Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Guiné 63/74 - P2916: Recortes de Imprensa (5): Armor Pires Mota lança novo romance de temática guineense, A Cubana que Dançava Flamenco
Capa de Tarrafo, de Armor Pires Mota. 2ª ed. (autorizada). Braga: Editora Pax. 1970. 248 pp. + 22 fotografias.
Reproduz-se aqui, com a devida vénia, a notícia do Portal Sabedoriadopovo.pt, editado em Águeda:
Novo livro de Armor Pires Mota: "A Cubana Que Dançava Flamenco»
por Sabedoria do Povo, 28 de Maio 28 de 2008
O novo romance do jornalista e escritor Armor Pires Mota, A Cubana que Dançava Flamenco, vai ser apresentado a 7 de Junho, no auditório do Centro Cultural Prof. Élio Martins, no Silveiro, [em Águeda,] às 16 horas. Será apresentadora Odete Dias, mestre em Literaturas Africanas.
A entrada é livre e o livro tem o preço especial de apresentação (10 euros).
Sinopse
Curso em meio, Silas Macário, a personagem principal do romance, partiu para a Guiné. Raptado, viveu, durante meses, as agruras do cativeiro e inauditas peripécias. Sempre sonhou com a fuga, mas acabou rendido aos encantos de uma partisan [guerrilheira], Usita, e de uma bela enfermeira cubana, Conchita Stella. Tentou libertar-se pelo amor.
Do primeiro caso, há um filho e uma carta que despoleta a escrita deste livro. Um filho destinado a combater o branco, situação que permite a fuga. Em Bissau, soube, por telefone, da sua estranha morte e funeral que lhe são comunicados pela sua própria mãe. Traumas que, encarnando toda uma geração de sacrifício, procura exorcizar neste livro.
Armor Pires Mota:
Nasceu, em 1939, em Oiã, concelho de Oliveira do Bairro. Mobilizado, cumpriu o serviço militar na Guiné, nas piores frentes de batalha, Oio e Ilha do Como, onde Nino comandou a defesa (1).
Muitas vivências de guerra povoam parte da sua obra literária. Aliás, essa amarga experiência é-lhe recorrente.
Em poesia, escreveu Baga Baga (Prémio Camilo Pessanha) e O tempo em que se mata o mesmo em que se morre, mas foi à ficção que deu mais espaço: para além do livro de crónicas de guerra, Tarrafo (logo apreendido pela PIDE), escreveu Guiné Sol e Sangue, crónicas e ficção, Cabo Donato, Pastor de Raparigas, contos, e Estranha Noiva de Guerra, romance.
Jornalista, escritor e poeta, publicou duas dúzias de títulos, entre poesia, crónica, conto, monografia, biografia e romance.
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Nota dos editores:
(1) Vd. poste de 27 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2889: A verdade e a ficção (1): Op Tridente, Ilha do Como, Jan / Mar 1964 (Mário Dias)
Referência a Armor Pires da Mota:
(i) Alf Mil do BCAV 490, de que era comandante o Ten Cor Fernando Cavaleiro (hoje, coronel na reforma);
(ii) Participou na Op Tridente (Ilha do Como, Janeiro a Março de 1964), sendo Fernando Cavaleiro o comandante das forças terrestres;
(iii) Em 1965, lança o seu novo livro Tarrafo (onde incluem estórias da batalha do Como), tendo esta publicação mandado ser recolhida pela PIDE (o livro foi reeditado em 1971) (...).
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