Caros camaradas
Embora visite com frequência o blogue, há muito que não envio nenhuma mensagem mas, como encontrei agora nos meus escritos um pequeno poema escrito no principio do ano e do qual já não me recordava, resolvi enviá-lo para se assim o entenderem ser publicado.
Com os meus cumprimentos para todos os camarigos em especial para os editores que com todo o seu esforço e boa vontade nos vão dando informações.
Com um grande abraço:
Armando Fonseca (O Alenquer)
POEMA DE UM ATAQUE NA GUERRA DA GUINÉ
Esta arma que aqui vedes
Não era dos portugueses
Foi caçada numa noite
A guerrilheiros guineenses
Com esta ficaram outras
Que aqui não estão a aparecer
Estão decerto no Museu
Para o país não esquecer
Foi uma noite infernal
Que ainda não esqueceu
Eles ficaram lá todos
Mas de nós nenhum morreu
Foi numa pequena aldeia
Acabada de ocupar
Eles teceram uma teia
E vieram atacar
Como esta haviam mais duas
Faziam fogo infernal
Nós com armas como as suas
Defendíamos Portugal
Os que foram mais ousados
E do arame se aproximaram
Eram sete mas coitados
Todos eles lá ficaram
A nossa metralhadora
Manobrava o Vitorino
Mas também ele mais tarde
Sofreu o mesmo destino
Ficou-me bem na memória
A ocupação de Sangonhá
Era junto ao Senegal
E a guerra vinha de lá
Passados cinquenta anos
Estes versos estou escrevendo
Estou lembrando sem enganos
Parece que ainda estou vendo
E agora vou terminar
Mas não vou tentar esquecer
É sempre bom recordar
Pois recordar é viver
Armando Fonseca
Janeiro de 2014
(Direitos de Publicação reservados a autorização do autor)
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Nota do editor
Último poste da série de 1 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13557: Blogpoesia (389): Da minha janela... (J. L. Mendes Gomes)
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