1. Recordando a mensagem de Arménio Estorninho* (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, CCAÇ 2381, Ingoré, Aldeia Formosa, Buba e Empada, 1968/70), com data de 15 de Abril de 2010:
[...]
Recordando com saudade, com um bloco de imagens de referências sobre a cidade de Bissau que achei interessantes, obtidas de Janeiro a Março/70.
Bissau, como a conheci, era uma cidade pequena, em que a parte urbana (casario de alvenaria) seria idêntica à da minha Lagoa (hoje tembém cidade). Era suficientemente perceptível que a grande maioria dos que se apresentavam como civis eram militares “camuflados à paisana” e/ou seus familiares e parecendo uma cidade cheia de movimento.
Aquando do aproximar do regresso à Metrópole dos militares em fim de comissão de serviço, era ver um movimento inusitado nos estabelecimentos comerciais. Pela minha parte e bem informado, fui comprando muito antes da chegada do navio para o embarque, regateando aqui e além, o que me favorecia obter preços mais acessíveis.
Na baixa de Bissau, tanto de noite como de dia, era ver em grupos os “camuflados à paisana” nos diversos estabelecimentos similares e de restauração, de uma forma geral tudo se movimentava com os militares. Lembrando entre outros: O Noé (dos pombos verdes e ostras), O Solar dos 10 (Restaurante), O Pelicano (na cave, as francesinhas e as inglesinhas), Cervejaria Império, Cervejaria Sol Mar e Esplanada do Bento (locais onde não faltavam as cervejas e os mariscos)
Do meu álbum fotográfico, recordando com um olhar sobre Bissau (2)
Foto 9 – Bissau> Pilão (Cupelon de Cima, Av. da Cintura)> 1970> Pôr-do-Sol, com grande esplendor e beleza
Foto 10 – Bissau> Pilão> Cupelon de cima> 1970> Tabanca isolada e protegida sob a árvore sagrada o poilão
Foto 11 – Bissau> Sé Catedral> Casamento de casal com relevância> 1970> Cerimónia pública de noivado católico, com a curiosidade de muito povo anónimo.
Foto 12 > Bissau> Sé Catedral> Populares em extra-cerimónia> 1970> Povo anónimo fazendo festa no casamento, executando danças e cantares tradicionais.
Foto 13 > Bissau> Av. da Rádio Bissau> (Av. da Unidade Africana)> 1970> Parte da avenida, que se estendia desde a Sacor, até ao jardim do Palácio.
Foto 14 > Bissau> Av. da Rádio Bissau> (Praça Combatente Desconhecido)> 1970>Pequeno Jardim, numa bifurcação que derivava para a Pensão Regional.
Foto 15 > Bissau> Liceu Honório Barreto> 1970> Na Guiné, no Liceu e na Escola Técnica, é que se obtinham os Cursos Secundários.
Foto 16 > Bissau> Avenida da República> (Av. Amílcar Cabral)> 1970>
Vendo-se ao fundo o Monumento e o Palácio do Governador.
Era assim ao tempo e quando virá a ser, são os tempos que terão que ser recuperados a bem do povo guineense, que tardam em decidir-se, e que também necessitam de apoio. Mas avancemos com aquele provérbio chinês, “não me dês o peixe para comer, mas ensina-me a pescar.”
Com cordiais saudações e um grade abração para todos os Tertulianos
Arménio Estorninho
Ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas
CCaç 2381 “Um Maioral”
__________
Nota de CV:
Vd. poste da série de 16 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6405: Do meu álbum fotográfico (Arménio Estorninho) (1): Bissau - Um olhar de turista
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Parabéns pelo teu álbum e pela tua sensibilidade... sócio-antroplógica!... Sem o querermos, também nós um bocado fotojornalistas, cronistas, historiógrafos, etnógrafos, geógrafos...
Esse património também "pertence" aos jovens guineenses nascido já depois da independência, e que não conheceram a pequena Bissau colonial do nosso tempo... Como não conhecem grande parte da "Guiné profunda"... Temos, pois, também, em relação a eles um "dever de memória"...
Não se interprete isto como um falso "paternalismo"... Afinal, tempos uma História, ou parte dela, comum...
Luis Graça
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