quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3597: O meu Natal no mato (13): De Cutia (1970) ao CAOP1, em Teixeira Pinto (1971) (Jorge Picado, ex-Cap Mil)

Foto 1 > CAOP 1. Teixeira Pinto. A caminho do almoço de Natal de 1971. Da esquerda para a direita respectivamente, Cmdt do BCaç 3863 (?), Cmdt do CAOP Cor Pára Rafael Durão e Ten Pára da CCP 122.


Foto nº 2 > CAOP 1. Teixeira Pinto. Alguns oficiais do CAOP dirigindo-se para o almoço de Natal de 71. Cap Art Borges, meu camarada de quarto; Maj Barroco, de camuflado; Maj Santos Costa, com a sua inseparável bengala e de quem era adjunto; eu próprio, já bem lavadinho, de barbinha feita e bem vestidinho.


Foto nº 3 > CAOP 1. Teixeira Pinto. Na mesa da presidência distinguem-se: Cor Rafael Durão, de pé; um soldado Pára servindo o Maj Santos Costa; creio que o Maj que substituiu o Maj Inocentes (será o Maj Pára citado por Graça de Abreu no seu livro a pág 18?); o autor. De costas distingue-se um 1.º Sarg Pára.

Fotos e legendas: : © Jorge Picado (2008). Direitos reservados



1. Mensagem de Jorge Picado, ex-Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, com data de 7 de Dezembro de 2008:

Caros Luis, Carlos e Briote

Seguem-se umas simples palavras sobre o tema do Natal e Final do Ano que, de tão repetidas, nada têm de extraordinário.

A novidade está apenas no aproveitar para enviar 3 fotografias da passagem pelo CAOP 1, retratando-se mais alguns rostos de militares que igualmente por lá andavam.

Abraços
Jorge Picado



2. O meu Natal no mato (13) > De Cutía (1970) ao CAOP1, em Teixeira Pinto (1971)
por Jorge Picado

Aproximando-se uma das épocas mais festejadas da Humanidade, Natal (principalmente para o Mundo Católico) e Mudança de Ano (para todos) (1) (2), sempre com o sentimento de que a celebração dum Nascimento e o terminar de Ano Velho sempre cheio do mesmo – miséria, fome, guerra, desnivelamento económico cada vez mais acentuado, apesar dos enormes avanços científicos que quando verdadeiramente se deu o grande salto (pós II Guerra Mundial) diziam ser para beneficio de Toda a Gente, mas que tem sido apenas para os bolsos sempre dos mesmos – em que todos manifestam a esperança dum Renascimento e dum Novo Ano que augure o início do fim de todas as misérias, guerras, mais solidariedade e se entre, já não digo no Éden (porque não sou crente), mas pelo menos num reino de Harmonia e Bem Estar, em primeiro lugar quero desejar a todo o Pessoal da Nossa Tabanca um Bom Natal e que pelo menos o 2009 não seja pior do que este 2008, pois a esperança anda pelas ruas da amargura.

De seguida, contribuir para as memórias das mesmas épocas passadas naqueles tempos da Guiné.

Essas recordações são muito vagas e ao fim e ao cabo iguais hás de tantos outros, ainda que as minhas não fossem tão sofredoras quando comparadas com a daqueles que tiveram de passar longas horas no mato a fazer segurança ou dos que sofreram ataques.

Dobrei dois Anos.

No que diz respeito ao primeiro, finais de 1970, fi-lo numa estância de veraneio , a Pousada de CUTIA.

A ceia de 24, comida como sempre sob a protecção das frondosas (e seculares?) árvores que ladeavam a estrada (era aí a messe e bar desta Pousada), foi naturalmente melhor do que nos outros dias, pois na véspera tínhamos feito coluna a MANSOA para reabastecimento de géneros mais frescos.

Só não recordo se foi uma ceia madrugadora por causa dos que foram emboscar, pois a indicação que tenho na Agenda sucintamente refere para este dia, tal como para o seguinte, [Grupo no Mato (18-24)]. Quer dizer que esteve um grupo fora das 18H até 24H.

É muito mais provável que para equilibrar os serviços, o grupo que foi fazer a segurança externa fosse dos efectivos africanos, já que estes comiam nas suas tabancas e a 25 foram os metropolitanos.

O almoço de 25 foi igualmente melhorado e possivelmente com algum excesso, pelo menos de cerveja. Existe aquela foto que enviei em que algumas mulheres de militares do Pel Caç Nat 61, me cercam contra uma das tais árvores, apadrinhadas pelo Simeão, procurando sacar-me mais alguns pesos para os festejos deles…

O que posso dizer é que não tivemos prendas oferecidas pelos nossos vizinhos do MORÉS, quer a 24 quer a 25.´

Julgava eu que esta falta de prendas tinha por origem o que se passou a 28 e que era para ser a 27, como já contei, mas perante as informações que o Senador Vítor Junqueira fez o favor de nos transmitir, num dos seus saborosos e brilhantes testemunhos, já fico na dúvida se foi afinal devido à boa Actividade Psicológica do Alf Simeão!

