ninho, o único que conheço em redor... E esta fidelidade é também um certificado de qualidade ambiental da Quinta de Candoz...
Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 4 de julho de 2020 > Ninho de andorinha... algo insólito, construído não no beiral mas à volta da lâmpada do hall no alpendre de um das nossas casas (não habitada, antiga casa de caseiro)... Terá já cerca de 15 anos, tendo sido reconstruído duas ou três vezes, no máxino... O ninho é religiosamente respeitado por todos nós, o seu único inimigo só podem ser as intempéries, embora o sítio seja abrigado... e sossegado, uma vez que estas instalações não sejam utilizadas por ninguém... até um dia em que os tabanqueiros decidam fazer um "alojamento local" para o Zé Turista... (**)
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
(...) A alvéola-branca é uma das espécies mais conhecidas da generalidade das pessoas, com o seu típico baloiçar da cauda e a combinação preto-e-branco da coloração. (...)
(...) É bastante fácil de identificar, com o seu típico padrão escuro na cabeça, garganta e dorso, que contrasta com o branco no peito e abdómen, assim como nas faces. A cauda comprida e patas compridas são extremamente visíveis, pois esta ave passa bastante tempo no solo, baloiçando bastante a cauda, no que é um comportamento bastante característico desta espécie.
A subespécie britânica 'Motacilla alba yarrellii', que ocorre com regularidade no nosso território, distingue-se por possuir a mancha negra na garganta a estender-se até ao peito, e por ter o dorso
negro, ao contrário da subespécie nominal que o possui cinzento-escuro (...).
(...) Trata-se de uma espécie mais comum na metade norte do território, onde está presente durante todo o ano. Durante apassagem outonal e no Inverno, a população reforça-se com a chegada de aves de passagem e invernantes. Entre os meses de Outubro e Março, a alvéola-branca é uma espécie comum na metade sul do território, ocorrendo também a subespécie britânica como invernante (...).
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
2. Leio, no portal Aves de Portugal.Info, sobre a alvéola-branca, uma das 3 espécies que ocorrem regularmente em Portugal continental (, incluindo a alvéola-cinzenta e a alvéola-amarela):
(...) A alvéola-branca é uma das espécies mais conhecidas da generalidade das pessoas, com o seu típico baloiçar da cauda e a combinação preto-e-branco da coloração. (...)
(...) É bastante fácil de identificar, com o seu típico padrão escuro na cabeça, garganta e dorso, que contrasta com o branco no peito e abdómen, assim como nas faces. A cauda comprida e patas compridas são extremamente visíveis, pois esta ave passa bastante tempo no solo, baloiçando bastante a cauda, no que é um comportamento bastante característico desta espécie.
A subespécie britânica 'Motacilla alba yarrellii', que ocorre com regularidade no nosso território, distingue-se por possuir a mancha negra na garganta a estender-se até ao peito, e por ter o dorso
negro, ao contrário da subespécie nominal que o possui cinzento-escuro (...).
(...) As zonas ribeirinhas, cursos de água e terrenos lavrados, parques e jardins, são os habitats de eleição da alvéola-branca. Também nas pequenas localidades é facilmente avistada, sobretudo em regiões onde existe uma forte presença de gado e pequenos cursos de água que as atravessam. (...)
Há um vídeo didático, no portal Aves de Portigal.Info, com 12' 25'' de duração, que nos ensina a identificar as diferentes espécies de alvéolas... (***)
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Notas do editor:
Vd. também poste de 15 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14261: Fotos à procura de... uma legenda (52): a boeira, de Candoz, também conhecida por alvéola ou lavandisca, noutros sítios (Luís Graça)
(**) Vd.poste de 26 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10300: Os nossos passatempos de verão (9): A andorinha da Tabanca de Candoz, que é leal, gregária, solidária, corajosa, persistente, vai à luta, não desiste... (Luís Graça)
Vd. também poste de 29 de agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8712: Fotos à procura de... uma legenda (10): Mais outra foto-mistério, do álbum de Luís Graça
(***) Último poste da série > 6 de julho de 2020 > Guiné 617/74 - P21143: Manuscrito(s) (Luís Graça) (187): Tabanca de Candoz, entre o pôr do sol e o nascer da lua cheia...