1. Mensagem do nosso novo camarada António Manuel Tavares Oliveira, ex-Fur Mil da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4615/73, Bassarel, 1973/74, com data de 19 de Novembro de 2009:
Bem haja quem dá continuidade ou conhecimento dos nossos camaradas.
Descobri o teu site, que considero muito bom e com muita importância de conteúdo.
Estive na Guiné de Outubro de 1973 a Setembro de 1974, em Bassarel, Teixeira Pinto, na 3.ª Companhia do BCaç 4615 (Os Pifas)
Tenho feito todas as diligências para encontrar maralhal que lá tenha estado e para isso já contactei o quartel de Évora, mas não possuem dados nenhum do pessoal.
Evidentemente que reconheço que deverá ser difícil, pois já o foi assim em 1973, quando formamos o Batalhão e verificámos que os soldados e cabos presentes não constavam nas listas dos que iriam embarcar no Niassa. Viemos a saber mais tarde que esses elementos estavam em Elvas e os que estavam connosco iriam para Angola. A caminho de Lisboa, mais concretamente em Vila Franca de Xira é que se deu o encontro e a troca de tropas. Só no Niassa é que se fez a chamada e então ficamos a saber quem era quem. Coisas da nossa guerra.
Mas esta história irei contar mais adiante.
Agora gostaria de encontrar mais alguém, além do J. J. Rodrigues, que por sinal esteve comigo e era o Baga.
Sou António Manuel Tavares de Oliveira, morador em Vila Nova de Gaia e fui furriel Miliciano.
Cheguei a Lisboa no dia 13 de Setembro de 1974 e veio comigo uma gazela, a bordo do Niassa.
Os nossos carros tinham a pomba pintada e éramos “Os Errantes”.
Companheiro Luís Graça. Agradeço que me coloques nessa maravilhosa página.
Contacto: antavol@hotmail.com
Um abraço
A. Tavares
2. Comentário de CV
Caro António Oliveira, peço que te assines assim porque já cá temos um António Tavares. Sê bem aparecido na nossa Caserna Virtual que é este Blogue do Luís Graça, destinado aos camaradas que, à sua maneira, combateram na Guiné e que querem de boa fé contribuir na feitura deste espólio de estórias/histórias e experiências vividas e contadas na primeira pessoa.
Partimos do princípio que quem fazer parte desta comunidade, e a ela se apresenta, lê e aceita as normas afixadas no lado esquerdo da nossa página.
Porque nunca é demais lembrar, aqui as deixo:
O que nós (não) somos... Em dez pontos!
(i) Os amigos e camaradas da Guiné têm como maior denominador comum a experiência de (ou a relação com) a guerra colonial, a guerra do ultramar ou a luta de lilbertação na Guiné, entre 1963 e 1974.
(ii) Muitas outras coisas os podem separar (a ideologia política, a religião, a nacionalidade, a origem social, a etnia, a cor da pele, as antigas patentes e armas, etc.), mas essas não são decisivas.
(iii) Quanto ao seu blogue, não é nenhum porta-estandarte, nenhum porta-voz, nenhuma bandeira de nenhuma causa...
(iv) Somos independentes do Estado, dos partidos políticos e das associações da sociedade civil que de uma maneira ou de outra possam representar e defender os direitos e os interesses dos ex-combatentes portugueses (ou guineenses).
(v) Somos sensíveis aos problemas (de saúde, de reparação legal, de reconhecimento público, de dignidade, etc.) dos nossos camaradas e amigos, incluindo os guineenses que combateram, de um lado e de outro. Mas enquanto comunidade (virtual) não temos nenhum compromisso para com esta ou aquela causa por muita justa ou legítima que ela seja.
(vi) Em todo o caso, a solidariedade, a amizade e a camaragem são valores que procuramos cultivar todos os dias.
(vii) Cada camarada e amigo que aqui escreve, compromete-se a respeitar a orientação editorial e as normas éticas do blogue, mas representa-se apenas a si próprio.
(viii) Não somos historiadores. Também não somos nenhum portal noticiososo, não temos jornalistas profissionais, não temos a obrigação de cobrir a actualidade dos nossos dois países, Portugal e a Guiné-Bissau.
(ix) Somos apenas um grupo de amigos e camaradas da Guiné, incluindo familiares de camaradas desaparecidos ou mortos, durante e depois da guerra.
