Infografias: Blogue Luís Graça & Canmaradas da Guiné (2023)
1. Continuação da publicação de alguns alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72) (**).
É uma das subunidades, que estiveram no CTIG, que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.
Uma cópia da história da unidade foi oferecida ao Centro de Documentação 25 de Abril, em vida, pelo então major general Monteiro Valente, ex-elemento do MFA, com papel de relevo nos acontecimentos do 25 de Abril, na Guarda (RI 12) e Vilar Formoso (PIDE/DGS), bem como no pós- 25 de Abril.
Uma cópia (parcial) desta história da CCAÇ 2792, chegou-nos às mãos há uns largos tempos. Temos vimos a publicar alguns excertos (*).
História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte VIII:
Resumo da atividade operacional
(de novembro de 1970 a agosto de 1972)
Os quadros, 1 e 2, acima publicados dão uma ideia, bem clara, da atividade do IN e da CCAÇ 2792, no sector sul 3 (S3), no período de 21 meses (de novembro de 1970 até agosto de 1972), com os efetivos da companhia divididos por Catió e Cabedú (e só reagrupados em 25/8/72, no rehgresso a casa).
O IN privilegiou as flagelações (35 no total), nomeadamente contra Catió usando habitualmenmte os foguetóes 122 mm. A companhia contabilizou sobretudo patrulhas (194) e emboscadas (152) e outras ações (72). A atividade operacional terá sido 11,5 vezes superior à do IN.
O número de baixas infligidas ao IN é desconhecido. E o material capturado foi o seguinte:
- 1 carregador circular para pistola-metralhadora, com 48 cartuchos;
- 1 granada de mão defensiva F-1;
- 1 granada de RPG-2;
- 4 granadas de RPG-7;
- 1 Pistola CESKA 2BROJOVKA, 7.65 mm;
- 1 Pistola metralhadora SHPAGIN (PPSSH) ("costureiribnha");
- 2 Minas A/P;
- 2 Minas A/C;
- 2 Sabres-baionetas.
A história da unidade não faz referência à participação em operações conjuntas com outras subunidades no seu setor, S3. Certamente por lapso, a CECA (2015) refere a sua participação, a nível de dois pelotões, na Op Grande Empresa, em 12 e 13Dez1972 (quando todos os militares da CCAÇ 2792 já tinham regressado a suas casas. Em julho de 1972, foi rendida pela CART 6251/72, e os seus militares reagruparam-se finalmente no Cumeré em 25/8/1972.
(...) Na região do Cantanhez, S3, uma força constituída pelas CCP 121 e 122, CCaç 5, CCaç 4540, CCaç 4541 e 2 Pel/CCaç 2792 (Cabedú), levou a efeito um heli-assalto e desembarque da CCP 121 e 122 sobre objectivos na região,na qual foram estabelecidos sete contactos pelo fogo com o inimigo
Do resultado geral da operação destaca-se a captura ao inimigo do seguinte material: 1 lgfog "RPG-2", 1 esautom "Simonov", 33 granadas de diversas armas de grande calibre (morteiro 60 mm, de 2 lgfog e canhsrc) eainda material e munições diversas.
As forças inimigas sofreram 5 mortos, 2 feridos e a captura de 12 elementos. As nossas forças sofreram 4 feridos. (...) (***)
2. Segundo as notas manuscritas do maj gen Manuel Valente, na composição do pessoal (pp. 5 a 9/I da História dfa Unidade), a companhia terá tido 3 mortos em combate (MC), além de vários feridos em combate e por doença:
- Sold Manuel Pereira Gomea, 10/12/70;
- Fur mil at José António R. de Andrade, 14/4/71;
- 1º cabo reab mat Carlos Abílio G. F. Antunes (ferido em combate em 14/4/71, flaecido no HM 241, em 1/6/71)
(**) Fonte: Fonte: Excertos de: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro III; 1.ª Edição; Lisboa (2015), pág. 172 (Com a devida vénia...)