Famara Cassamá entrou recentemente em contacto connosco, através do Nelson Herbert (da Voz da América, já aqui apresentado como um guineense da diáspora), pedindo informações sobre o paradeiro de alguns militares ou ex-militares dos tempos em que ele era um menino em Sangonhã.
1. O Nelson Herbert dava-lhe uma ajuda, informando-o de que:
"Entretanto tomei a iniciativa de reencaminhar o teu email à atenção de dois dos responsáveis pelo blogue.
Quem sabe, atraves do blogue chegues às pessoas que procuras. São milhares de antigos soldados e oficiais da tropa portuguesa, que diariamente nele se cruzam e, nisso de reencontros e localizacões, pelo que tenho seguido a distância, tem havido 'milagres'".
Nelson Herbert
Journalist-Editor
Voice of America
Washington DC, USA
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2. A seguir a esta mensagem, Famara Cassamá (mailto:famaracassama@yahoo.com.br)escreveu ao Nelson Herbert, em 26 de Maio, dando-lhe conta dos progressos:
"Olá, Prezado Nelson,
O digníssimo Coronel Nuno Rubim já me indicou esse blogue, só que não consegui ainda localizar nenhum deles.
Vou continuando a tentar. Aliás, já disponho do nº de telefone do Cap. Leandro, que é agora General reformado.
O meu interesse por eles é que estou a escrever um livro da minha infância. Eles estiveram na Guiné quando eu era criança.
Reencontrá-los, mesmo que através de fotos, é uma sede belamente aliviada.
Fique bem,
Famará"
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3. E o nosso Correspondente na América, o Nelson Herbert, em 23 de Maio de 2008 dava-lhe indicações mais precisas:
"Caro Famara,
Visita igualmente este outro blogue, que paralelamente ao do Didinho, quem sabe te faça chegar a essas pessoas...blogueforanadaevaotres.blogspot.com "
(...)
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4. Em 27 de Maio, Famara Cassama apresenta-se:
Olá, Prezado Briote,
Olha, o meu interesse pelo General Leandro tem, é certo, alguma dose de 'matar saudade' mesmo que através de uma foto dele, mas certo também, é que estou escrevendo uma memória sobre essa guerra colonial que portugueses e guineenses viveram sem o quererem.
Ainda, antes de vir a publicar o aludido livro de memória, eu gostaria de lho enviar para ele poder opinar, e, quem sabe, o prefaciar.
A minha memória nele jamais se apagará.
Fique bem, Prezado Virgínio Briote,
Famará
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5. Hoje, 3 de Junho de 2008, Famara faz outro apelo à Tertúlia. Seu irmão Inissa Cassamá foi militar do Exército Português. Quem o conhece e/ou quem conhece o então Capitão Vaz Pinto Monteiro, o ex-Furriel Mil Loureiro e o 1º Cabo Enfº Amorim?
Bom dia, sr. Briote,
Antes de tudo, peço-lhe desculpa pela forma como me introduzi no blog. É pela seguinte razão: tenho um irmão que vive em Cacine, uma área da Guiné que não possui internet. Ele gostaria de reencontrar velhos camaradas seus de arma durante a guerra colonial. Eis seus dados, cuja inserção no seu blog ele pede:
- Sou Inissa Cassamá, fui soldado Nº 82180069, recrutado na aldeia de Sangonhá, sul da então Província da Guiné Portuguesa.
- Especializei-me como Soldado Maqueiro no Hospital Militar de Bissau.
- Em 1970, fui transferido para o C.I.M. de Bolama.
- Em 1972 fui de novo transferido para o Hospital Militar de Bissau, onde, após especialização, passei a Soldado Enfermeiro Auxiliar.
- No final da especialização (formação), fui transferido para o Batalhão Nº 4513, da então Aldeia Formosa, mas servindo na Companhia Nº 4513, em Buba, cujo comandante (salvo erro!), era o Capitão Vaz Pinto Monteiro, até o cessar-fogo em 1974.
- Eu pertencia ao 4º Pelotão em Buba e tinha como colegas o Furriel Loureiro, o 1º Cabo Enfermeiro Amorim, natural de Porto e o meu íntimo amigo, Paulino.
Reajam Camaradas! Quero matar saudades.
Nestes contactos:
Famaracassama@yahoo.com.br
cassama@un.org
Com a devida vénia,
Inissa Cassamá (ex-soldado enfermeiro)
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O editor, Virgínio Briote
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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