(x) Publicamos narrativas, histórias, estórias, documentos, relatórios, fotos, vídeos, etc., relacionados com a nossa vivência comum, a guerra, de que fomos actores e vítimas, protagonistas e testemunhas.
Tabanca Grande; As Nossas 10 Regras de Convívio
O nosso blogue é também uma Tabanca Grande Originalmente, chamámos-lhe Tertúlia. Tabanca é um termo mais apropriado: nela cabem todos os amigos e camaradas da Guiné.
Neste espaço, de informação e de conhecimento, mas também de partilha e de convívio, decidimos pautar o nosso comportamento (bloguístico) de acordo com algumas regras ou valores, sobretudo de natureza ética:
(i) respeito uns pelos outros, pelas vivências, valores, sentimentos, memórias e opiniões uns dos outros (hoje e ontem);
(ii) manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, mesmo quando discordamos, saudavelmente, uns dos outros (o mesmo é dizer: que evitaremos as picardias, as polémicas acaloradas, os insultos, a violência verbal);
(iii) socialização/partilha da informação e do conhecimento sobre a história da guerra do Ultramar, guerra colonial ou luta de libertação (como cada um preferir);
(iv) carinho e amizade pelo nossos dois povos, o povo guineense e o povo português (sem esquecer o povo cabo-verdiano!);
(v) respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado, e as Forças Armadas Portuguesas, por outro;
(vi) recusa da responsabilidade colectiva (dos portugueses, dos guineenses, dos fulas, dos balantas, etc.), mas também recusa da tentação de julgar (e muito menos de criminalizar) os comportamentos dos combatentes, de um lado e de outro;
(vii) não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo);
(viii) respeito acima de tudo pela verdade dos factos;
(ix) liberdade de expressão (entre nós não há dogmas nem tabus); mas também direito ao bom nome;
(x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos.
Caro António Oliveira, já que te instalaste, convido-te a começares a escrever e a enviar os teus textos (em formato Doc), assim como as tuas fotos (em formato JPEG) devidamente legendadas para poderem figurar na nossa página.
Em nome da tertúlia, deixo-te um abraço de boas-vindas.
Teu novo camarada e amigo
Carlos Vinhal
__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 20 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5305: Tabanca Grande (188): Jorge Narciso, ex-1º Cabo Esp MMA, BA 12, Bissalanca, 1968/69
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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4 comentários:
CARO ANTÓNIO OLIVEIRA,
SÊ BEM-VINDO.
FUI MEMBRO DO BCAC4610/72-74 QUE CURIOSAMENTE FOI FORMADO TAMBÉM EM ÉVORA.
QUANDO NECESSITEI DE UMA RELAÇÃO DO PESSOAL DA MINHA COMPANHIA PARA AQUELES ALMOÇOS QUE TODOS FAZEMOS,ESCREVI PARA O COMANDANTE DO QUARTEL, E TEMPOS DEPOIS O MESMO INFORMOU-ME QUE A DOCUMENTAÇÃO DO MEU BATALHÃO SE ENCONTRAVA EM BEJA.
DIAS DEPOIS RECEBI ENTÃO JÁ DESTA CIDADE O DOCUMENTO DE QUE CARECIA.
É PROVÁVEL QUE POSSA ACONTECER O MESMO COM O TEU BATALHÃO.
ENVIA-NOS ENTÃO AS HISTÓRIAS QUE VIVESTE LÁ POR TEIXEIRA PINTO.
UM ABRAÇO
MANUEL MAIA
Caro António Oliveira
Se queres conhecer malta da Guiné, vai almoçar ao Restaurante Milho Rei, a Matosinhos, em qualquer Quarta-feira, às 12.00 horas.Fica um pouco abaixo da Estação do Metro Matosinhos Sul.
Se queres saber mais liga-me para o nº919401036
Um abraço
António Carvalho-Guiné72/74-Mampatá
Caro Oliveira,
Bem vindo à Tabanca.
Bassarel....terra que jamais esquecerei. Andei por lá, na açorianíssima CCaç 3327, entre Junho e Novembro de 1971, dois anos antes de ti.
Na altura Bassrel era um dos lugares onde o PAIGC não tinha actividade visível.
Um abraço,
José Câmara
olá furriel oliveira eu sou o realinho era mecanico e estive em bassarel no teu destacamento o furriel da mecanica era o barros e vivam os errantes o meu n. telm.967975564
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