Sondagem sobre os nossos médicos (n=93). Período: de 22 a 27 de junho de 2013. Resposta múltipla, em frequências relativas (%)
1. Como sempre nas nossas sondagens, tratando-se de amostras de conveniência, não podemos fazer generalizações para os universo dos nossos leitores que foram combatentes na Guiné, e muito menos para o universo dos nossos combatentes na Guiné (1961/74).
Mesmo assim, estes dados, respeitantes a 93 respondentes não deixam de ser curiosos, podendo revelar algumas tendências:
(i) Só uma minoria (17%) é que nunca esteve doente, ou pelo menos nunca terá recorrido ao médico ou ao enfermeiro;
(ii) Três em cada cinco foram vistos, uma ou mais vezes, pelo médico; e outros tantos pelo enfermeiro;
(iii) Havia um ou mais médicos em cada batalhão; já o mesmo não aconteciam a nível de companhia (segundo 37% dos respondentes);
(iv) 35% da rapaziada conheceu o HM 241 (Bissau); ou esteve lá internado, ou foi lá a uma consulta externa (de especialidade):
(v) Oito por cento do total dos respondentes foram evacuados para a metrópole, para o HMP (Hospital Militar Principal), em Lisboa...
Seria interessante que estas respostas, apesar do seu nº relativamente reduzido (n=93), pudessem ser objeto de comentários de respondentes e não-respondentes... Como sempre, as respostas são anónimas. E a sondagem realizou-se ao longo de 6 dias (de 22 a 27 de junho, tendo terminado às 13h).. Mais uma vez os nossos agradecimentos a que se dispôs a perder um minuto e fez questão de colaborar. Bem hajam, camaradas!
_____________________
Nota do editor:
Último poste da série > 27 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11769: Os nossos médicos (54): Respostas ao questionário: José Colaço (CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) , Fernando Costa (BCAÇ 4513, Aldeia Formosa, mar73 / set74) , e Rogério Cardoso (CART 643 / BART 645, Bissorã, 1964/66)
1 comentário:
Numa companhia de intervenção como a CCAÇ 12, logo na sua 1ª comissão (junho 69/março 71), e com intensa atividade operacional, houve os seguintes feridos em combate, além de 2 mortos em combate (e de mais 2 evacuados para a metrópole por doença, que não entram nesta contabilidade):
(i) 2 Feridos graves evacuados para a metrópole, incluindo o nosso querido amigo António Fernando Marques, fur mil, que ciou numa A/C comigo em 13/1/1971;
(ii) 15 feridos graves evacuados de heli, para o HM 241 (Bissau) (,não se incluem os que passaram pelas consultas de especialidade, e dos quais não há estatísticas);
(iii) 9 feridos (, todos em combate,) tratados em Bambadinca.
A companhia não tinha médico, estando, também para esse efeito, dependente do batalhão de Bambadinca, primeiro o BCAÇ 2852 (1968/70) e depois o BART 2917 (1970/72).
O fur mil João Carreiro Martins, da CCAÇ 12, fez um trabalho excecional, no apoio sanitário à numerosa população civil de Bambadinca. Já era enfermeiro na vida civil e continuaou, a dar o seu melhor, nos nossos hospitais públicos até à sau reforma.
Enviar um comentário