"Eu, com os meus 17 anos e a minha Zundapp Mavic" (José Colaço)
1. Mensagem de 15 do corrente, do nosso grã-tabanqueiro José Colaço, em resposta a um pedido dos editores relativamente a informações sobre motorizadas de 50 cc, fabricadas em Portugal (marcas, que começaram a aparecer nos anos 50, e que nos são ainda hoje familiares: Alma, Pachancho, Vilar Cucciolo, Famel, Macal, Sachs, Casal. etc) (*)
[Foto à esquerda, José Colaço (ex-Soldado TRMS da CCAÇ 557, Cachil,Bissau e Bafatá, 1963/65)]
Aqui está um tema que tenho de memória: todas estas marcas de que falas, mas quando elas apareceram era eu puto de escola e, devido à nossa autonomia económica e as condições vividas na altura, não dava para tirar e guardar fotos dessas preciosidades.
Mas a evolução dos ciclomotores foi rápida e os Cucciolos, Alma e Pachancho e companhia tiveram vida curta, dando origem às célebres "motinhas".
E apareceram entre outras os topos de gama, na altura os Italianos com o Alpino, os alemães com a Sachs, parece-me que os primeiros a disporem de uma caixa de velocidades de 4 e 5 e por último 6, a Kreldler Floret que devido à sua categoria tinha o handicap do pronto pagamento, a Zundapp que também tinha uma montagem autorizada em Portugal, os famosos quadros Mavic e os motores Casal. uma réplica dos motores Zundapp, creio que chegaram a ser totalmente fabricados em Portugal com montagem nos quadros made in Portugal.
E com a abertura dos mercados apareceu a Honda dos nipónicos.
[Foto à direita: Ducati Cucciolo de 1950. Fonte: Wikipedia, com a devida vénia]
Lembro-me bem da Cucciolo. Podem encontrar imagens no blogue Rodas de Viriato, ou na Wikipédia, dessa preciosidade. Lembro-me bem de a ver, embora na minha terra a bicicleta escolhida era a Imperial com travões de alavanca, segundo o que guardo de memória. Eesta bicicleta era a preferida por ter um quadro forte e aguentava e resistia sem quebrar às vibrações do motor auxiliar Cucciolo a quatro tempos com válvulas à cabeça, digo auxiliar porque mantinha os pedais e em subidas de maior extensão tinha que ser o ciclomotorista a auxiliar o fraco Cucciolo.
[Foto à direita: Ducati Cucciolo de 1950. Fonte: Wikipedia, com a devida vénia]
Lembro-me bem da Cucciolo. Podem encontrar imagens no blogue Rodas de Viriato, ou na Wikipédia, dessa preciosidade. Lembro-me bem de a ver, embora na minha terra a bicicleta escolhida era a Imperial com travões de alavanca, segundo o que guardo de memória. Eesta bicicleta era a preferida por ter um quadro forte e aguentava e resistia sem quebrar às vibrações do motor auxiliar Cucciolo a quatro tempos com válvulas à cabeça, digo auxiliar porque mantinha os pedais e em subidas de maior extensão tinha que ser o ciclomotorista a auxiliar o fraco Cucciolo.
E resumindo o que acabei de relatar,. envio foto em anexo eu com os meus 17 anos e a minha Zundapp Mavic tendo por fundo o carro das bestas, como nós lhe chamávamos, esta preciosidade, a construção foi obra do meu velho que, além de pequeno agricultor, tinha a profissão de carpinteiro de carros, na minha terra chamavam à profissão de carpinteiro de carros (abegão).
Um abraço
Colaço (**)
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Notas do editor:
(*) 15 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14367: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (25): Motorizadas versus Motos... A minha potente Yamaha 200, que me custou 16 contos (António Martins de Matos, ex-ten pilav, BA12, Bissalanca, 1972/74)
Notas do editor:
(**) Último poste da série > 16 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14374: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (27): Ainda sobre o cantor José Carlos Schwarz (Bissau, 1949 - Havana, 1977) e a letra da canção "Djiu di Galinha" [, Ilha das Galinhas] (Helena Pinto Janeiro, historiadora)
2 comentários:
Mais uma vês um tema e neste caso as "Bicicletas motorizadas" que se produziam e circulavam no nosso país,faz com que nos lembremos de certas e mais algumas "cavaladas" que os nossos governos de então ( e tal como ainda hoje)praticavam ,dando "tiros nos pés". Porque durante muitos anos fabricavam-se excelentes bicicletas motorizadas (motociclos)com a capacidade de transporte de um passageiro inclusivamente o acento era para duas pessoas.No entanto o estado proibia essa lotação enquanto que já se exportavam para países em que era permitido a sua utilização plena.
Mais tarde e associado ás motos e motociclos , veio a obrigatoriedade do uso do capacete de protecção.Só que não protegia nada,ou antes protegia a conta bancária de alguns "respeitáveis ???" senhores que eram donos da fábrica que os produzia,pois que durante vários anos só era permitidos os capacetes que o Governo permitia.(mais ao menos o que acontece hoje com os coletes reflectores que nunca sabemos onde estão até ser necessário".Não contesto a sua eficácia mas sim a exigência de terem que ser os homologados pelo estado é que valem ???Porquê???
Assim vai a vidinha e se não me resguardo começo a falar na famigerada taxa verde e ás tantas o Governo começa a taxar á cabeça todas as embalagens de fiambre,chouriços e etc...
Mas que tínhamos belas Motorizadas fabricadas cá em Portugal isso tínhamos. Eu tive uma STERZI Italiana de três velocidades no punho,válvulas á cabeça e combustível gasolina normal.Durou pouco porque eu tinha a mania do moto -cross e o meu pai se encarregou de a despachar.
Um abraço e desculpem algumas divagações por terrenos menos apropriados para a altura.
Henrique Cerqueira
Bela foto! Parabéns a quem dirige o blog, e também aos que contribuem para ele.
M Manuel
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