Foto nº 1 > Ponte do rio Caium... Grupo de trabalhdores que se deslocavam a pé para a colheita da mancarra
Foto nº 2 > Ponte Caium: três militares, da direita para a esquerda, eu , o enfermeiro Lomelino e um cabo
Foto nº 3- Piche: matança do porco
Foto nº 4- Piche: Posto de observação
Foto nº 5 - Buruntuma: mercado
Foto nº 6 - Buruntuma: ouvindo rádio
Foto nº 7- O Mané em Lisboa
1. Mensagem, com data de ontem, de Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 83 (que passou por diferentes sítios da Guiné, incluindo Piche e Buruntuma, o últimos quais Bambadinca, 1961/63) (*)
Caro Camarada Luis Graça:
Como sou talvez o único velho que participa no Blog, do tempo do capitão Jorge Freire, vou esclarecer não só a dúvida sobre a ponte, como prestar outros esclarecimentos.
A ponte é efectivamente a do rio Caium, conforme podes comparar com as fotos que envio e estas foram legendadas na altura em que foram tiradas.
O macaco é o Mané e acompanhou-nos para Bambadinca e depois para Lisboa.
O oficial com chapéu colonial é o alferes João Lamas, que comandava na altura o destacamento de Piche.
A estrada Nova Lamego-Buruntuma era realmente boa e onde na época das chuvas nunca fiquei atascado, muito diferente da estrada Piche-Canquelifá onde o atascanço era quase contínuo.
Um Grande Abraço
Alberto Nascimento (**)
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(*) Vd. poste de 11 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2930: Bambadinca, 1963: Terror em Samba Silate e Poindom (Alberto Nascimento, ex-Sold Cond Auto, CCAÇ 84, 1961/63
(...) " a CCAÇ 84, três meses depois de aterrar no aeroporto de Bissalanca, foi literalmente fragmentada e enviada para os mais diversos pontos do território, tendo o meu pelotão tido como último destacamento, entre Novembro de 1962 e 7 ou 8 de Abril de 1963, Bambadinca, sob o Comando de Bafatá.
"O primeiro destacamento, ainda em Julho de 1961, foi para Farim, após os primeiros e ainda pouco violentos ataques a Bigene e Guidaje. Seguiu-se o destacamento de Nova Lamego, conforme é dito no seu blogue (P 1292 - Contributos) onde o pelotão foi dividido por Buruntuma, Piche e Canquelifá.
"Só estou a mencionar o 1º pelotão da Companhia, porque à grande maioria dos camaradas dos outros pelotões só voltei a ver nos dias que antecederam o embarque para a Metrópole.
"Como a memória se perde no tempo por indocumentação, ou porque a essa memória se teve medo de atribuir qualquer importância (existiam e ainda existem muitos complexos sobre a guerra colonial), resolvi dar o meu contributo para esclarecer uma dúvida colocada no seu blogue, sobre quem teria participado nos massacres de Samba Silate e Poindom, no início de 63.
"Sem conseguir precisar o mês, um dia soubemos que a PIDE estava em Bambadinca para deter o padre António Grillo, italiano da Ordem Franciscana, acusado - não sabíamos se por denúncia, se por investigação - de colaborar, proteger, e fornecer alimentos a elementos do PAIGC, a partir de Samba Silate" (...).
Último poste da série > 19 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10964: Memória dos lugares (206): Olossato, anos 60, no princípio era assim (2) (José Augusto Ribeiro)
1 comentário:
Alberto:
Como eu já te disse, por email, isto é uma preciosidade, vale ouro!... Quantas fotos destas andam por aí perdidas, já amarelecidas, nos álbuns de camaradas, como tu, do tempo da farda amarela e da mauser ? Tudo rapaziada já com 70 e muitos, que ainda conheceram a Guiné, pacífica ou pacificada...
Também já te perguntei por onde é que tinhas andado, que andavas tão calado!?... É verdade, tu bateste a Guiné de uma ponta à outra, e nomeadamente o leste, conheceste a paz e conheceste a guerra...
Parabéns pelo teu arquivo e pela tua memória... Boa saúde e longa vida, camarada, o meu primeiro camarada de Bambadinca!... Um abraço afetuoso. Luis Graça
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