A primeira Passagem de Ano e o Dia de Ano Novo, passados igualmente no mesmo local também nada teve de especial, a não ser algum champanhe, para intervalar com as bazucas de cerveja, misturadas com cânticos de saudade e felizmente sem qualquer fogo de artificio, acabando por se recolher cada um ao escuro do bunquer e na solidão da noite carpir as respectivas mágoas. As esperanças eram apenas para aqueles que visionavam o fim do inferno daí a 45 dias.

Na segunda época só me recordo das Festas Natalícias.

A noite da Consoada passei-a, em representação do CAOP 1, no Destacamento do BACHILE, situado um pouco a Norte de TEIXEIRA PINTO na estrada para o CACHEU cujos trabalhos de reabertura e pavimentação decorriam nessa altura um pouco mais a Norte.

Neste aquartelamento estava pelo menos (não tenho a certeza se havia igualmente uma CCaç Africana) uma CCaç cujo Cmdt era o Cap Mil do QC Branco (em 1974, antes do 25ABRIL, vim a reencontrá-lo na minha terra onde veio morar, enquanto esteve colocado no RI de Aveiro onde apanhou a revolução, na qual esteve enquadrado) e que não tenho a certeza se seria a 3461, mas pertencia ao BCaç 3863 que tinha chegado ao Chão Manjaco em 20H30 do dia 24 de Outubro de 1971.

Não resisto a transcrever o que o camarada António Graça Abreu, que chegou ao CAOP 1 cerca de 5 meses depois de eu o ter deixado, escreveu no seu DIÁRIO DA GUINÉ sobre o BACHILE que visitou ao fim de 6 dias.

“O Bachile, um aquartelamento pequeno rodeado por fileiras duplas de arame farpado. Ao lado um reordenamento, isto é, umas dezenas de casas pintadas de branco com telhados de zinco destinadas aos negros que, vindos das zonas libertadas, se apresentam à tropa portuguesa. As casas não estão habitadas.

"O aquartelamento é deplorável. Logo atrás do arame farpado há dezenas e dezenas de bidões cheios de areia rodeando umas tantas tabancas. Depois há telhados em cimento armado cobrindo os tegúrios semi-afundados na terra habitados pelos nossos soldados, uns setenta a oitenta. É a protecção possível contra flagelações e bombardeamentos. E dão uma certa segurança aos homens brancos expatriados na terra dos negros comandados pelo alferes Rocha, …creio ser uma miniatura exemplar de dezenas e dezenas de aquartelamentos portugueses espalhados pela Guiné... ”.


Bem, como estas forças tinham, entre outras missões, efectuar a segurança aos trabalhos de reconstrução da estrada, é muito possível que, naquela data, 5 de Julho de 1972, parte dos efectivos tivesse avançado para a zona mais a N onde andaria já a frente de trabalhos e se aqui estava o Alf Rocha a comandar, das duas uma, ou o Cap Branco estava de férias ou estava na frente dos trabalhos.

Quanto às condições do aquartelamento, havia-os muito bem piores, como de certo ele posteriormente encontrou, nas suas deambulações por MANSOA e CUFAR.

Voltando ao meu percurso direi que era mais uma deslocação a esta povoação, deslocação essa que em regra não oferecia, naquela época de 71, grande perigo.
Entretanto quanto à pernoita e, numa noite daquelas, é que já a desconfiança era maior.

Lembro-me perfeitamente que, embora não manifestando, senti sempre uma sensação de desconforto durante tal permanência. Era talvez um certo nervoso miudinho, que não me deixava gozar o prazer de saborear uma refeição de certo modo melhorada, nem uma estadia tranquila. Dormitei em cima dum colchão de camuflado vestido, sempre com os ouvidos abertos, à espera do rebentar da bernarda.

Felizmente nada aconteceu e bem cedo pela manhã de 25, abalei para a sede onde o almoço de Natal me esperava na messe da CCP 122.

Junto 3 fotografias referentes a este evento:

1.ª CAOP 1, Teixeira Pinto. A caminho do almoço de Natal de 1971. Da esquerda para a direita respectivamente, Cmdt do BCaç 3863 (?), Cmdt do CAOP, Cor Pára Rafael Durão, e Ten Pára da CCP 122.

2.ª CAOP 1, Teixeira Pinto. Alguns oficiais do CAOP dirigindo-se para o almoço de Natal de 71. Cap Art Borges, meu camarada de quarto; Maj Barroco, de camuflado; Maj Santos Costa, com a sua inseparável bengala e de quem era adjunto; eu próprio, já bem lavadinho, de barbinha feita e bem vestidinho.

