1. Mensagem da jonalista do "Público", Catarina Gomes, autora da reportagem "Filhos do Vento"e do livro "Pai, tiveste medo ?" (Lisboa, Matéria Prima Edições, 2014):
Data: 9 de junho de 2015 às 10:33
Data: 9 de junho de 2015 às 10:33
Assunto: Filhos
Até breve
Catarina Gomes
Jornalista
Jornal PÚBLICO
(+351) 21 0111179 (Directo)
cgomes@publico.pt
www.publico.pt
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Bom dia, professor Luís Graça,
Estou de regresso. Como descrever o que senti durante estes dias? Presenciei a uma reunião da associação "Fidju di Tuga", ofereci-lhes o gravador do Tiago Teixeira e a máquina fotográfica de João Sacôto, que os vai ajudar a registar as suas histórias.
O Pepito tinha-lhes prometido tempo de antena nas rádios comunitárias da AD e uma motorizada para que fizessem o levantamento dos filhos pelo país, mas infelizmente a nova AD não deu continuidade à promessa.
O Pepito tinha-lhes prometido tempo de antena nas rádios comunitárias da AD e uma motorizada para que fizessem o levantamento dos filhos pelo país, mas infelizmente a nova AD não deu continuidade à promessa.
Constato que os filhos que eu conheci há dois anos não são os mesmos da associação, que outros novos se lhe juntaram, que há cada vez mais. Acompanhei o presidente, Fernando Hedgar da Silva [. foto à esquerda,] , e constato que a associação vai sendo cada vez mais conhecida na Guiné, e que reforçou laços entre pessoas que tiveram o mesmo destino e que agora já não estão sós, estão a forjar uma identidade em conjunto. As reuniões são tristes e alegres ao mesmo tempo.
Fiquei muito feliz com a sondagem do blogue, sobre o aparente consenso em torno da questão da nacionalidade. Acho que tem de haver mais a fazer por estas pessoas. Espero que a reportagem de dia 18 de Junho, do pai que voltou a Angola para conhecer o filho, ajude a despertar consciências adormecidas!
Não havendo possibilidade de reencontros entre pais e filhos, acho que chega a altura de o Estado português fazer alguma coisa por estas pessoas que vivem em condições muito parecidas com as que os ex-combatentes conheceram há 40 anos.
Será que me pode mandar o mail dos dois deputados que foram passaram pelo TO da Guiné ? Falei neles ao Fernando e será ele a mandar o mail.
Penso que seria importante que os ex-combatentes se mobilizassem nesta causa, o professor tem feito por isso. Eu trouxe um pequeno abaixo-assinado, com as respectivas cópias dos bilhetes de identidade de 12 filhos.
Assim que descarregar as fotos do meu telemóvel mando-lhas. (**)
Até breve
Jornalista
Jornal PÚBLICO
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cgomes@publico.pt
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Notas do editor:
2 comentários:
Caros camaradas
Pense-se o que se quiser, tenha-se a opinião que se tiver (e quiser) sobre esta questão, que não é fácil, a verdade é que a Catarina Gomes tem mérito.
"Agarrou" a questão, desenvolveu contactos, potenciou uma espécie de organização de 'órfãos de guerra'.
E alguns, vários, passos, já foram dados e outros se seguirão.
Um outro aspecto é de realçar: a Guiné também já lhe 'entrou na pele'.
Hélder S.
Meus caros amigos e camaradas,
As leis portuguesas são bem claras: filhos de cidadãos portugueses têm direito a serem cidadãos de Portugal. Devem dirigir-se ao consulado ou embaixada da sua área e fazerem o processo comprovativo de paternidade. É muito possível que haja entraves legais aos filhos de combatentes, mas duvido. O nosso camarada, o Sr. Embaixador Francisco Silva, podia elucidar um pouco mais sobre este assunto.
Abraço,
José Câmara
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