1. Histórias da CCAÇ 2533 > Parte IV (Cap Inf Silvino R. Silva, hoje cor ref)
Continuamos a publicar as "histórias da CCAÇ 2533", a partir do livro editado pelo 1º ex-cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). Esta publicação é uma obra coletica, feita com a participação de diversos ex-militares da companhia (oficiais, sargentos e praças). As primeras 25 páginas são do cap Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor ref.
A brochura chegou-nos digitalizada através do Luís Nascimento (que também nos facultou um exemplar em papel e que, até ao momento, é o único representante da CCAÇ 2533, na nossa Tabanca Grande). Temos autorização do editor e autores para dar a conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as andanças do pessoal da CCAÇ 2533, que esteve em Canjambari e Farim, região do Oio, estando na dependência do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras, cuja história já aqui foi publicada pelo nosso camarada e amigo Carlos Silva, carinhosamente tratado por "régulo de Farim".
Recordo, por outro lado, que as nossas duas companhias, a minha CCÇ 2590 (mais tarde CCAÇ 12), e a CCAÇ 2533, do Sidónio Ribeiro da Silva, do Joaquim Lessa e do Luís Nascimento, viajaram, juntas no mesmo T/T, o Niassa, em 24 de maio de 1969, e regressaram juntas, a 17 de março de 1971, no T/T Uíge!... Ah! uma fantástica coincidência!...
Publicamos agora a parte correspondente às pp. 17 a 26, onde o ex-cap inf Sidónio R Silva continua a falar de diversos aspetos da "vida em campanha" da sua companhia, a "33": (x) as transferências por motivo disciplinar; (ii) o comando operacional (COP); (iii) as baixas (mortos e feridos); (iv) a transferência para Farim, sede de batalhão, ao fim de 14 meses; (v) a evocação, emocionada, do malogrado alf mil António da Fonseca Ambrósio, morto em combate em 21/12/1970, no famigerado corredor de Lamel...
E por fim, o tão desejado regresso à metrópole e, depois, os convívios anuais da companhia. E termina com um "epílogo", em que se faz o balanço dos dois an os vividos em comum. Deixem-me destacar o último parágrafo do autor: "Para terminar reafirmo o orgulho e o privilégio que tive em comandar tão valorosos cidadãos para um Serviço - leia-se Sacrifício - que os políticos nos indicaram ser necessário para bem da nossa Pátria... Para sempre o vosso Capitão (...)".
Bolas, este homem (e camarada, uma vez que foi um comandante operacional) merece sentar-se à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande. Agora sou eu que insisto em repetir o convite já feito há dias: "caro capitão, aliás, coronel, seria um orgulho e um privilégio tê-lo aqui, plenamente integrado no batalhão da Tabanca Grande!"... (LG)
Bolas, este homem (e camarada, uma vez que foi um comandante operacional) merece sentar-se à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande. Agora sou eu que insisto em repetir o convite já feito há dias: "caro capitão, aliás, coronel, seria um orgulho e um privilégio tê-lo aqui, plenamente integrado no batalhão da Tabanca Grande!"... (LG)
A VIDA EM CAMPANHA (cont)
Cortesia de Sidónio Ribeiro da Silva (ex-comandante da CCAÇ 2533, Canjambari e Farim, 1969/71), do Joaquim Lessa e do Luís Nascimento
(Continua)
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Nota do editor:
Postes anteriores da série:
Postes anteriores da série:
16 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12998: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte I: A minha nomeação para comandante da companhia (Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref)
2 comentários:
Meu caro cspitão, aliás, coronel Sidónio:
Deixe-me antes de mais dar-lhe os parabéns pelo empenho, dedicação e carinho que põs na sua participação na elaboração desta brochura com histórias da sua "33"...
Não haverá muitos exemplos parecidos, no historial das companhias que prestaram serviço no TO da Guiné. São 25 páginas suas, num total de em 115 páginas (foras o "álbum fotográfico") com pedaços das vossas vidas em Canjambari e Farim...
Não viajámos juntos, no Niassa, na viagem que nos levou, à sua CCAÇ 2533 e à minha CCAÇ 2590 (futura CCAÇ 12), até aquela terra verde e rubra que continua no nosso coração e na nossa memória... Sei que você foi de avião... Mas seguramente tivemos juntos, no Uíge, no regresso, a 17 de maio de 1971... Não nos conhecemos, pessoalmente, mas eu estou a imaginá-lo como um jovem capitão, orgulhoso da missão cumprida...
Deixe-me desatacar o justificado orgulho com que escreve, no final, na página, "para sempre o vosso capitão"... Achei bonito e tenho inveja dos seus rapazes...
UM alfabravo, Luís Graça
Caro Sidónio:
Por norma, no nosso blogue, não fazemos (ou não devemos fazer) críticas, positivas ou negativas (e nomeadamente negativas) ao comportamento humano, profissional, disciplinar, ético e operacional dos nossos camaradas, incluindo os comandantes operacionais...
Se o nosso blogue fosse uma espécie de "tribunal de caserna", há muito que tinha fechado a loja...
Mas, no seu caso, e em relação ao seu "insubordinado" que se queria matar, deixe-me louvá-lo, a si, camarada Sidónio, pela sua perspicácia, sensibilidade, inteligência emocional e empatia...
Não sendo psi (psicólogo ou psiquiatra), teve a perfeita consciência de que aquele homem estava em sofrimento e que, com tantas armas à sua volta, poderia vir a provocar uma tragédia, suicidando-se ou matando alguém...
O seu "jogo de roleta russa" terá salvo uma vida, ao prevenir a consumação de um suicídio... E, em boa verdade, quantos casos destes, do foro psiquiátrico, não terão acabado em tragédia no To da Guiné!...
Um abraço, Luís
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