3.ª CAOP 1, Teixeira Pinto. Na mesa da presidência distinguem-se: Cor Rafael Durão, de pé; um soldado Pára servindo o Maj Santos Costa; creio que o Maj que substituiu o Maj Inocentes (será o Maj Pára citado por Graça de Abreu no seu livro a pág 18?); o autor. De costas distingue-se um 1.º Sarg Pára.

Nestas fotografias apresento um visual mais risonho, fruto talvez de me encontrar a menos de 2 meses do termo da comissão.

É tudo por hoje.
Jorge Picado

_____________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes desta série

24 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2379: O meu Natal no mato (12): Mansoa, 1971: Uma de caixão à cova... para esquecer o horror (Germano Santos)

24 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2378: O meu Natal no mato (11): Saltinho, 1972: O melhor bolo rei que comi até hoje, o da avó Clementina (Paulo Santiago)

22 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2374: O meu Natal no mato (10): Bissau, 1968: Nosso Cabo, não, meu alferes, sou o Marco Paulo (Hugo Guerra)

22 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2373: O meu Natal no mato (9): Embarquei no N/M Niassa a 21 de Dezembro de 1971... Que maldade! (João Lima Rodrigues)

21 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - 2372: O meu Natal no mato (8): Bissorã, 1964 (João Parreira, CART 730)

21 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2370: O meu Natal no mato (7): Destacamento do Rio Udunduma, 1969, Pel Caç Nat 52 (Beja Santos)

19 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2366: O meu Natal no Mato (6): Peluda, 1969: a Fátria, Manel (Torcato Mendonça)

19 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2364: O meu Natal no mato (5): Mato Cão, 1972: Com calor, muito calor, e longe, muito longe do meu clã (Joaquim Mexia Alves)

18 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2361: O meu Natal no mato (4): Cachil, 1966: A morte do Condeço e do Boneca, CCAÇ 1423 (Hugo Moura Ferreira / Guimarães do Carmo )

17 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2357: O meu Natal no mato (3): Banjara, 1965 e 1966: um sítio aonde não chegavam as senhoras da Cruz Vermelha (Fernando Chapouto)

17 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2356: O meu Natal no mato (2): Bissorã, 1973: O Milagre (Henrique Cerqueira, CCAÇ 13)

16 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2355: O meu Natal no mato (1): Jumbembem, 1965: Os homens às vezes também choram... (Artur Conceição)


(2) Vd. outros posts sobre o nosso Natal em tempo de guerra, série Feliz Natal, Próspero Ano Novo e Até ao Meu Regresso:

17 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1373: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (1): As Nossas Festas... Quentes e Boas (Luís Graça / José Martins)

17 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1374: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (2): Seguindo a Estrela, de Missirá a Belém (Beja Santos)

18 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1375: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (3): A LFG Sagitário no Rio Cacheu (Manuel Lema Santos)

19 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1379: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (4): Mansambá, 1970 (Carlos Vinhal, CART 2732)

19 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1380: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (5): Poema: Missirá, 1970 (Jorge Cabral)

19 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1381: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu regresso (6): comandos de Brá em 1965, crime e castigo (João S. Parreira)

19 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1382: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (7): No longínquo ano de 1968 em Gandembel/Ponte Balana (Idálio Reis)

20 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1383: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (8): CART 2732, Mansabá, 1971 (Carlos Vinhal)

21 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1387: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (9): Catió, 1967 (Victor Condeço)

22 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1390: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (10): Os Maiorais de Empada, 1969 (Zé Teixeira)

2 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1396: Feliz Natal, Próspero Ano Novo, Adeus e Até ao Meu Regresso (11): 1969, na Missão do Sono, em Bambadincazinho (Luís Graça)

6 comentários:

Luís Graça disse...

Obrigado, Jorge, pela tua honestidade intelectual e moral. Se calhar nem todos – de nós, camaradas da Guiné – éramos capazes de escarrapachar, assim preto no branco, num espaço público como este, o que tu escreveste sobre o ‘nervoso miudinho’ que sentiste na tua noite de Natal, em 1971, no destacamento do CAOP1, de Bachile, tu que eras ‘comandante de companhia’:

“Lembro-me perfeitamente que, embora não manifestando, senti sempre uma sensação de desconforto durante tal permanência. Era talvez um certo nervoso miudinho, que não me deixava gozar o prazer de saborear uma refeição de certo modo melhorada, nem uma estadia tranquila. Dormitei em cima dum colchão de camuflado vestido, sempre com os ouvidos abertos, à espera do rebentar da bernarda”…

