Foto: Câmara Municipal de Viana do Castelo (com a devia vénia)
1. Mensagem do Carvalhido da Ponte, que acaba de publicar o seu 4º livro de poesia. Há dias dei-lhe os parabéns e pedi-lhe para nos dizer mais alguma coisa sobre esta iniciativa. o nosso camarada é professor do ensino secundário, e dirigente de diversas colectividades - entre as quais a Associação de Cooperação com a Guiné-Bissau. A última das suas obras intitula-se "Ora di djunta mon tchiga" (ou "A hora de dar as mãos"(embora em português, nos poemas o autor faz uso de inúmeros termos em crioulo)
O livro contém 33 poemas, ilustrados com fotografias de Gualberto Boa-Morte, recolhidas em diversas paragens da Guiné. Edição da Junta de Freguesia da Meadela, Viana do Castelo. Preço: 15 euros.
O Carvalhido da Ponte foi Fur Mil de Enfermagem na CART 3494, do BART 3873, tenmdo estado estado no Xime e Mansambo (1972/74), com o Sousa de Castro e com o Manuel Ferreira, outros dois membros da nossa tertúlia. Também foi professor do nosso amigo J.C. Mussá Biai, no Posto Escolar Militar nº 14 (Xime).
Olá, amigo!
Coordeno a Associação de Cooperação com a Guiné-Bissau e estamos a trabalhar, essencialmente, com Cacheu uma vez que o nosso município de Viana do Castelo está geminado com aquela localidade desde 1988.
Neste momento o projecto prioritário é a recuperação do Centro de Saúde e a construção de uma pequena maternidade.
O lançamento deste livrinho (1) com 33 textos e quase 30 fotos foi um sucesso (estiveram mais de 250 pessoas) mas tenho ainda muitos livros para vender. Assim, no próximo dia 28 vou apresentá-lo no Salão Paroquial da Freguesia de Meadela e percorrerei todo o distrito até o vender.
Um abraço.
Carvalhido da Ponte
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Nota de L.G.
(1) Eis como a notícia do lançamento do livro do nosso camarada Carvalhido da Ponte foi dada pelo portal Notícas Lusófonas, de 12 de Julho de 2006:
Escritor português lança livro para financiar maternidade em Cacheu
12-Jul-2006 - 14:13
A construção de uma pequena maternidade em Cacheu, na Guiné-Bissau, é o destino integral da receita da venda do livro que o escritor José Luís Carvalhido da Ponte lança quinta-feira, em Viana do Castelo.
Intitulada "Ora di djunta mon tchiga", em tradução livre para português "É a hora de darmos as mãos", a obra será lançada no Jardim Público, no âmbito da XXVI Expo- Feira de Viana do Castelo, que pelo 10º ano consecutivo decorre sob o signo da Lusofonia.
José Luís Carvalhido da Ponte é o presidente da Associação de Cooperação com a Guiné-Bissau, idealizada há 17 anos, em Viana do Castelo, cidade geminada com Cacheu. Em Viana do Castelo, a organização integra a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, Amigos do Mar, Associação de Técnicos de Turismo, Câmara Municipal, Escola Secundária de Monserrate e Escola Superior de Educação. Da parte da Guiné-Bissau, os "cooperantes" são o Conselho Nacional da Juventude, Associação dos Filhos e Amigos do Sector de Cacheu e a Associação de Jovens para o Desenvolvimento de Cacheu.
Em Novembro último, a associação apresentou o seu "plano de actividades" até 2011, onde figura, como prioritário, o sector da saúde, por ser "o mais problemático" em Cacheu. Neste sector, destaca-se construção de uma maternidade e a recuperação do centro de saúde local, além da recolha de material médico e medicamentoso e equipamento hospitalar para enviar para aquela cidade guineense, de acordo com a lista de carências elaborada pelos respectivos serviços de saúde.
O despiste oftalmológico e a oferta de óculos aos técnicos de saúde, "que já começam a ter alguns problemas em trabalhar por falta de visão", são outras das apostas da associação, que promete ainda apoio nas campanhas de vacinação e no combate à subnutrição.
O programa de acção da associação, genericamente intitulado "Viana-Cacheu: construir um abraço", privilegiará também o sector da Educação, estando prevista a recuperação de três escolas, a recolha de material didáctico, a formação de professores e o incentivo da aprendizagem da língua portuguesa, designadamente com a criação de um prémio literário.
A associação está ainda empenhada em dinamizar aquilo a que chama turismo pedagógico-cultural, assegurando o alojamento em Cacheu dos interessados, desde que estes, como contrapartida, ofereçam aos guineenses serviços didácticos, nomeadamente acções de formação em diversas áreas.
A "cereja em cima do bolo" do plano de acção da associação para os próximos anos será a criação do Centro de Cooperação de Cacheu, que integrará um pequeno espaço de acolhimento ao cooperante, com capacidade para cinco a seis pessoas, e a Casa dos Povos, um espaço polivalente onde as duas cidades geminadas poderão mostrar a sua história, etnografia e artesanato. Este Centro de Cooperação ficará contíguo ao Centro de Recursos, também criado pela associação e onde funciona uma biblioteca, com cerca de mil livros, já frequentada por 2.000 utilizadores, o que representa um terço da população de Cacheu.
Nos seus primeiros cinco anos de existência, a associação descarregou em Cacheu 10 toneladas de bens de primeira necessidade, incluindo material didáctico, roupa e medicamentos, tendo também oferecido um parque infantil e recuperado um jardim infantil.
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