segunda-feira, 28 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8005: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (6): Os encantos e as armadilhas das ilhas de Bubaque e Rubane (Bijagós), 11/13 de Dezembro de 2009 (Parte II)
















Guiné-Bissau > Arquipélago dos Gijagós > Ilhas de Bubaque e Rubane (a sudoeste da ilha de Bolama) > 12 de Dezembro de 2009 > Encantos e armadilhas da(s) ilha(s)... paradisíaca(s) (Bubaque e Rubane).  Um sábado cheio de descobertas e emoções para o João Graça e o seu companheiro de ocasião, o cooperante espanhol Victor (a trabalhar numa ONG em Bafatá)... (A maior parte das fotos são da ilha de Rubane, que a escassos minutos de Bubaque, em viagem de piroga).

Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



1. Continuação da publicação das notas do diário de viagem à Guiné, do João Gracça, acompanhadas de um selecção de algumas das centenas fotos que ele  fez, nas duas semanas que lá passou (*)... Nos cinco primeiros dias (de 6 a 10 de Dezembro de 2009) fomos encontrá-lo, como médico, voluntário, no Centro de Saúde Materno-Infantil de Iemberém (*). O fim de semana de 11 a 13 (6ª, sábado e domingo) de Dezembro de 2009, foi passado em Bubaque e Rubane, no aqruipélago dos Bijagós. Um fim de semana bem merecido...

Por serem de todo ilegíveis ou fazerem referências muito pessoais a terceiros, optei por assinalar com parênteses rectos e reticências [...] certas partes do diário... Noutros casos, acrescentei, também dentro de parênteses rectos [ ], algumas notas da minha lavra, decorrentes das nossas conversas sobre esta viagem (memorável, para ele)... (LG)



12/12/2009, sábado > Bubaque e Rubane (Bijagós)


8.1. Afinal não havia lugar para mim no passeio de barco. Também era caríssimo (180 mil CFA / 5 pessoas). No final, ainda bem, porque Bubaque valeu a pena e o mar estava mau.


8.2. Passeio em Bubaque colonial. Conheci um velho sem dentes que detestava os tugas: “A culpa é dos portugueses”. Expliquei-lhe que já tinham passado 35 anos. “Mas o que é que os portugueses deixaram cá ?”. Com um rapaz mais novo, dei-lhe a volta. “O que importa é daqui para diante”, disse eu.


8.3. Apanhámos piroga para [a ilha de] Rubane [, contígua à ilha de Bubaque, a nordeste], com Victor e o francês, namorado da dona do restaurante, preta e nova […] que trabalhava no hotel de Rubane. Demos passeio na ilha paradisíaca [, Rubane]. Vimos aranhas gigantes penduradas nas teias; óleo de palma em extracção; velhotas a pedirem dinheiro por fotos.


8.4. Almoçámos [, já ao fim da tarde, em Ruane] um peixe fantástico. O cozinheiro era do Senegal, simpático. Os peixes são enormes. Pesca desportiva.


8.5. No passeio afundámo-nos no lodo descoberta pela vaza da maré. Demorámos 30 minutos para andar 200 m!


8.6. [Ainda em Rubane], ouvimos uns sons, vozes femininas dentro da mata. Era um grupo de mulheres, 10, [com ar de] alienadas. Cantavam à nossa volta, tocavam-nos, queriam dinheiro. Havia uma que era rainha virgem. Lá chegámos a um acordo para as fotos. Ainda assim queriam mais. Sufoco. Toques. Mexiam nas nossas coisas. Foi um alívio quando saímos.


[Continua]


[ Fixação / revisão de texto / selecção e edição de fotos / título: L.G.]
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Nota do editor:


Último poste da série > 12 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7931: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (5): Os encantos e as armadilhas das ilhas de Bubaque e Rubane (Bijagós), 11/13 de Dezembro de 2009 (Parte I)

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