Não se nasce soldado, capitão ou general. Tornam(o)-nos soldados, capitães ou generais… TODOS SENTIMOS O ‘NERVOSO MIUDINHO’ DA GUERRA… antes de um ataque, na iminência de um ataque, na percepção do risco de um ataque, flagelação, emboscada ou mina…

Só os completamente loucos, os ‘cacimbados’, os ‘apanhados do clima’ desligavam o radar, o painel de controlo, a campainha de alarme do stresse… Eu, como muitos camaradas operacionais, também passei por isso: a ‘velhice’ levava-nos a fazer disparates, a correr riscos gratuitos, a assumir comportamentos de bravata…

De certo modo, era a embriaguez da invulnerabilidade e da imortalidade… Casos terá havido em que este baixar das defesas teve trágicas consequências…

Obrigado pelo relato dos teus Natais na Guiné. Também eu já contei, algures, o meu primeiro Natal, passado em 1969, emboscado, a guardar as costas dos senhores de Bambadinca e a assegurar que a espinha do bacalhau não lhes ficava atravessada na garganta…

Um Alfa Bravo. Luís

PS - Um abraço também do nosso amigo comum, o Zé António Paradela, que andou noutra guerra, a da pesca do bacalhau, na Terra Nova (não fora ele um ilhavense)...

Anónimo disse...

Amigo Luís
Sinto-me muito honrado pelos elogios que me fazes, mas não transmiti nada de especial para os merecer.
Afinal apenas me limito a relatar aquilo de que ainda me lembro e, que infelizmente, é bem pouco. E se na verdade eu me sentia
"desconfortado", e não foi só dessa vez, posso acrescentar que foram muitas essas situações de "desconforto", por que não relatá-las?
Julgo que não tenho nada a esconder deste meu passado, agora que posso relembrá-lo sem me sentir afectado. Foi um passado vulgar, comparado com o daqueles (muitos, entre os quais alguns da 2589 e BCaç 2885 e que não há maneira de se juntarem à Tabanca) que, esses sim, foram dolorosos, mas brilhantes, como se tem visto pelas narrativas.
Só uma correcção. No CAOP 1 já não era "comandante de companhia". Trabalhava com papel e caneta.
Um abraço
Jorge

Anónimo disse...

Jorge
Era bom que o Mundo fosse ou viesse a ser como o desejas :Harmonia,Solidariedade,Respeito pelo próximo...
Mas a meu ver,quanto mais a Civilização evolui,mais a humanidade é posta em causa e substituida pela individualidade!

E sobre teu desconforto e nervoso miudinho,digo-te :não conheci esse aquartelamento.Passei na estrada T.Pinto-Cacheu dezenas de vezes para operações e até aos finalmente,sempre senti esse desconforto e nervoso miudinho. È queas"bernardas"podiam "ferver" ,Jorge!
Um abraço e Parabens pela "ousadia"
Luis S Faria

Anónimo disse...

Obrigado, meu caro Jorge Picado por referires a descrição que fiz do Bachile, no meu Diário da Guiné.Quando escrevi esse texto tinha umas poucas semanas de Guiné, mas o texto bate certo.
As tuas fotografias também batem certo, o coronel Rafael Durão teu e meu comandante no Caop 1, está com o tenente-coronel António Joaquim Correia, de facto o comandante do BCaç 3863.
Dos outros só conheci o major Barroco e o cap. Borges.
Um abraço,
António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Pois é verdade caro António Graça de Abreu, quando o teu livro me chegou às mãos, creio até que foi prenda de anos dum dos meus filhos (ABR07), não descansei enquanto não li os 2 primeiros capítulos por coicidirem com 2 das minhas colocações (T. Pinto e Mansoa). Claro que o li todo, mas a parte de Cufar já não foi tão rápida como os primeiros (mas lá descobri o Malaquias que além de meu conterrâneo é apenas 1 ou 2 anos mais velhos do que eu e fomos contemporaneos no Liceu de Aveiro. E por curiosidade a casa, onde ainda habito, que comprei e a cuja recuperaçao não assisti, por me terem despachado para a Guiné, é precisamente frontal há dos Pais dele).
Era aquele afã de saber como as coisas tinham evoluido depois de ter saído de lá (T. Pinto poucos meses antes e Mansoa precisamente 2 anos antes).

Caro Luís Faria, aproveito também para dizer que tinha acabado de efectuar novos comentários no teu Postado posreior e já não tenho dúvidas de que nos cruzámos em T. Pinto.

Abraços
Jorge Picado

Manuel Peredo disse...

Caros amigos,acho que as duas fotografias merecem uma rectificação.Na primeira,quem está à esquerda do coronel Durão é o tenente coronel Araújo e Sá.Na foto do almoço quem está a servir é o tenente Figueiredo,comandante da 122.Nenhum soldado ou cabo pára usava barba,apenas podiam deixar o bigode.O pára que está de costas é o 1° sargento Cardoso,secretário da 122.